公共安全中的武装部队

Haryan Gonçalves Dias, T. Gomes
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摘要

近年来,武装部队在公共安全领域的行动在事件的数量和强度上都有了显著的增加。这项工作的法律前提是联邦宪法第144条所建议的。第97/1999号补充法和第3.197/2001号总统令是这一问题的主要管理基础。然而,这些假设不足以支持和给予武装部队在公共安全警察权力范围内的行动必要的法律确定性。巴西刑法的目的是核实任何和所有代理人的典型行为,而不考虑排除非法或有罪的假设,这些假设只有在法律程序开始后才采取措施。国际人道主义法(ihr),又称国际武装冲突法(iad),在国内没有广泛的应用,其内化项目进一步恶化了对公共安全领域军事行动合法性和合法性的保护。有必要为从事公共安全工作的联邦部队提供法律保障,否则他们将成为保护公民的军事代理人,成为本国法律的受害者。在立法或解释问题的合法性时,需要其他公共实体的承诺。因此,本文试图表明,武装部队在公共安全工作时所处的法律不确定性制度,以及需要对此做些什么。否则,在保障法律和秩序、保证投票和选举点票、监视边界、支持民防以及与各机构合作和协调的许多其他行动(OCCA)方面采取行动的军事人员往往会受到不利影响。此外,对武装部队的形象也将产生负面影响。
本文章由计算机程序翻译,如有差异,请以英文原文为准。
FORÇAS ARMADAS NA SEGURANÇA PÚBLICA
As ações das Forças Armadas na área da área de segurança pública têm sofrido um incremento significativo nos últimos anos, em número de ocorrências e, também, na intensidade destas. Esse emprego tem por pressuposto jurídico o preconizado na Constituição Federal (CF), em seu artigo 144. A Lei Complementar nº 97/1999 e o Decreto Presidencial nº 3.197/2001 são as grandes bases regulamentadoras do assunto. No entanto, esses pressupostos não são suficientes para amparar e conceder a necessária segurança jurídica às ações das Forças Armadas no âmbito das competências policiais da segurança pública. A Lei Penal brasileira destina-se a verificar condutas típicas praticadas por todo e qualquer agente, independente de pressuposições de excludentes de ilicitude ou de culpabilidade, que só são medidas após o início do processo legal. O Direito Internacional Humanitário (DIH), também chamado de Direito Internacional dos Conflitos Armados (DICA) não tem ampla aplicação no âmbito interno e projetos para a sua internalização pioram mais ainda a proteção à legitimidade e à legalidade das ações dos militares em operações na área de segurança pública. É preciso prover segurança jurídica às tropas federais que operam na segurança pública, sob pena de serem os agentes militares protetores dos cidadãos, vítimas de sua própria lei interna. É preciso comprometimento de outros entes públicos ao legislar ou ao interpretar a juridicidade do assunto. Assim, busca-se mostrar, neste artigo, o regime de insegurança jurídica em que operam as Forças Armadas quando atuando na segurança pública e que algo precisa ser feito a respeito. Do contrário, as consequências tendem a ser sempre negativas aos militares que atuam na garantia da lei e da ordem, na garantia de votações e apurações eleitorais, na vigilância de fronteiras, em apoio à defesa civil e em outras tantas operações em cooperação e coordenação com agências (OCCA). Além disso, as consequências serão negativas, também, à imagem das Forças Armadas. 
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