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TENDÊNCIA DO AUMENTO DE CHUVAS E SUAS IMPLICAÇÕES NA ESTABILIDADE DE ENCOSTAS NO SUL DE SANTA CATARINA
Extremos climáticos vêm sendo registrados frequentemente no Brasil e impactam no cotidiano econômico-ambiental. No Estado de Santa Catarina, o aumento dos totais de chuva implica diretamente em escorregamentos de encostas, inundações, perdas agrícolas, dentre outros problemas ambientais e urbanos ou até, perda de vidas. O objetivo deste estudo foi identificar, com análise estatística, por meio de Regressão Linear e do teste Mann-Kendall, possíveis tendências ao aumento de chuvas para o sul catarinense. Os dados foram fornecidos pela estação meteorológica INMET-289, localizada na cidade de Urussanga, datados desde 01 de janeiro de 1950 até 31 de dezembro de 2016. Foram realizadas as análises de Regressão Linear e de Mann-Kendall, para cada série mensal. Como resultados, existem alguns meses em que há tendência de aumento de precipitação pluviométrica para o sul catarinense, com destaque para o quarto trimestre do ano e mesmo para as chuvas anuais. Observou-se no teste Mann-Kendall que, para a série anual, a tendência é significativa (p =0,0002), sendo a magnitude de 6,675 mm ano-1, o que corresponde a aumento de 66,7 mm de chuva por década. De fato, como haverá mais chuva para o sul catarinense, um solo saturado irá apresentar maior tensão cisalhante, ficando sujeito a escorregamentos.Palavras-chave: Mudanças climáticas. Aumento de precipitação. Desastres.