{"title":"殖民资本主义现代性的语言工具","authors":"Isadora Machado, Luiz Felipe Andrade Silva","doi":"10.20396/lil.v25i49.8667023","DOIUrl":null,"url":null,"abstract":"A partir dos estudos materialistas da linguagem, questionamos: é possível enunciar na América Latina sem que os sentidos de nossos enunciados estejam construídos na/pela memória da colonização? Capitalismo e colonização, nesse contexto, se encontram no mesmo princípio histórico de modo dialético. Defendemos que a colonialidade emerge enquanto filosofia espontânea do capitalismo, assim como o colonialismo é condição de possibilidade (sobredeterminante) do capitalismo. Criticamos a abordagem da Modernidade em Kant e Foucault, e nos alinhamos ao pensamento decolonial latino-americano, para quem a Modernidade coincide com o início da exploração e colonização da América. Analisamos e deslocamos a importância que Sylvain Auroux atribui ao Renascimento para a gramatização. Demonstramos que a escrita da História das Ideias Linguísticas no Brasil compreende a colonização como ponto de inflexão para o conhecimento sobre a linguagem, o que nos leva a repensar a própria natureza dos instrumentos linguísticos enquanto ferramentas da modernidade colonial-capitalista.","PeriodicalId":165949,"journal":{"name":"Línguas e Instrumentos Línguísticos","volume":"20 1","pages":"0"},"PeriodicalIF":0.0000,"publicationDate":"2022-07-06","publicationTypes":"Journal Article","fieldsOfStudy":null,"isOpenAccess":false,"openAccessPdf":"","citationCount":"0","resultStr":"{\"title\":\"Ferramentas linguísticas da modernidade colonial-capitalista\",\"authors\":\"Isadora Machado, Luiz Felipe Andrade Silva\",\"doi\":\"10.20396/lil.v25i49.8667023\",\"DOIUrl\":null,\"url\":null,\"abstract\":\"A partir dos estudos materialistas da linguagem, questionamos: é possível enunciar na América Latina sem que os sentidos de nossos enunciados estejam construídos na/pela memória da colonização? Capitalismo e colonização, nesse contexto, se encontram no mesmo princípio histórico de modo dialético. Defendemos que a colonialidade emerge enquanto filosofia espontânea do capitalismo, assim como o colonialismo é condição de possibilidade (sobredeterminante) do capitalismo. Criticamos a abordagem da Modernidade em Kant e Foucault, e nos alinhamos ao pensamento decolonial latino-americano, para quem a Modernidade coincide com o início da exploração e colonização da América. Analisamos e deslocamos a importância que Sylvain Auroux atribui ao Renascimento para a gramatização. Demonstramos que a escrita da História das Ideias Linguísticas no Brasil compreende a colonização como ponto de inflexão para o conhecimento sobre a linguagem, o que nos leva a repensar a própria natureza dos instrumentos linguísticos enquanto ferramentas da modernidade colonial-capitalista.\",\"PeriodicalId\":165949,\"journal\":{\"name\":\"Línguas e Instrumentos Línguísticos\",\"volume\":\"20 1\",\"pages\":\"0\"},\"PeriodicalIF\":0.0000,\"publicationDate\":\"2022-07-06\",\"publicationTypes\":\"Journal Article\",\"fieldsOfStudy\":null,\"isOpenAccess\":false,\"openAccessPdf\":\"\",\"citationCount\":\"0\",\"resultStr\":null,\"platform\":\"Semanticscholar\",\"paperid\":null,\"PeriodicalName\":\"Línguas e Instrumentos Línguísticos\",\"FirstCategoryId\":\"1085\",\"ListUrlMain\":\"https://doi.org/10.20396/lil.v25i49.8667023\",\"RegionNum\":0,\"RegionCategory\":null,\"ArticlePicture\":[],\"TitleCN\":null,\"AbstractTextCN\":null,\"PMCID\":null,\"EPubDate\":\"\",\"PubModel\":\"\",\"JCR\":\"\",\"JCRName\":\"\",\"Score\":null,\"Total\":0}","platform":"Semanticscholar","paperid":null,"PeriodicalName":"Línguas e Instrumentos Línguísticos","FirstCategoryId":"1085","ListUrlMain":"https://doi.org/10.20396/lil.v25i49.8667023","RegionNum":0,"RegionCategory":null,"ArticlePicture":[],"TitleCN":null,"AbstractTextCN":null,"PMCID":null,"EPubDate":"","PubModel":"","JCR":"","JCRName":"","Score":null,"Total":0}
Ferramentas linguísticas da modernidade colonial-capitalista
A partir dos estudos materialistas da linguagem, questionamos: é possível enunciar na América Latina sem que os sentidos de nossos enunciados estejam construídos na/pela memória da colonização? Capitalismo e colonização, nesse contexto, se encontram no mesmo princípio histórico de modo dialético. Defendemos que a colonialidade emerge enquanto filosofia espontânea do capitalismo, assim como o colonialismo é condição de possibilidade (sobredeterminante) do capitalismo. Criticamos a abordagem da Modernidade em Kant e Foucault, e nos alinhamos ao pensamento decolonial latino-americano, para quem a Modernidade coincide com o início da exploração e colonização da América. Analisamos e deslocamos a importância que Sylvain Auroux atribui ao Renascimento para a gramatização. Demonstramos que a escrita da História das Ideias Linguísticas no Brasil compreende a colonização como ponto de inflexão para o conhecimento sobre a linguagem, o que nos leva a repensar a própria natureza dos instrumentos linguísticos enquanto ferramentas da modernidade colonial-capitalista.