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DISCURSO DAS FAKE NEWS E SENTIDOS VIRAIS NO FUNCIONAMENTO E REPRODUÇÃO DO GÊNERO NORMATIVO
O avanço da propagação de fake news no período que antecedeu as eleições presidenciais norte-americanas, em 2016, e brasileiras, em 2018, coloca desafios importantes para os estudos sobre discurso, ideologia, sujeito e gênero em sua interface com a produção/reprodução de informação em ambientes digitais, conectados em redes on-line. A ancoragem no campo teórico da Análise do Discurso (AD) de filiação francesa pecheutiana possibilita analisar essa atualidade e a memória que a constitui, a partir da observação do funcionamento discursivo da mídia e das notícias falsas em espaços que, por serem “logicamente estabilizados”, criam condições ideais para a circulação-proliferação, em larga escala, do que denominamos de “sentidos virais”. O objetivo deste artigo é explicitar o papel da enunciação para tratar do funcionamento de questões de subjetivação em que se inscrevem as fake news, numa perspectiva heteronormativa universal e androcêntrica, impossibilitando, dessa maneira, deslocamentos nos processos de subjetivações de gênero. A análise possibilitou demonstrar que, enquanto tangencia identidades e subjetivações, o discurso político-religioso capitalista impõe uma noção de gênero e a regulação da sexualidade, no empreendimento da manipulação dos sentidos virais que regulam o gênero do capital.