O abandono do “corpo” nas Atividades Pedagógicas Não Presenciais (APNP) no Ensino Técnico de Nível Médio

O objetivo deste artigo foi analisar o trato concedido ao corpo – enquanto componente do processo educacional – nos documentos institucionais que estabeleceram as diretrizes de Atividades Pedagógicas Não Presenciais (APNP), para o Ensino Técnico de Nível Médio, em uma instituição federal. Trata-se de uma pesquisa de natureza qualitativa, com enfoque exploratório. O corpus de análise incluiu duas diretrizes de APNP para o Ensino Técnico de Nível Médio, do Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia do Rio de Janeiro (IFRJ). Foi empregada a análise de conteúdo. Resultados: o estudo revela que não houve sequer espaço/lugar dedicado à questão do corpo nos 34 artigos que compõem as duas diretrizes de APNP para o Ensino Técnico de Nível Médio, reforçando, consequentemente, que as atividades educacionais são realizadas, exclusivamente, a partir do cérebro do/a aluno/a. Em resumo, os resultados obtidos a partir da análise das diretrizes de APNP, do IFRJ, mostram, lamentavelmente, um reforço do paradigma cartesiano na Educação Escolar: corpo de um lado, intelecto do outro!