Jean Fernando Sandeski Zuber, Erildo Vicente Muller, P. Borges, Evelise Amorim Sandeski Zuber
{"title":"坎波斯吉拉斯地区人类免疫缺陷病毒/艾滋病患者的生存,parana, 2008-2018年","authors":"Jean Fernando Sandeski Zuber, Erildo Vicente Muller, P. Borges, Evelise Amorim Sandeski Zuber","doi":"10.5327/dst-2177-8264-202133p084","DOIUrl":null,"url":null,"abstract":"Objetivo: O objetivo deste estudo foi analisar, em residentes da região dos Campos Gerais, no Paraná, o tempo de sobrevida de pessoas diagnosticadas com a infecção pelo vírus da imunodeficiência humana e pessoas que morreram com causa básica relacionada ao vírus e a aids, associados ou não à utilização da terapia antirretroviral, no período de 2008 a 2018. Métodos: Trata-se de um estudo de coorte retrospectivo, de caráter exploratório e documental. Resultados: A coorte foi composta de 737 pessoas; dessas, verificou-se que 59,3% eram do sexo masculino, 77,6% de raça e/ou cor da pele branca e 58,6% com ensino fundamental. A sobrevida média da coorte foi de 8,8 anos, sendo no sexo feminino de 10,2 anos e no masculino de 7,9 anos. Crianças de até 10 anos obtiveram 8,2 anos, já aqueles com 11 a 20 anos apresentaram média de 14,3 anos, enquanto adultos de 41 a 60 anos e acima de 60 anos registraram sobrevida de 6,2 e 5,0 anos, respectivamente. Analfabetos sobreviveram 7,1 anos, e aqueles com ensino médio ou superior apresentaram sobrevida de 10,2 e 10,8 respectivamente. Pessoas sem uso de antirretrovirais registraram sobrevivência média de 4,7 anos. Na avaliação do risco relativo para o óbito, homens registraram risco relativo 1,22, pretos e pardos RR 1,18, e aqueles diagnosticados até 31 de dezembro de 2013 (antes do tratamento para todos) risco relativo 1,58. Apesar das disparidades entres os subgrupos avaliados, a terapia antirretroviral apresenta impacto significativo na morbimortalidade quando o tratamento é instituído de forma precoce. Conclusão: Pesquisas com o objetivo de estudar a sobrevida de pessoas vivendo com o vírus da imunodeficiência humana são de fundamental importância, pois possibilitam monitorar os desiquilíbrios na assistência em saúde, tratamento e cuidados, subsidiando ainda o reconhecimento de indicadores que favoreçam a construção de intervenções específicas, os quais, por sua vez, resultariam em uma melhor qualidade e expectativa de vida.","PeriodicalId":350000,"journal":{"name":"Jornal Brasileiro de Doenças Sexualmente Transmissíveis","volume":"31 1","pages":"0"},"PeriodicalIF":0.0000,"publicationDate":"1900-01-01","publicationTypes":"Journal Article","fieldsOfStudy":null,"isOpenAccess":false,"openAccessPdf":"","citationCount":"0","resultStr":"{\"title\":\"Sobrevida de pessoas vivendo com vírus da imunodeficiência humana/aids na região dos Campos Gerais, Paraná, 2008-2018\",\"authors\":\"Jean Fernando Sandeski Zuber, Erildo Vicente Muller, P. Borges, Evelise Amorim Sandeski Zuber\",\"doi\":\"10.5327/dst-2177-8264-202133p084\",\"DOIUrl\":null,\"url\":null,\"abstract\":\"Objetivo: O objetivo deste estudo foi analisar, em residentes da região dos Campos Gerais, no Paraná, o tempo de sobrevida de pessoas diagnosticadas com a infecção pelo vírus da imunodeficiência humana e pessoas que morreram com causa básica relacionada ao vírus e a aids, associados ou não à utilização da terapia antirretroviral, no período de 2008 a 2018. Métodos: Trata-se de um estudo de coorte retrospectivo, de caráter exploratório e documental. Resultados: A coorte foi composta de 737 pessoas; dessas, verificou-se que 59,3% eram do sexo masculino, 77,6% de raça e/ou cor da pele branca e 58,6% com ensino fundamental. A sobrevida média da coorte foi de 8,8 anos, sendo no sexo feminino de 10,2 anos e no masculino de 7,9 anos. Crianças de até 10 anos obtiveram 8,2 anos, já aqueles com 11 a 20 anos apresentaram média de 14,3 anos, enquanto adultos de 41 a 60 anos e acima de 60 anos registraram sobrevida de 6,2 e 5,0 anos, respectivamente. Analfabetos sobreviveram 7,1 anos, e aqueles com ensino médio ou superior apresentaram sobrevida de 10,2 e 10,8 respectivamente. Pessoas sem uso de antirretrovirais registraram sobrevivência média de 4,7 