CARACTERíSTICAS GERAIS DOS PRINCIPAIS ANTIMICROBIANOS: UMA REVISÃO DE LITERATURA

Os antibióticos surgiram através da observação de Alexander Flemming, quando suas placas de cultura foram contaminadas pelo fungo Penincillium. Foi notável que este fungo era capaz de produzir uma substância que inibia o crescimento bacteriano. Em 1940, inicia-se a produção em escala da penicilina marcando o início da “Era dos Antibióticos”. Com esse importante marco, o ser humano pode tratar doenças infectocontagiosas com menor toxicidade e maior eficácia, resultando na diminuição da mortalidade e aumento na expectativa de vida. Com o passar dos anos, os antibióticos foram usados de maneira indiscriminada e banal e, consequentemente, as bactérias puderam desenvolver mecanismos evolutivos de resistência contra antibióticos, retrocedendo os avanços descobertos na década de 40. Atualmente, o maior desafio dos profissionais prescritores é encontrar um fármaco que seja eficaz, baixa toxicidade e não induza resistência contra seu paciente. O uso racional de medicamentos busca terapias que sejam econômicas, efetivas e seguras, além de combater o uso indiscriminado desses fármacos, por exemplo, automedicação e uso para induzir crescimento de bois e aves. A pesquisa também busca desenvolver novos medicamentos capazes de driblar os mecanismos de resistência sem que comprometa a segurança do paciente usuário. Uma alternativa promissora é o uso de óleos essenciais, compostos derivados de plantas composto majoritariamente por terpenos, capazes de eliminar diversos microrganismos, principalmente bactérias e fungos. Seu perfil é de alta tolerabilidade e eficácia, com baixa indução de resistência. Com isso, o presente trabalho visa revisar de maneira narrativa e objetiva os mecanismos de ação dos fármacos e de resistência bacteriana, além de atualizar as perspectivas futuras na área de antimicrobianos.