文学中的差异性:作为文学的差异的声音实践——当代巴西土著文学的案例

L. Danner, Fernando Danner, Julie Dorrico
{"title":"文学中的差异性:作为文学的差异的声音实践——当代巴西土著文学的案例","authors":"L. Danner, Fernando Danner, Julie Dorrico","doi":"10.22456/1982-6524.105664","DOIUrl":null,"url":null,"abstract":"defendemos que a literatura, por causa de sua estrutura anti-paradigmática, possibilita a expressão da voz-práxis das diferenças como diferenças enquanto a condição fundante da crítica social e do ativismo político. Ela permite a recusa em bloco do paradigma normativo da modernidade – formalismo, neutralidade, imparcialidade e impessoalidade – enquanto o método e a práxis por excelência da justificação normativa e, com isso, ela também nega que a realização da crítica social e do ativismo político se dê exclusivamente desde o cientificismo e em termos de institucionalismo. No caso da literatura indígena, o que percebemos é exatamente a retomada do xamanismo como correlação de auto-afirmação e auto-reconstrução antropológico-ontológicas e, a partir disso, como crítica social e ativismo político das minorias por elas mesmas – ele é tanto uma forma de vida quanto uma práxis política. Nesse sentido, argumentaremos, a partir do exemplo da literatura indígena brasileira hodierna, que as alteridades encontram na literatura um espaço epistemológico, político e normativo que lhes permite reconhecerem-se e expressarem-se como minorias, significando sua práxis desde sua própria condição antropológico-ontológica, epistemológico-política e simbólico-normativa, sem necessidade de reducionismos científicos e de paternalismos institucionalistas. Por outras palavras, as alteridades podem realizar uma práxis de resistência e de afirmação por si mesmas e desde si mesmas, a partir de seu horizonte, valores e práticas, sem necessidade de assumirem o cientificismo como condição da argumentação, da reflexividade e da emancipação.","PeriodicalId":423979,"journal":{"name":"Espaço Ameríndio","volume":"36 1","pages":"0"},"PeriodicalIF":0.0000,"publicationDate":"2020-12-16","publicationTypes":"Journal Article","fieldsOfStudy":null,"isOpenAccess":false,"openAccessPdf":"","citationCount":"0","resultStr":"{\"title\":\"A ALTERIDADE NA LITERATURA: DA VOZ-PRÁXIS DA DIFERENÇA COMO LITERATURA – O CASO DA LITERATURA INDÍGENA BRASILEIRA CONTEMPORÂNEA\",\"authors\":\"L. Danner, Fernando Danner, Julie Dorrico\",\"doi\":\"10.22456/1982-6524.105664\",\"DOIUrl\":null,\"url\":null,\"abstract\":\"defendemos que a literatura, por causa de sua estrutura anti-paradigmática, possibilita a expressão da voz-práxis das diferenças como diferenças enquanto a condição fundante da crítica social e do ativismo político. Ela permite a recusa em bloco do paradigma normativo da modernidade – formalismo, neutralidade, imparcialidade e impessoalidade – enquanto o método e a práxis por excelência da justificação normativa e, com isso, ela também nega que a realização da crítica social e do ativismo político se dê exclusivamente desde o cientificismo e em termos de institucionalismo. No caso da literatura indígena, o que percebemos é exatamente a retomada do xamanismo como correlação de auto-afirmação e auto-reconstrução antropológico-ontológicas e, a partir disso, como crítica social e ativismo político das minorias por elas mesmas – ele é tanto uma forma de vida quanto uma práxis política. Nesse sentido, argumentaremos, a partir do exemplo da literatura indígena brasileira hodierna, que as alteridades encontram na literatura um espaço epistemológico, político e normativo que lhes permite reconhecerem-se e expressarem-se como minorias, significando sua práxis desde sua própria condição antropológico-ontológica, epistemológico-política e simbólico-normativa, sem necessidade de reducionismos científicos e de paternalismos institucionalistas. Por outras palavras, as alteridades podem realizar uma práxis de resistência e de afirmação por si mesmas e desde si mesmas, a partir de seu horizonte, valores e práticas, sem necessidade de assumirem o cientificismo como condição da argumentação, da reflexividade e da emancipação.\",\"PeriodicalId\":423979,\"journal\":{\"name\":\"Espaço Ameríndio\",\"volume\":\"36 1\",\"pages\":\"0\"},\"PeriodicalIF\":0.0000,\"publicationDate\":\"2020-12-16\",\"publicationTypes\":\"Journal Article\",\"fieldsOfStudy\":null,\"isOpenAccess\":false,\"openAccessPdf\":\"\",\"citationCount\":\"0\",\"resultStr\":null,\"platform\":\"Semanticscholar\",\"paperid\":null,\"PeriodicalName\":\"Espaço Ameríndio\",\"FirstCategoryId\":\"1085\",\"ListUrlMain\":\"https://doi.org/10.22456/1982-6524.105664\",\"RegionNum\":0,\"RegionCategory\":null,\"ArticlePicture\":[],\"TitleCN\":null,\"AbstractTextCN\":null,\"PMCID\":null,\"EPubDate\":\"\",\"PubModel\":\"\",\"JCR\":\"\",\"JCRName\":\"\",\"Score\":null,\"Total\":0}","platform":"Semanticscholar","paperid":null,"PeriodicalName":"Espaço Ameríndio","FirstCategoryId":"1085","ListUrlMain":"https://doi.org/10.22456/1982-6524.105664","RegionNum":0,"RegionCategory":null,"ArticlePicture":[],"TitleCN":null,"AbstractTextCN":null,"PMCID":null,"EPubDate":"","PubModel":"","JCR":"","JCRName":"","Score":null,"Total":0}
引用次数: 0

