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O Princípio da Coesão Estrutural na variação da concordância nominal de número em predicativos do sujeito e estruturas passivas do português rural fluminense
Este trabalho analisou a variação da concordância nominal de número em predicativos do sujeito e estruturas passivas no vernáculo rural de Nova Friburgo-RJ, com base nos pressupostos da Sociolinguística Variacionista. Os dados foram recolhidos em 35 entrevistas realizadas com 16 homens e 19 mulheres; 14, entre 35 e 55 anos; e 21, entre 14 e 19 anos. A quantificação foi realizada com o auxílio do programa Goldvarb. Os condicionamentos estruturais da variação, nesta comunidade de fala, estão ligados ao Princípio de Coesão Estrutural. Constatou-se que a frequência geral de aplicação da regra ali é de 28,3%. Contudo, se SN sujeitos e verbos de uma mesma sentença apresentam os mecanismos de concordância, estes passam a ser replicados em predicativos e particípios numa frequência de 76%. Quando um quantificador é empregado na estrutura predicativa, a coesão se enfraquece, fazendo a concordância cair a menos de 7%. Outrossim, quando não há concordância de gênero entre sujeito e predicativos/particípios, a de número se apresenta em menos de 9%. Portanto, pode-se concluir que há maior tendência à utilização das regras de concordância de número em predicativos e estruturas passivas, se as sentenças também apresentam concordância no sujeito no verbo.