{"title":"PHAINÓMENON E PHANTASÍA NO CETICISMO DE SEXTO EMPÍRICO","authors":"Juliomar Marques Silva","doi":"10.26512/pl.v9i17.26886","DOIUrl":null,"url":null,"abstract":"Além de motivar a suspensão de juízo [epokhé], o cético também aceita o que aparece [phainómenon] e faz desse assentimento seu critério de ação. Nesse sentido, o conceito de phainómenon é também fundamental para o pirronismo antigo; sua definição, entretanto, está intimamente relacionada com a ideia de aparência [phantasía], o que pode gerar certa confusão com o sentido deste outro termo. A phantasía ou a aparência de algo se refere a um evento subjetivo, algo que ocorre na mente do sujeito; já o phainómenon ou a coisa mesma que aparece é um evento objetivo e independente de qualquer sujeito. Portanto, faz-se necessário delimitar de modo mais preciso os contornos de cada um desses conceitos dentro do ceticismo pirrônico. A proposta deste artigo é jogar alguma luz principalmente sobre esses dois conceitos, a saber, phainómenon e phantasía, e tentar esclarecer suas diferenças e semelhanças. Para esse propósito, tomaremos como referência principal o texto Hipotipóses pirronianas, de Sexto Empírico.","PeriodicalId":137834,"journal":{"name":"PÓLEMOS – Revista de Estudantes de Filosofia da Universidade de Brasília","volume":"129 1","pages":"0"},"PeriodicalIF":0.0000,"publicationDate":"2020-02-10","publicationTypes":"Journal Article","fieldsOfStudy":null,"isOpenAccess":false,"openAccessPdf":"","citationCount":"0","resultStr":null,"platform":"Semanticscholar","paperid":null,"PeriodicalName":"PÓLEMOS – Revista de Estudantes de Filosofia da Universidade de Brasília","FirstCategoryId":"1085","ListUrlMain":"https://doi.org/10.26512/pl.v9i17.26886","RegionNum":0,"RegionCategory":null,"ArticlePicture":[],"TitleCN":null,"AbstractTextCN":null,"PMCID":null,"EPubDate":"","PubModel":"","JCR":"","JCRName":"","Score":null,"Total":0}
PHAINÓMENON E PHANTASÍA NO CETICISMO DE SEXTO EMPÍRICO
Além de motivar a suspensão de juízo [epokhé], o cético também aceita o que aparece [phainómenon] e faz desse assentimento seu critério de ação. Nesse sentido, o conceito de phainómenon é também fundamental para o pirronismo antigo; sua definição, entretanto, está intimamente relacionada com a ideia de aparência [phantasía], o que pode gerar certa confusão com o sentido deste outro termo. A phantasía ou a aparência de algo se refere a um evento subjetivo, algo que ocorre na mente do sujeito; já o phainómenon ou a coisa mesma que aparece é um evento objetivo e independente de qualquer sujeito. Portanto, faz-se necessário delimitar de modo mais preciso os contornos de cada um desses conceitos dentro do ceticismo pirrônico. A proposta deste artigo é jogar alguma luz principalmente sobre esses dois conceitos, a saber, phainómenon e phantasía, e tentar esclarecer suas diferenças e semelhanças. Para esse propósito, tomaremos como referência principal o texto Hipotipóses pirronianas, de Sexto Empírico.