Produção de antitumorais a partir de bactérias actinomicetos do gênero Streptomyces e Micromonospora

O câncer é uma patogenia que existe há muitos anos e que gera uma taxa de mortalidade bastante alta, de acordo com a Organização Mundial da Saúde (OMS), a estimativa para 2018 foi de 9,6 milhões de mortes. Os tratamentos chamados de “padrão ouro” atuais de combate ao câncer são a cirurgia, a radioterapia e a quimioterapia, sendo essa última com utilização de fármacos que atuam diretamente nas células do organismo, também conhecidos como antitumorais. A partir de estudos sobre os efeitos dos antitumorais foi identificada alta toxidade para as células saudáveis do organismo durante ou após o tratamento. O objetivo deste trabalho é buscar uma resposta de menor toxidade em tratamentos antineoplásicos através da produção de substâncias antitumorais por actinomicetos, mais especificamente dos gêneros Streptomyces e Micromonospora. Assim, os resultados da pesquisa mostraram que os metabólitos secundários, produzidos pelo Stretomyces ou pela Micromonospora, têm ação antineoplásica comprovada, porém, também apresentam toxicidade para as células saudáveis, tal qual outros tratamentos existentes. O gênero Stretomyces apresentou ação antineoplásica ao produzir dois compostos antracíclicos, a Retamicina e a Daunorrubicina. O gênero Microcomonospora também produziu compostos antracíclicos com alto potêncial antitumoral, a Retimicina, Galtamicina B e a Saquaiamicina Z. Em resumo, foi concluído que tais estudos são promissores, pois demostram que esses micro-organismos produzem substâncias com ações antineoplásicas, mas ainda é preciso haver mais estudos para solucionar o problema da toxicidade desses tratamentos.