Uso da semaglutida para redução do peso em pacientes obesos não diabéticos e efeitos adversos associados

A obesidade é considerada uma pandemia global, afetando países de todos os níveis de desenvolvimento e todas as faixas etárias. No contexto brasileiro, a obesidade também representa um desafio significativo para a saúde pública. É nesse cenário que a semaglutida começa a se popularizar como uma opção para o tratamento da obesidade. Dessa forma, o objetivo deste trabalho foi realizar uma revisão bibliográfica que coloque em relevo os possíveis efeitos adversos do uso de semaglutida para emagrecimento em pacientes obesos e sem o diagnóstico de diabetes. Para tal, foi conduzida uma pesquisa nas bases de dados MEDLINE, EMBASE e LILACS, tendo sido utilizados oito artigos selecionados a partir de critérios previamente definidos. Foi verificado que o risco de desenvolver alterações gastrointestinais foi maior com o uso de semaglutida, embora a duração destes efeitos adversos seja curta, transitória e resolutiva sem interrupção do tratamento. Embora esses efeitos sejam em sua maioria leves a moderados e de curta duração, eles podem levar à interrupção temporária do tratamento ou à redução da dose. Além disso, foram relatados casos raros, mas graves, de distúrbios hepatobiliares, como pancreatite aguda e colelitíase. Portanto, para a prescrição da semaglutida para os pacientes com o objetivo de perda de peso, é fundamental a avaliação cuidadosa dos riscos e benefícios individuais, bem como a monitorização regular dos pacientes para a detecção de efeitos adversos gastrointestinais e hepatobiliares.