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Bibliotecários e cientistas versus insetos bibliófagos: o combate em acervos culturais
O artigo apresenta um breve panorama sobre as pesquisas e ações de bibliotecários e pesquisadores no combate aos insetos bibliófagos, usando os conceitos de pegadas e rastros, de Elizabeth Jelin, representados por documentos e registros que podem ser seguidos para reelaborar estas memórias, que se iniciam no século XIX até o XX. Desde a antiguidade, a preservação de documentos já era uma preocupação e muitos produtos e técnicas foram usados para a sua proteção. De soluções empíricas a pesquisas científicas, este campo do conhecimento se desenvolveu a partir do final do século XIX, envolvendo estudiosos europeus e americanos, que disseminaram suas pesquisas através de congressos e publicações técnicas. Muitas destas pesquisas influenciaram pesquisadores brasileiros que, em conjunto com profissionais da Biblioteca Nacional, adaptaram e aplicaram estes conhecimentos para combater os insetos, através de produtos e técnicas de desinfestação. Muitos pesticidas apareceram depois da década de 1940 como solução para o controle e combate aos insetos. Após anos de uso indiscriminado no meio rural e urbano, assim como em instituições culturais, estes produtos foram sendo abolidos de arquivos, bibliotecas e museus a partir da década de 1990. Com uma visão preservacionista de proteção aos usuários, ao meio ambiente e ao acervo, os pesticidas foram sendo substituídos por processos anóxios na Biblioteca Nacional, amparando suas escolhas no conhecimento científico e aproximando as áreas da entomologia, biblioteconomia e da preservação cultural.