{"title":"ASPECTO GERAIS DA LEISHMANIOSE TEGUMENTAR AMERICANA NO BRASIL NO ANO DE 2020","authors":"Robert da Silva Tibúrcio","doi":"10.51161/conbrapah/53","DOIUrl":null,"url":null,"abstract":"Introdução: A leishmaniose é uma antropozoonose causada por diferentes espécies do gênero Leishmania. Sua forma de transmissão acontece por meio da picada da fêmea hematófaga conhecida popularmente como mosquito Palha. A leishmaniose Tegumentar Americana (LTA) é subdividida em Leishmaniose Cutânea Localizada (LCL), Leishmaniose Cutânea Disseminada (LCD) e Leishmaniose Muco-Cutânea (LMC). A condição clínica mais comum é a LCL caracterizada por lesões locais, apresentando hiperemia na base, pápula eritematosa e infiltrado típico de úlcera. Tais lesões podem evoluir para uma LCD, devido a disseminação do parasita por via hematogênica/linfática, sendo numerosas, de tamanhos menores, com distribuição em todo o corpo. A LMC apresenta lesões secundárias que são destrutivas na mucosa. Os tratamentos farmacológicos são os Antimoniais Pentavalentes, Anfotericina B, e Metfosina. Objetivos: Descrever o perfil dos casos de Leishmaniose Tegumentar Americana no Brasil durante o ano de 2020.Metodologia: Foi realizado um estudo de caráter descritivo-quantitativo com a utilização de dados disponíveis na plataforma DATASUS utilizando as variáveis ano, região, Unidade Federativa, manifestação clínica, sexo e faixa etária. O ano de 2020 foi selecionado pois não houve dados mais recentes devido ao contexto da COVID-19. Resultados: O número de casos notificados no Brasil em 2020 foi de 17.772 casos, onde 17,67% casos foram no Estado do Pará, seguido por Mato Grosso (11,95%) e Minas Gerais (11,82%), sendo a região Norte liderando o maior número de casos notificados no Brasil (46,73%). Dentre os casos em todo o Brasil. 73,50% são em indivíduos do sexo masculino enquanto 26,47% são no sexo feminino. Quanto a manifestação clínica, 95,02% apresentaram a forma cutânea da doença enquanto 4,80% apresentaram a forma mucosa, 0,17% indivíduos não tiveram essa informação esclarecida na notificação. Com relação a faixa etária, o público maior foram indivíduos na faixa de 20-39 anos (38,29%) seguido por 40-59 anos (27,45%) e 15-19 anos (9,59%). Conclusão: Os dados obtidos do DATASUS corroboram com as informações presentes na literatura sobre a recente expansão da Leishmaniose para demais regiões do Brasil. Esse estudo evidencia que apesar de haver métodos profiláticos e terapêuticos, a LTA continua sendo prevalente em todo território brasileiro acarretando prejuízos ao indivíduo e a todo seu bem-estar.","PeriodicalId":209824,"journal":{"name":"Anais do II Congresso Brasileiro de Parasitologia Humana On-line","volume":"797 1","pages":"0"},"PeriodicalIF":0.0000,"publicationDate":"2022-06-21","publicationTypes":"Journal Article","fieldsOfStudy":null,"isOpenAccess":false,"openAccessPdf":"","citationCount":"0","resultStr":null,"platform":"Semanticscholar","paperid":null,"PeriodicalName":"Anais do II Congresso Brasileiro de Parasitologia Humana On-line","FirstCategoryId":"1085","ListUrlMain":"https://doi.org/10.51161/conbrapah/53","RegionNum":0,"RegionCategory":null,"ArticlePicture":[],"TitleCN":null,"AbstractTextCN":null,"PMCID":null,"EPubDate":"","PubModel":"","JCR":"","JCRName":"","Score":null,"Total":0}
ASPECTO GERAIS DA LEISHMANIOSE TEGUMENTAR AMERICANA NO BRASIL NO ANO DE 2020
Introdução: A leishmaniose é uma antropozoonose causada por diferentes espécies do gênero Leishmania. Sua forma de transmissão acontece por meio da picada da fêmea hematófaga conhecida popularmente como mosquito Palha. A leishmaniose Tegumentar Americana (LTA) é subdividida em Leishmaniose Cutânea Localizada (LCL), Leishmaniose Cutânea Disseminada (LCD) e Leishmaniose Muco-Cutânea (LMC). A condição clínica mais comum é a LCL caracterizada por lesões locais, apresentando hiperemia na base, pápula eritematosa e infiltrado típico de úlcera. Tais lesões podem evoluir para uma LCD, devido a disseminação do parasita por via hematogênica/linfática, sendo numerosas, de tamanhos menores, com distribuição em todo o corpo. A LMC apresenta lesões secundárias que são destrutivas na mucosa. Os tratamentos farmacológicos são os Antimoniais Pentavalentes, Anfotericina B, e Metfosina. Objetivos: Descrever o perfil dos casos de Leishmaniose Tegumentar Americana no Brasil durante o ano de 2020.Metodologia: Foi realizado um estudo de caráter descritivo-quantitativo com a utilização de dados disponíveis na plataforma DATASUS utilizando as variáveis ano, região, Unidade Federativa, manifestação clínica, sexo e faixa etária. O ano de 2020 foi selecionado pois não houve dados mais recentes devido ao contexto da COVID-19. Resultados: O número de casos notificados no Brasil em 2020 foi de 17.772 casos, onde 17,67% casos foram no Estado do Pará, seguido por Mato Grosso (11,95%) e Minas Gerais (11,82%), sendo a região Norte liderando o maior número de casos notificados no Brasil (46,73%). Dentre os casos em todo o Brasil. 73,50% são em indivíduos do sexo masculino enquanto 26,47% são no sexo feminino. Quanto a manifestação clínica, 95,02% apresentaram a forma cutânea da doença enquanto 4,80% apresentaram a forma mucosa, 0,17% indivíduos não tiveram essa informação esclarecida na notificação. Com relação a faixa etária, o público maior foram indivíduos na faixa de 20-39 anos (38,29%) seguido por 40-59 anos (27,45%) e 15-19 anos (9,59%). Conclusão: Os dados obtidos do DATASUS corroboram com as informações presentes na literatura sobre a recente expansão da Leishmaniose para demais regiões do Brasil. Esse estudo evidencia que apesar de haver métodos profiláticos e terapêuticos, a LTA continua sendo prevalente em todo território brasileiro acarretando prejuízos ao indivíduo e a todo seu bem-estar.