职业教育:在铅笔和工具之间。少年犯的叛乱

M. Belli, L. W. Boneti
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摘要

一项历史教育性质的研究数据使我们了解公共当局在1909-1927年期间如何发展教育项目,以促进库里蒂巴/Pr地区贫困儿童的职业教育。1909-1927年期间的建立是由于警察统计办公室对“未成年人”概念的定义,以及在库里蒂巴建立了Patronato agricola,这是第一个针对未成年人的职业惩教机构。它检查了库里蒂巴市和管理条例期刊上的记录。从方法的角度来看,以社会控制系统为参数,可以用它的主观性来检验最小的。通过与PERROT(1988)、FOUCOULT(1977)、BENJAMIN(1985)、ARENDT(2016)、THOMPSON(1987)和HAN(2019)的对话,我们可以检验当时发生了什么。收集到的数据使我们了解了儿童叛乱的情况,这体现了教育系统的评价剧目和严格的收集机制。在这些被认为是不可容忍的行为中,也有必要认识到监管体系的关键中介的构成。由于这些学习者造成的差距,有可能实现一种具有威权实践的职业教育结构,导致痛苦和排斥的教学。矛盾的配置,因为它加剧了这些儿童的脆弱性。
本文章由计算机程序翻译,如有差异,请以英文原文为准。
EDUCAÇÃO PROFISSIONAL: ENTRE O LÁPIS E A FERRAMENTA. A INSURGÊNCIA DO MENOR APRENDIZ
Dados de uma pesquisa de cunho histórico educacional permitiram compreender como autoridades públicas, no período de 1909-1927, desenvolveram projetos educacionais objetivando promover o ensino profissionalizante para menores carentes em Curitiba/Pr. O período 1909-1927 foi estabelecido em razão da definição do conceito “menor” pelo Gabinete de Estatística da Polícia, bem como pela construção, em Curitiba, do Patronato Agrícola, primeira instituição correcional profissionalizante para menores. Examinou-se registros presentes nos periódicos da cidade de Curitiba e o regulamento do patronato. Do ponto de vista do método, parte-se dos sistemas de controle social como parâmetro, podendo-se assim examinar o menor com suas subjetividades. Dialogando com PERROT(1988), FOUCOULT(1977), BENJAMIN(1985), ARENDT(2016), THOMPSON(1987) e HAN(2019) permite examinar o que se passou naquele momento. Os dados coletados levam a compreender situações de insurgência infantil, que exteriorizam ordenamentos educacionais com seus repertórios valorativos e seus rigorosos mecanismos de cobrança. Oportuno ainda perceber no interior desses comportamentos, tidos como intoleráveis, a constituição de um entremeio crítico ao sistema regulador. Por essa brecha criada por esses aprendizes, foi possível perceber uma estrutura de ensino profissionalizante com práticas autoritárias, acarretando ensino penoso e excludente. Configuração contraditória, pois agravou a vulnerabilidade dessas crianças.
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