健康权的有效性和获取权的司法化:问题还是解决办法?

V. L. Mendes, E. Garcia, Sadraque Oliveira Rios
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O estudo empírico demonstra que os BME apresentam diferentes considerações sobre a judicialização do acesso aos leitos de terapia intensiva, sendo os secretários, o grupo mais resistente à judicialização como medida para garantia do acesso. A intervenção da família é considerada como facilitadora, pois mobiliza políticos. Deste modo, o direito à saúde, tardiamente conquistado no Brasil, para ser efetivo herda características do estado patrimonialista, sendo o Judiciário demandado a agir. Tal ação é compreendida pelos BME, governo e alguns acadêmicos, como ativismo judicial e uma ameaça ao Sistema Único de Saúde porque privilegia interesses individuais daqueles com maior poder aquisitivo em detrimento dos direitos coletivos. 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摘要

本文旨在分析中层官僚如何考虑重症监护床位的司法化对健康权有效性的影响。在巴伊亚州进行了非系统的文献综述和定量和定性研究,包括卫生部长、医院主任和床位管理专业人员。结果表明,拉丁美洲国家在实现全民健康覆盖方面存在困难,巴西没有单一的健康权诉讼模式,主要是关于获得药品的行动的研究。实证研究表明,BME对进入重症监护室的司法化有不同的考虑,秘书是最抵制司法化作为一种保障进入的措施的群体。家庭干预被认为是一种促进者,因为它动员了政治家。因此,在巴西姗姗来迟地获得的健康权继承了世袭国家的特点,司法部门被要求采取行动。这种行为被BME、政府和一些学者理解为司法能动主义,是对统一卫生系统的威胁,因为它优先考虑那些拥有更大购买力的人的个人利益,而损害了集体权利。淡的judicialização访问所可能导致的效用刻意的巴伊亚州的治疗服务,强烈建议考虑诉讼的特点,行政和司法的对话方面的需求提供服务和时代背景。
本文章由计算机程序翻译,如有差异,请以英文原文为准。
Efetividade do Direito à Saúde e a Judicialização do Acesso: problema ou solução?
Este artigo objetiva analisar como os Burocratas de Médio Escalão consideram a judicialização do acesso a leitos de terapia intensiva na efetividade do direito à saúde. Realiza-se revisão não sistemática da literatura e pesquisa quantitativa e qualitativa na Bahia, com secretários de saúde, diretores de hospitais e profissionais da regulação de leitos. Os resultados revelam as dificuldades dos países Latino Americanos para alcançarem a Cobertura Universal da Saúde, a não existência no Brasil de modelo único de litígio do direito à saúde, predominando os estudos sobre as ações para acesso a medicamentos. O estudo empírico demonstra que os BME apresentam diferentes considerações sobre a judicialização do acesso aos leitos de terapia intensiva, sendo os secretários, o grupo mais resistente à judicialização como medida para garantia do acesso. A intervenção da família é considerada como facilitadora, pois mobiliza políticos. Deste modo, o direito à saúde, tardiamente conquistado no Brasil, para ser efetivo herda características do estado patrimonialista, sendo o Judiciário demandado a agir. Tal ação é compreendida pelos BME, governo e alguns acadêmicos, como ativismo judicial e uma ameaça ao Sistema Único de Saúde porque privilegia interesses individuais daqueles com maior poder aquisitivo em detrimento dos direitos coletivos. Conclui-se que a judicialização do acesso a leitos pode contribuir para a efetividade do acesso aos serviços de terapia intensiva no Estado da Bahia, sendo recomendável que se considerem as características das ações judiciais, o diálogo entre Executivo e Judiciário, a demanda em relação à oferta dos serviços e o contexto.
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