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Inteligência artificial aplicada à criação artística: a emergência do novo artífice
A iminência dos desenvolvimentos tecnocientíficos observados sobretudo a partir dos anos 1960 tem ampliado as maneiras como artistas podem se expressar, principalmente mediante a adoção e colaboração com interfaces inteligentes, que cada vez mais assimilam qualidades humanas e são capazes de assistir a criação. Deste cenário emerge o acoplamento homem-máquina, que embaralha a práxis e se materializa na hibridação – uma simbiose que adota o corpo enquanto metáfora para simbolizar sistemas complexos de naturezas distintas, orgânicas e inorgânicas. A partir do entendimento da necessidade de se refletir sobre a criatividade artística na dimensão artificial, experimentadas numa dinâmica de cocriação, o artigo irá destacar algumas características de um cenário em que a gestação de obras artificializadas implica a adoção de discursos antropomorfizados capazes de assimilar a metamorfose que simboliza tanto uma nova geração de imagens técnicas, quanto um novo momento para a arte e a ciência. A análise se constrói a partir das noções de imagem técnica (FLUSSER), incorpora o pensamento de sistemas enquanto corpos (ZUANON) e apresenta brevemente as noções de embodiment, emoção e sociabilidade (SUCHMAN) como elementos para pensar os próximos passos da criação assistida por interfaces inteligentes. A plataforma de criação Playform auxilia a construção da narrativa.