Museu de História Natural do Araguaia: um espaço para salvaguarda da fauna do Cerrado e conscientização ambiental

Este trabalho visa apresentar a história de criação do Museu de História Natural do Araguaia – MuHNA, sua importância como espaço de salvaguarda da diversidade de animais silvestres do Cerrado e seu papel na conscientização ambiental. A ideia de criação do MuHNA nasceu a partir de um problema enfrentado pela instituição, que recebia muitos vertebrados mortos, vítimas de atropelamentos nas estradas e rodovias da região e estavam se acumulando em freezers de diversos laboratórios. Por meio de projetos de extensão, em 2010 iniciou-se a preparação desses animais para estudos de anatomia comparada, formação de coleção didática de esqueletos e órgãos e, posteriormente, a taxidermia. Através de financiamento de projeto aprovado pelo CNPq, em 2013, iniciou-se a montagem de seu acervo, que hoje conta com as coleções de geologia, paleontologia e zoologia, associadas a dispositivos tecnológicos e manuais para interação dos visitantes. Inaugurado em 05 de junho de 2018, o MuHNA está sediado no Campus Universitário do Araguaia, Universidade Federal de Mato Grosso, na cidade de Barra do Garças/MT. Na exposição de zoologia, o público pode obter conhecimentos sobre a fauna da região e ter uma amostra da quantidade de animais que morrem nas estradas e rodovias. Outro problema frequente, na região, é a cultura de caçar animais silvestres para consumo, o que é considerado crime ambiental. Por meio de atividades educativas, o MuHNA trabalha a conscientização ambiental desses dois problemas enfrentados na região, explicando aos visitantes sobre a política de aquisição de acervo, que aproveita as carcaças dos animais mortos por atropelamento, e sobre a proibição da caça de animais silvestres. Ainda, é enfatizada a necessidade de proteção da fauna do Cerrado e abordado sobre os impactos antrópicos negativos sobre as espécies silvestres. Nesse contexto, o MuHNA atua como um espaço de salvaguarda da biodiversidade da fauna do Cerrado e na conscientização do público sobre os principais problemas que ameaçam a fauna da região.