{"title":"从宗教传统到异国情调:balangandas,一种文化实践的表现历史(1947-1970)","authors":"Elaine Cristina Ventura Ferreira","doi":"10.4025/dialogos.v26i2.58409","DOIUrl":null,"url":null,"abstract":" A proposta deste artigo foi refletir sobre como os balangandãs (objeto que integra as práticas religiosas de matrizes africanas), foi interpretado pelo folclorista Paulo Afonso de Carvalho, mas não somente, e discutir o imaginário social construído sobre esse utensílio quando ele foi integrado aos estudos de folclore (área do saber que se institucionalizou como disciplina no país, em 1947). Para responder a questão, usamos como fonte, entrevistas dos folcloristas em jornais, ainda, as narrativas elaboradas sobre esse objeto litúrgico quando foi incorporado à brasilidade por meio da “escrita” museográfica do Museu de Folclore Édison Carneiro. A análise do discurso e a relação texto e contextos pertinentes foram os recursos metodológicos utilizados neste estudo. Assim, esta investigação considera que os folcloristas, embora tenham entendido esse instrumento devocional como algo conectado a experiência religiosa dos africanos escravizados, eles trataram esse bem como exótico no momento em que se construía um lugar para religião de matriz africana no projeto de uma identidade nacional.","PeriodicalId":137943,"journal":{"name":"Diálogos","volume":"69 1","pages":"0"},"PeriodicalIF":0.0000,"publicationDate":"2022-12-01","publicationTypes":"Journal Article","fieldsOfStudy":null,"isOpenAccess":false,"openAccessPdf":"","citationCount":"0","resultStr":"{\"title\":\"De uma tradição religiosa ao exotismo: balangandãs, uma história de representação (apresentação) de uma prática cultural (1947-1970)\",\"authors\":\"Elaine Cristina Ventura Ferreira\",\"doi\":\"10.4025/dialogos.v26i2.58409\",\"DOIUrl\":null,\"url\":null,\"abstract\":\" A proposta deste artigo foi refletir sobre como os balangandãs (objeto que integra as práticas religiosas de matrizes africanas), foi interpretado pelo folclorista Paulo Afonso de Carvalho, mas não somente, e discutir o imaginário social construído sobre esse utensílio quando ele foi integrado aos estudos de folclore (área do saber que se institucionalizou como disciplina no país, em 1947). Para responder a questão, usamos como fonte, entrevistas dos folcloristas em jornais, ainda, as narrativas elaboradas sobre esse objeto litúrgico quando foi incorporado à brasilidade por meio da “escrita” museográfica do Museu de Folclore Édison Carneiro. A análise do discurso e a relação texto e contextos pertinentes foram os recursos metodológicos utilizados neste estudo. Assim, esta investigação considera que os folcloristas, embora tenham entendido esse instrumento devocional como algo conectado a experiência religiosa dos africanos escravizados, eles trataram esse bem como exótico no momento em que se construía um lugar para religião de matriz africana no projeto de uma identidade nacional.\",\"PeriodicalId\":137943,\"journal\":{\"name\":\"Diálogos\",\"volume\":\"69 1\",\"pages\":\"0\"},\"PeriodicalIF\":0.0000,\"publicationDate\":\"2022-12-01\",\"publicationTypes\":\"Journal Article\",\"fieldsOfStudy\":null,\"isOpenAccess\":false,\"openAccessPdf\":\"\",\"citationCount\":\"0\",\"resultStr\":null,\"platform\":\"Semanticscholar\",\"paperid\":null,\"PeriodicalName\":\"Diálogos\",\"FirstCategoryId\":\"1085\",\"ListUrlMain\":\"https://doi.org/10.4025/dialogos.v26i2.58409\",\"RegionNum\":0,\"RegionCategory\":null,\"ArticlePicture\":[],\"TitleCN\":null,\"AbstractTextCN\":null,\"PMCID\":null,\"EPubDate\":\"\",\"PubModel\":\"\",\"JCR\":\"\",\"JCRName\":\"\",\"Score\":null,\"Total\":0}","platform":"Semanticscholar","paperid":null,"PeriodicalName":"Diálogos","FirstCategoryId":"1085","ListUrlMain":"https://doi.org/10.4025/dialogos.v26i2.58409","RegionNum":0,"RegionCategory":null,"ArticlePicture":[],"TitleCN":null,"AbstractTextCN":null,"PMCID":null,"EPubDate":"","PubModel":"","JCR":"","JCRName":"","Score":null,"Total":0}
De uma tradição religiosa ao exotismo: balangandãs, uma história de representação (apresentação) de uma prática cultural (1947-1970)
A proposta deste artigo foi refletir sobre como os balangandãs (objeto que integra as práticas religiosas de matrizes africanas), foi interpretado pelo folclorista Paulo Afonso de Carvalho, mas não somente, e discutir o imaginário social construído sobre esse utensílio quando ele foi integrado aos estudos de folclore (área do saber que se institucionalizou como disciplina no país, em 1947). Para responder a questão, usamos como fonte, entrevistas dos folcloristas em jornais, ainda, as narrativas elaboradas sobre esse objeto litúrgico quando foi incorporado à brasilidade por meio da “escrita” museográfica do Museu de Folclore Édison Carneiro. A análise do discurso e a relação texto e contextos pertinentes foram os recursos metodológicos utilizados neste estudo. Assim, esta investigação considera que os folcloristas, embora tenham entendido esse instrumento devocional como algo conectado a experiência religiosa dos africanos escravizados, eles trataram esse bem como exótico no momento em que se construía um lugar para religião de matriz africana no projeto de uma identidade nacional.