anos. Na avaliação do risco relativo para o óbito, homens registraram risco relativo 1,22, pretos e pardos RR 1,18, e aqueles diagnosticados até 31 de dezembro de 2013 (antes do tratamento para todos) risco relativo 1,58. Apesar das disparidades entres os subgrupos avaliados, a terapia antirretroviral apresenta impacto significativo na morbimortalidade quando o tratamento é instituído de forma precoce. Conclusão: Pesquisas com o objetivo de estudar a sobrevida de pessoas vivendo com o vírus da imunodeficiência humana são de fundamental importância, pois possibilitam monitorar os desiquilíbrios na assistência em saúde, tratamento e cuidados, subsidiando ainda o reconhecimento de indicadores que favoreçam a construção de intervenções específicas, os quais, por sua vez, resultariam em uma melhor qualidade e expectativa de vida.\",\"PeriodicalId\":350000,\"journal\":{\"name\":\"Jornal Brasileiro de Doenças Sexualmente Transmissíveis\",\"volume\":\"31 1\",\"pages\":\"0\"},\"PeriodicalIF\":0.0000,\"publicationDate\":\"1900-01-01\",\"publicationTypes\":\"Journal Article\",\"fieldsOfStudy\":null,\"isOpenAccess\":false,\"openAccessPdf\":\"\",\"citationCount\":\"0\",\"resultStr\":null,\"platform\":\"Semanticscholar\",\"paperid\":null,\"PeriodicalName\":\"Jornal Brasileiro de Doenças Sexualmente Transmissíveis\",\"FirstCategoryId\":\"1085\",\"ListUrlMain\":\"https://doi.org/10.5327/dst-2177-8264-202133p084\",\"RegionNum\":0,\"RegionCategory\":null,\"ArticlePicture\":[],\"TitleCN\":null,\"AbstractTextCN\":null,\"PMCID\":null,\"EPubDate\":\"\",\"PubModel\":\"\",\"JCR\":\"\",\"JCRName\":\"\",\"Score\":null,\"Total\":0}","platform":"Semanticscholar","paperid":null,"PeriodicalName":"Jornal Brasileiro de Doenças Sexualmente Transmissíveis","FirstCategoryId":"1085","ListUrlMain":"https://doi.org/10.5327/dst-2177-8264-202133p084","RegionNum":0,"RegionCategory":null,"ArticlePicture":[],"TitleCN":null,"AbstractTextCN":null,"PMCID":null,"EPubDate":"","PubModel":"","JCR":"","JCRName":"","Score":null,"Total":0}
Sobrevida de pessoas vivendo com vírus da imunodeficiência humana/aids na região dos Campos Gerais, Paraná, 2008-2018
Objetivo: O objetivo deste estudo foi analisar, em residentes da região dos Campos Gerais, no Paraná, o tempo de sobrevida de pessoas diagnosticadas com a infecção pelo vírus da imunodeficiência humana e pessoas que morreram com causa básica relacionada ao vírus e a aids, associados ou não à utilização da terapia antirretroviral, no período de 2008 a 2018. Métodos: Trata-se de um estudo de coorte retrospectivo, de caráter exploratório e documental. Resultados: A coorte foi composta de 737 pessoas; dessas, verificou-se que 59,3% eram do sexo masculino, 77,6% de raça e/ou cor da pele branca e 58,6% com ensino fundamental. A sobrevida média da coorte foi de 8,8 anos, sendo no sexo feminino de 10,2 anos e no masculino de 7,9 anos. Crianças de até 10 anos obtiveram 8,2 anos, já aqueles com 11 a 20 anos apresentaram média de 14,3 anos, enquanto adultos de 41 a 60 anos e acima de 60 anos registraram sobrevida de 6,2 e 5,0 anos, respectivamente. Analfabetos sobreviveram 7,1 anos, e aqueles com ensino médio ou superior apresentaram sobrevida de 10,2 e 10,8 respectivamente. Pessoas sem uso de antirretrovirais registraram sobrevivência média de 4,7 anos. Na avaliação do risco relativo para o óbito, homens registraram risco relativo 1,22, pretos e pardos RR 1,18, e aqueles diagnosticados até 31 de dezembro de 2013 (antes do tratamento para todos) risco relativo 1,58. Apesar das disparidades entres os subgrupos avaliados, a terapia antirretroviral apresenta impacto significativo na morbimortalidade quando o tratamento é instituído de forma precoce. Conclusão: Pesquisas com o objetivo de estudar a sobrevida de pessoas vivendo com o vírus da imunodeficiência humana são de fundamental importância, pois possibilitam monitorar os desiquilíbrios na assistência em saúde, tratamento e cuidados, subsidiando ainda o reconhecimento de indicadores que favoreçam a construção de intervenções específicas, os quais, por sua vez, resultariam em uma melhor qualidade e expectativa de vida.