{"title":"对资本的解释","authors":"Alessandro Simoncini, Juliana Hass","doi":"10.34024/limiar.2020.v7.12088","DOIUrl":null,"url":null,"abstract":"Este texto examina a maneira como Benjamin e Foucault, a partir da leitura de diferentes páginas do primeiro livro de O Capital, trataram de modo diverso (mas complementar) o problema da sujeição dos vivos à moderna relação de capital. Tendo como pano de fundo as páginas clássicas em que Marx conduz o leitor ao “laboratório secreto da produção”, em La societé punitive e em Surveiller et punir, Foucault investiga genealogicamente a constituição do sujeito produtivo e os processos de “acumulação dos corpos” necessários à “acumulação do capital”. Ao reler as conhecidas passagens marxistas sobre o fetichismo das mercadorias, em Baudelaire e Passagenwerk, Benjamin reconstrói, ao contrário, uma arqueologia do moderno que analisa a maneira em que as mercadorias, com sua fantasmagoria e suas promessas de felicidade, visam imprimir a relação do capital na subjetividade individual e coletiva.","PeriodicalId":136173,"journal":{"name":"Revista Limiar","volume":"9 1","pages":"0"},"PeriodicalIF":0.0000,"publicationDate":"2021-05-01","publicationTypes":"Journal Article","fieldsOfStudy":null,"isOpenAccess":false,"openAccessPdf":"","citationCount":"0","resultStr":"{\"title\":\"Interpretando o capital\",\"authors\":\"Alessandro Simoncini, Juliana Hass\",\"doi\":\"10.34024/limiar.2020.v7.12088\",\"DOIUrl\":null,\"url\":null,\"abstract\":\"Este texto examina a maneira como Benjamin e Foucault, a partir da leitura de diferentes páginas do primeiro livro de O Capital, trataram de modo diverso (mas complementar) o problema da sujeição dos vivos à moderna relação de capital. Tendo como pano de fundo as páginas clássicas em que Marx conduz o leitor ao “laboratório secreto da produção”, em La societé punitive e em Surveiller et punir, Foucault investiga genealogicamente a constituição do sujeito produtivo e os processos de “acumulação dos corpos” necessários à “acumulação do capital”. Ao reler as conhecidas passagens marxistas sobre o fetichismo das mercadorias, em Baudelaire e Passagenwerk, Benjamin reconstrói, ao contrário, uma arqueologia do moderno que analisa a maneira em que as mercadorias, com sua fantasmagoria e suas promessas de felicidade, visam imprimir a relação do capital na subjetividade individual e coletiva.\",\"PeriodicalId\":136173,\"journal\":{\"name\":\"Revista Limiar\",\"volume\":\"9 1\",\"pages\":\"0\"},\"PeriodicalIF\":0.0000,\"publicationDate\":\"2021-05-01\",\"publicationTypes\":\"Journal Article\",\"fieldsOfStudy\":null,\"isOpenAccess\":false,\"openAccessPdf\":\"\",\"citationCount\":\"0\",\"resultStr\":null,\"platform\":\"Semanticscholar\",\"paperid\":null,\"PeriodicalName\":\"Revista Limiar\",\"FirstCategoryId\":\"1085\",\"ListUrlMain\":\"https://doi.org/10.34024/limiar.2020.v7.12088\",\"RegionNum\":0,\"RegionCategory\":null,\"ArticlePicture\":[],\"TitleCN\":null,\"AbstractTextCN\":null,\"PMCID\":null,\"EPubDate\":\"\",\"PubModel\":\"\",\"JCR\":\"\",\"JCRName\":\"\",\"Score\":null,\"Total\":0}","platform":"Semanticscholar","paperid":null,"PeriodicalName":"Revista Limiar","FirstCategoryId":"1085","ListUrlMain":"https://doi.org/10.34024/limiar.2020.v7.12088","RegionNum":0,"RegionCategory":null,"ArticlePicture":[],"TitleCN":null,"AbstractTextCN":null,"PMCID":null,"EPubDate":"","PubModel":"","JCR":"","JCRName":"","Score":null,"Total":0}
Este texto examina a maneira como Benjamin e Foucault, a partir da leitura de diferentes páginas do primeiro livro de O Capital, trataram de modo diverso (mas complementar) o problema da sujeição dos vivos à moderna relação de capital. Tendo como pano de fundo as páginas clássicas em que Marx conduz o leitor ao “laboratório secreto da produção”, em La societé punitive e em Surveiller et punir, Foucault investiga genealogicamente a constituição do sujeito produtivo e os processos de “acumulação dos corpos” necessários à “acumulação do capital”. Ao reler as conhecidas passagens marxistas sobre o fetichismo das mercadorias, em Baudelaire e Passagenwerk, Benjamin reconstrói, ao contrário, uma arqueologia do moderno que analisa a maneira em que as mercadorias, com sua fantasmagoria e suas promessas de felicidade, visam imprimir a relação do capital na subjetividade individual e coletiva.