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O presente artigo tem por objetivo analisar alguns poemas do parnasianismo brasileiro, comumente massacrado pela crítica literária, como sendo uma espécie de arte destituída de paixão, cerebral e que não fazia mais que emular motivos e regras do parnaso europeu. O objetivo aqui é estabelecer ligações entre os poemas parnasianos e a escultura, uma vez que para Olavo Bilac, Raimundo Correia e Alberto Oliveira, o ápice da criação parnasiana ultrapassaria a ourivesaria verbal, a fim de transformar o próprio poema (predominantemente a forma soneto) em objeto de contemplação estética. Nesse sentido, para além da querela entre parnasianos e simbolistas e o fato de que este surge, no Brasil, como espécie de reação àquele (o que não é novidade, posto que o próprio parnasianismo se configurasse como resposta ao romantismo tardio), perceber as inflexões, mesmo dentro do parnasianismo, a partir de figuras como Francisca Júlia e Luiz Delfino, resulta fulcral para lançar nova luz às leituras feitas, desde o começo do século XX, sobre o parnaso brasileiro.