{"title":"在有轨电车和PAINEIRA之间:大学期刊上的散漫冲突、女性气质和男性气质(1948-1960)。","authors":"Arthur Lopes Dos Reis","doi":"10.5380/clio.v11i1.79756","DOIUrl":null,"url":null,"abstract":"Essa investigação consiste em analisar as representações entre feminilidades e masculinidades a partir de dois jornais, do Curso de Economia Doméstica e Cursos de Agronomia e Veterinária, escritos por mulheres e homens. Trata-se de confrontos discursivos gendrados pela criação da Escola Superior de Ciências Domésticas (ESCD) com a implantação da licenciatura em Economia Doméstica. Este curso foi criado por meio de um convênio entre a UREMG e a Universidade de Purdue marcando a entrada feminina nos espaços masculinos, inscrita em uma lógica utilitarista de interação entre saberes populares e saber científico. Em 1956 observa-se a organização por parte das alunas da ESCD, por meio do jornal A Paineira, as quais buscavam afirmar-se enquanto produtoras de saber científico e legitimar seu lugar na academia, dialogando com os gestores da universidade e com os alunos da Escola Agrária. Essa Escola possuía o jornal O Bonde, criado em 1945, e já consolidado no meio sócio acadêmico como um periódico masculino. A análise consiste em entender como os homens lidavam com a presença feminina nos cursos superiores à época, buscando perceber as relações de poder dentro desses grupos. Problematizar as relações de tensão/aproximação entre os sujeitos sociais, os discursos masculinos hegemônicos/superiores em relação aos discursos femininos, percebendo como as mulheres denunciavam a forte presença do machismo e patriarcalismo por meio de suas vivências e atuações no campo acadêmico.","PeriodicalId":259367,"journal":{"name":"Revista Cadernos de Clio","volume":"8 1","pages":"0"},"PeriodicalIF":0.0000,"publicationDate":"2021-06-16","publicationTypes":"Journal Article","fieldsOfStudy":null,"isOpenAccess":false,"openAccessPdf":"","citationCount":"0","resultStr":"{\"title\":\"ENTRE O BONDE E A PAINEIRA: EMBATES DISCURSIVOS, FEMINILIDADES E MASCULINIDADES EM PERIÓDICOS UNIVERSITÁRIOS (1948-1960).\",\"authors\":\"Arthur Lopes Dos Reis\",\"doi\":\"10.5380/clio.v11i1.79756\",\"DOIUrl\":null,\"url\":null,\"abstract\":\"Essa investigação consiste em analisar as representações entre feminilidades e masculinidades a partir de dois jornais, do Curso de Economia Doméstica e Cursos de Agronomia e Veterinária, escritos por mulheres e homens. Trata-se de confrontos discursivos gendrados pela criação da Escola Superior de Ciências Domésticas (ESCD) com a implantação da licenciatura em Economia Doméstica. Este curso foi criado por meio de um convênio entre a UREMG e a Universidade de Purdue marcando a entrada feminina nos espaços masculinos, inscrita em uma lógica utilitarista de interação entre saberes populares e saber científico. Em 1956 observa-se a organização por parte das alunas da ESCD, por meio do jornal A Paineira, as quais buscavam afirmar-se enquanto produtoras de saber científico e legitimar seu lugar na academia, dialogando com os gestores da universidade e com os alunos da Escola Agrária. Essa Escola possuía o jornal O Bonde, criado em 1945, e já consolidado no meio sócio acadêmico como um periódico masculino. A análise consiste em entender como os homens lidavam com a presença feminina nos cursos superiores à época, buscando perceber as relações de poder dentro desses grupos. Problematizar as relações de tensão/aproximação entre os sujeitos sociais, os discursos masculinos hegemônicos/superiores em relação aos discursos femininos, percebendo como as mulheres denunciavam a forte presença do machismo e patriarcalismo por meio de suas vivências e atuações no campo acadêmico.\",\"PeriodicalId\":259367,\"journal\":{\"name\":\"Revista Cadernos de Clio\",\"volume\":\"8 1\",\"pages\":\"0\"},\"PeriodicalIF\":0.0000,\"publicationDate\":\"2021-06-16\",\"publicationTypes\":\"Journal Article\",\"fieldsOfStudy\":null,\"isOpenAccess\":false,\"openAccessPdf\":\"\",\"citationCount\":\"0\",\"resultStr\":null,\"platform\":\"Semanticscholar\",\"paperid\":null,\"PeriodicalName\":\"Revista Cadernos de Clio\",\"FirstCategoryId\":\"1085\",\"ListUrlMain\":\"https://doi.org/10.5380/clio.v11i1.79756\",\"RegionNum\":0,\"RegionCategory\":null,\"ArticlePicture\":[],\"TitleCN\":null,\"AbstractTextCN\":null,\"PMCID\":null,\"EPubDate\":\"\",\"PubModel\":\"\",\"JCR\":\"\",\"JCRName\":\"\",\"Score\":null,\"Total\":0}","platform":"Semanticscholar","paperid":null,"PeriodicalName":"Revista Cadernos de Clio","FirstCategoryId":"1085","ListUrlMain":"https://doi.org/10.5380/clio.v11i1.79756","RegionNum":0,"RegionCategory":null,"ArticlePicture":[],"TitleCN":null,"AbstractTextCN":null,"PMCID":null,"EPubDate":"","PubModel":"","JCR":"","JCRName":"","Score":null,"Total":0}
ENTRE O BONDE E A PAINEIRA: EMBATES DISCURSIVOS, FEMINILIDADES E MASCULINIDADES EM PERIÓDICOS UNIVERSITÁRIOS (1948-1960).
Essa investigação consiste em analisar as representações entre feminilidades e masculinidades a partir de dois jornais, do Curso de Economia Doméstica e Cursos de Agronomia e Veterinária, escritos por mulheres e homens. Trata-se de confrontos discursivos gendrados pela criação da Escola Superior de Ciências Domésticas (ESCD) com a implantação da licenciatura em Economia Doméstica. Este curso foi criado por meio de um convênio entre a UREMG e a Universidade de Purdue marcando a entrada feminina nos espaços masculinos, inscrita em uma lógica utilitarista de interação entre saberes populares e saber científico. Em 1956 observa-se a organização por parte das alunas da ESCD, por meio do jornal A Paineira, as quais buscavam afirmar-se enquanto produtoras de saber científico e legitimar seu lugar na academia, dialogando com os gestores da universidade e com os alunos da Escola Agrária. Essa Escola possuía o jornal O Bonde, criado em 1945, e já consolidado no meio sócio acadêmico como um periódico masculino. A análise consiste em entender como os homens lidavam com a presença feminina nos cursos superiores à época, buscando perceber as relações de poder dentro desses grupos. Problematizar as relações de tensão/aproximação entre os sujeitos sociais, os discursos masculinos hegemônicos/superiores em relação aos discursos femininos, percebendo como as mulheres denunciavam a forte presença do machismo e patriarcalismo por meio de suas vivências e atuações no campo acadêmico.