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O autodenominado Processo de Reorganização Nacional (1976-1983) foi a experiência mais violenta da história da República Argentina. Como trauma social, esse evento-limite impôs uma série de obstáculos a sua representação em suas diferentes manifestações culturais. A partir do instrumental teórico da semiótica psicanalítica e da teoria psicanalítica do cinema, conforme apresentada por Todd McGowan, propomos uma análise das formas como o cinema da retomada democrática (1983-1989) buscou representar a violência do terrorismo de Estado, concentrando-nos, sobretudo, na forma como a fantasia, entendida a partir da teoria lacaniana, atuou, na forma do filme, para além de sua função ideológica, na identificação de antagonismos inerentes à sociedade argentina e, assim, manifestou, através do cinema, sintomas da cultura.