摘要

我们认为,文学由于其反范式结构,使差异作为差异的声音表达成为社会批评和政治行动主义的基本条件。让她拒绝阻止立法模式的现代性—形式主义、中立、公正和impessoalidade—而卓越的方法和实践的规范性和合理性,她也否认了理想的社会批判和政治活动家,那只从科学主义和制度主义。在文学中的萨满教的敦促,正如我们什么相关的自我肯定和自我-reconstrução -ontológicas人类学,从少数民族社会批评和政治活动为自己—他是一种生活方式和政治实践。argumentaremos,巴西本土文学的例子,从当代文学的差异性是认识论的空间政治和监管,让他们认识到应该成为少数民族统一的实践认识论-ontológica人类学,从自己的条件内和象征性,不必用这种姿态,不需要科学reducionismos和制度。换句话说,他者可以从自己的视野、价值观和实践中进行抵抗和肯定的实践,而不需要把科学主义作为论证、反思性和解放的条件。
本文章由计算机程序翻译,如有差异,请以英文原文为准。
A ALTERIDADE NA LITERATURA: DA VOZ-PRÁXIS DA DIFERENÇA COMO LITERATURA – O CASO DA LITERATURA INDÍGENA BRASILEIRA CONTEMPORÂNEA
defendemos que a literatura, por causa de sua estrutura anti-paradigmática, possibilita a expressão da voz-práxis das diferenças como diferenças enquanto a condição fundante da crítica social e do ativismo político. Ela permite a recusa em bloco do paradigma normativo da modernidade – formalismo, neutralidade, imparcialidade e impessoalidade – enquanto o método e a práxis por excelência da justificação normativa e, com isso, ela também nega que a realização da crítica social e do ativismo político se dê exclusivamente desde o cientificismo e em termos de institucionalismo. No caso da literatura indígena, o que percebemos é exatamente a retomada do xamanismo como correlação de auto-afirmação e auto-reconstrução antropológico-ontológicas e, a partir disso, como crítica social e ativismo político das minorias por elas mesmas – ele é tanto uma forma de vida quanto uma práxis política. Nesse sentido, argumentaremos, a partir do exemplo da literatura indígena brasileira hodierna, que as alteridades encontram na literatura um espaço epistemológico, político e normativo que lhes permite reconhecerem-se e expressarem-se como minorias, significando sua práxis desde sua própria condição antropológico-ontológica, epistemológico-política e simbólico-normativa, sem necessidade de reducionismos científicos e de paternalismos institucionalistas. Por outras palavras, as alteridades podem realizar uma práxis de resistência e de afirmação por si mesmas e desde si mesmas, a partir de seu horizonte, valores e práticas, sem necessidade de assumirem o cientificismo como condição da argumentação, da reflexividade e da emancipação.
求助全文
通过发布文献求助,成功后即可免费获取论文全文。 去求助
来源期刊
自引率
0.00%
发文量
0
×
引用
GB/T 7714-2015
复制
MLA
复制
APA
复制
导出至
BibTeX EndNote RefMan NoteFirst NoteExpress
×
提示
您的信息不完整,为了账户安全,请先补充。
现在去补充
×
提示
您因"违规操作"
具体请查看互助需知
我知道了
×
提示
确定
请完成安全验证×
copy
已复制链接
快去分享给好友吧!
我知道了
右上角分享
点击右上角分享
0
联系我们:info@booksci.cn Book学术提供免费学术资源搜索服务,方便国内外学者检索中英文文献。致力于提供最便捷和优质的服务体验。 Copyright © 2023 布克学术 All rights reserved.
京ICP备2023020795号-1
ghs 京公网安备 11010802042870号
Book学术文献互助
Book学术文献互助群
群 号:481959085
Book学术官方微信