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O primado da disposição: Dziga Vertov e a exaltação do homem soviético
Este artigo objetiva analisar o importante trabalho cinematográfico executado pelo cineasta russo Dziga Vertov, com destaque para o fundamental documentário Um homem com uma câmera, produzido em 1929. Seu cinema está inserido em algo definido por Sergei Eisenstein como parti-pris – tomada de posição –, um tipo de produção fílmica que pensa por imagens (XAVIER, 2014), refutando a linearidade própria da decupagem clássica calcada em um tipo narrativo-representativo. Os principais eixos defendidos por Vertov são: Kino-Pravda (cinema verdade); Kino-Glaz (Cine-Olho), com a montagem sendo estruturada de forma dialética. Esse último ponto terá nossa atenção, considerando o sistema retórico e as quatro partes da retórica – invenção, disposição, elocução e ação (REBOUL, 2004). Partimos do princípio de que o cinema praticado pelo cineasta russo é sedimentado na disposição e na mobilização do gênero epidítico, materializado na exaltação dos valores soviéticos. Esses eixos serão contemplados em nossa discussão.