O QUE HÁ DE CIÊNCIA NA FESTA JUNINA? DO MILHO AO PINHÃO

O artigo aborda o desenvolvimento e avaliação de uma sequência de ensino investigativa (SEI) sobre o tema festas juninas, em especial sobre o pinhão. Desenvolvida com 20 alunos de anos iniciais de uma escola pública do Estado do Rio Grande do Sul. O objetivo foi compreender as relações entre festa junina e ensino de ciências, através da origem e importância do pinhão, tratando aspectos da cultura alimentar, nutricionais, ecológicos e educacionais, sendo um recurso ambiental disponível, e que o ato de comer essa semente deve promover reflexões sobre seu consumo, plantio e preservação da espécie. O artigo apresenta um recorte da SEI desenvolvida, com resultados provenientes de dois dos cinco módulos componentes: módulo 1: “Contextualização do tema central: festa junina – do milho ao pinhão”; e, módulo 2: “Pinhão: qual a importância nutricional dele? Como ele é disseminado na natureza? Qual a importância ecológica?.  A abordagem foi o ensino por investigação em Ciências, que propiciou aos alunos não apenas o contato com os conteúdos programáticos necessários à sua etapa educativa, mas a possibilidade da multidisciplinaridade com as diferentes áreas do conhecimento trabalhadas na escola, tendo como eixo articulador a ciência. Destaca-se nas atividades a curiosidade, ludicidade, investigação, observação e o desenvolvimento da argumentação acerca dos conhecimentos adquiridos sobre a necessidade da preservação do bioma mata atlântica e da mata das araucárias, não apenas para o consumo de pinhões nas festas juninas, mas para a sobrevivência e manutenção ecológica da diversidade de espécies que vivem nesse local, consumindo também esse alimento.