Enraizamento adventício e desenvolvimento vegetativo de citrandarineiros (Citrus sunki hort. ex Tan. x Poncirus trifoliata (L.) Raf.) e progenitores propagados por estaquia

A estaquia é um método alternativo para a propagação de porta-enxertos de citros. O objetivo deste trabalho foi avaliar o enraizamento adventício de estacas de porta-enxertos híbridos citrandarineiros e seus progenitores (Citrus sunki e Poncirus trifoliata) e comparar o desenvolvimento vegetativo das plantas ao de mudas, dos mesmos genótipos, propagadas por semente. Na primeira etapa do estudo, estacas semilenhosas dos porta-enxertos C. sunki, P. trifoliata e dos híbridos ‘B05’, ‘A36’ e ‘A40’ foram tratadas com 4000 mg L-1 de ácido indolbutírico, plantadas em bandejas contendo substrato casca de arroz carbonizada e alocadas em casa de vegetação. Após 90 dias foram avaliadas as variáveis de enraizamento. Na segunda etapa, estacas enraizadas e plântulas de origem nucelar foram transplantadas para recipientes (capacidade 5L), seguindo um delineamento inteiramente casualizado, em arranjo fatorial 5 x 2 (cinco genótipos propagados através de dois métodos distintos), com 15 repetições composta por uma planta. Após 18 meses foram avaliadas as variáveis de desenvolvimento vegetativo das mudas. Os genótipos avaliados apresentaram elevado percentual de enraizamento (≥ 75%). Verificou-se que plantas propagadas por semente, comparadas às obtidas via estaquia, apresentaram maior altura, diâmetro do colo, área foliar, volume radicular e massa seca da parte aérea e das raízes. À exceção, mudas do híbrido ‘A40’ não diferiram quanto ao diâmetro do colo, volume radicular e massa seca das raízes das mudas obtidas através dos distintos métodos. A estaquia é um método de propagação viável para a obtenção de porta-enxertos clonais de citros avaliados. No entanto, sob as condições do estudo, as plantas propagadas por estaquia, comparadas às obtidas por semente, requerem um período maior de desenvolvimento para estarem aptas à enxertia.