{"title":"巴西墓地的扩散:流行病和漫画登记","authors":"Maria Elízia Borges","doi":"10.54575/cbha.40.04","DOIUrl":null,"url":null,"abstract":"A partir de 1870 tiveram início inúmeras polêmicas envolvendo a área médica, os políticos liberais, os maçons e os religiosos em torno da defesa da construção de cemitérios secularizados no Brasil. Durante a Primeira República, o fato foi consolidado e podemos considerar esse período como o da proliferação dos cemitérios. Outro fator preponderante para a propagação dessas construções foram as epidemias que ocorreram no país. Mencionamos neste artigo algumas delas: a de febre amarela (1850, Rio de Janeiro); a de cólera (1855, Bahia); a de varíola (1896); a de febre amarela (1892) e a gripe espanhola (1918 a 1919), que foram uma das causas dos primeiros sepultamentos no Cemitério da Consolação (SP,1858). As caricaturas de Ângelo Agostini (1843-1910) datadas de 1866 e 1876 representam esse momento histórico com certo humor e crítica às ações governamentais. A pandemia de Covid-19 surgida o ano passado (2019) e que ainda perdura, também passou a ser representada por caricaturistas segundo o mesmo princípio sarcástico que tanto condiz com a caricatura brasileira, conforme consta na obra de Latuff, de 2020.","PeriodicalId":211032,"journal":{"name":"Anais do 40º Colóquio do Comitê Brasileiro de História da Arte: Pesquisas em diálogo (evento online), 7 -11 nov. 2020","volume":"7 1","pages":"0"},"PeriodicalIF":0.0000,"publicationDate":"1900-01-01","publicationTypes":"Journal Article","fieldsOfStudy":null,"isOpenAccess":false,"openAccessPdf":"","citationCount":"0","resultStr":"{\"title\":\"A proliferação dos cemitérios no Brasil: doenças epidêmicas e o registro de caricaturas\",\"authors\":\"Maria Elízia Borges\",\"doi\":\"10.54575/cbha.40.04\",\"DOIUrl\":null,\"url\":null,\"abstract\":\"A partir de 1870 tiveram início inúmeras polêmicas envolvendo a área médica, os políticos liberais, os maçons e os religiosos em torno da defesa da construção de cemitérios secularizados no Brasil. Durante a Primeira República, o fato foi consolidado e podemos considerar esse período como o da proliferação dos cemitérios. Outro fator preponderante para a propagação dessas construções foram as epidemias que ocorreram no país. Mencionamos neste artigo algumas delas: a de febre amarela (1850, Rio de Janeiro); a de cólera (1855, Bahia); a de varíola (1896); a de febre amarela (1892) e a gripe espanhola (1918 a 1919), que foram uma das causas dos primeiros sepultamentos no Cemitério da Consolação (SP,1858). As caricaturas de Ângelo Agostini (1843-1910) datadas de 1866 e 1876 representam esse momento histórico com certo humor e crítica às ações governamentais. A pandemia de Covid-19 surgida o ano passado (2019) e que ainda perdura, também passou a ser representada por caricaturistas segundo o mesmo princípio sarcástico que tanto condiz com a caricatura brasileira, conforme consta na obra de Latuff, de 2020.\",\"PeriodicalId\":211032,\"journal\":{\"name\":\"Anais do 40º Colóquio do Comitê Brasileiro de História da Arte: Pesquisas em diálogo (evento online), 7 -11 nov. 2020\",\"volume\":\"7 1\",\"pages\":\"0\"},\"PeriodicalIF\":0.0000,\"publicationDate\":\"1900-01-01\",\"publicationTypes\":\"Journal Article\",\"fieldsOfStudy\":null,\"isOpenAccess\":false,\"openAccessPdf\":\"\",\"citationCount\":\"0\",\"resultStr\":null,\"platform\":\"Semanticscholar\",\"paperid\":null,\"PeriodicalName\":\"Anais do 40º Colóquio do Comitê Brasileiro de História da Arte: Pesquisas em diálogo (evento online), 7 -11 nov. 2020\",\"FirstCategoryId\":\"1085\",\"ListUrlMain\":\"https://doi.org/10.54575/cbha.40.04\",\"RegionNum\":0,\"RegionCategory\":null,\"ArticlePicture\":[],\"TitleCN\":null,\"AbstractTextCN\":null,\"PMCID\":null,\"EPubDate\":\"\",\"PubModel\":\"\",\"JCR\":\"\",\"JCRName\":\"\",\"Score\":null,\"Total\":0}","platform":"Semanticscholar","paperid":null,"PeriodicalName":"Anais do 40º Colóquio do Comitê Brasileiro de História da Arte: Pesquisas em diálogo (evento online), 7 -11 nov. 2020","FirstCategoryId":"1085","ListUrlMain":"https://doi.org/10.54575/cbha.40.04","RegionNum":0,"RegionCategory":null,"ArticlePicture":[],"TitleCN":null,"AbstractTextCN":null,"PMCID":null,"EPubDate":"","PubModel":"","JCR":"","JCRName":"","Score":null,"Total":0}
A proliferação dos cemitérios no Brasil: doenças epidêmicas e o registro de caricaturas
A partir de 1870 tiveram início inúmeras polêmicas envolvendo a área médica, os políticos liberais, os maçons e os religiosos em torno da defesa da construção de cemitérios secularizados no Brasil. Durante a Primeira República, o fato foi consolidado e podemos considerar esse período como o da proliferação dos cemitérios. Outro fator preponderante para a propagação dessas construções foram as epidemias que ocorreram no país. Mencionamos neste artigo algumas delas: a de febre amarela (1850, Rio de Janeiro); a de cólera (1855, Bahia); a de varíola (1896); a de febre amarela (1892) e a gripe espanhola (1918 a 1919), que foram uma das causas dos primeiros sepultamentos no Cemitério da Consolação (SP,1858). As caricaturas de Ângelo Agostini (1843-1910) datadas de 1866 e 1876 representam esse momento histórico com certo humor e crítica às ações governamentais. A pandemia de Covid-19 surgida o ano passado (2019) e que ainda perdura, também passou a ser representada por caricaturistas segundo o mesmo princípio sarcástico que tanto condiz com a caricatura brasileira, conforme consta na obra de Latuff, de 2020.