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摘要
1987年,作家兼文学评论家奥斯卡·德·安布罗斯(Oscar D’Ambrosio)在当时的报纸《Estado de sao Paulo》(Estado de sao Paulo)上发表了一篇题为《guimaraes Rosa encontro seu duplo: Hilda Hilst》的文章。文学在这个身份和锚定在采访作者,为什么不只是亲密的诗歌作品,深感钦佩和影响力的作家,这工作将在调查一个共同特质的这些作家,上帝和魔鬼的提名程序。希尔达·希尔斯特不仅在文学上,而且在哲学上和日常上都对上帝进行了调查,她在散文和诗歌中表达了她对上帝存在的痛苦怀疑。在另一边,我们发现guimaraes Rosa,在Grande sertao: Veredas,编织了一个质疑的角色,对魔鬼的存在的怀疑无动于衷。里奥巴多,在他的旅程中,构思了一个巨大的专名和图画制图学,他声称要避免这个人。作者的共同特征是,我们将调查命名的迫切需要,探究这种亚当特权的潜在意义。
Nomear é chamar à existência: a nomeação de Deus e do Diabo em Hilda Hilst e Guimarães Rosa
Em 1987 o escritor e crítico literário Oscar D’Ambrosio publica no então jornal Estado de São Paulo uma matéria intitulada: “Guimarães Rosa encontra seu duplo: Hilda Hilst.” Partindo desta identificação literária e ancorando-se em entrevistas concedidas pela autora, onde reconhecia não só a proximidade poética de suas obras, como o apreço e a influência sofrida pelo escritor, este trabalho se dedicará a investigar um traço comum a estes autores, o obsessivo processo de nomeação de Deus e do Diabo. Fazendo de Deus uma de suas investigações não só literárias, como também filosóficas e cotidiana, Hilda Hilst colocou em prosa, e poesia, sua excruciante dúvida quanto à existência divina. Na outra margem, encontramos Guimarães Rosa que, em Grande Sertão: Veredas, tece uma personagem questionante, impassível diante dúvida quanto à existência do Diabo. Riobaldo, em seu périplo, concebe uma vasta cartografia onomástica e pictórica daquele que tanto diz evitar. Traço comum nos autores, investigaremos a premente necessidade de nomeação, perquirindo o sentido latente deste privilégio adâmico.