{"title":"植物与人类生活质量","authors":"Alfredo Eurico Vizeu Pereira Júnior","doi":"10.18542/COMPLEXITAS.V2I2.6596","DOIUrl":null,"url":null,"abstract":"Para se avaliar o papel das plantas na qualidade de vida humana, é preciso entender os tipos de interação que ocorrem entre humanos e plantas , no processo perceptivo e na ação adaptativa. Uma explicação a respeito da negligência frente ao papel das plantas (a “cegueira botânica”) pode ser encontrada no processo de evolução humana: com a emergência da linguagem verbal, tornando-se meio privilegiado de relação social, nossa interação com a natureza deixa de ser presencial (ou seja, deixa de ser uma presença, no sentido de Goethe), e passa a ser mediada por representações. Pode-se então identificar um “esquecimento do Ser” das plantas, no sentido de Heidegger; porém, este filósofo, embora próximo de Goethe, atribuía um papel central à linguagem (não a tecnocientífica, mas a poética) na manifestação do Ser. Tendo em vista que no sistema capitalista nossa interação com a natureza é balizada pelos valores de troca, e não por valores de uso (ou seja, uma efetiva qualidade de vida), propõe-se a construção de um novo modelo filosófico da interação Homem-Plantas, a ser estendido para as diversas ciências humanas, em particular para a Economia Política.","PeriodicalId":101492,"journal":{"name":"Complexitas – Revista de Filosofia Temática","volume":"134 1","pages":"0"},"PeriodicalIF":0.0000,"publicationDate":"2019-01-25","publicationTypes":"Journal Article","fieldsOfStudy":null,"isOpenAccess":false,"openAccessPdf":"","citationCount":"0","resultStr":"{\"title\":\"AS PLANTAS E A QUALIDADE DE VIDA HUMANA\",\"authors\":\"Alfredo Eurico Vizeu Pereira Júnior\",\"doi\":\"10.18542/COMPLEXITAS.V2I2.6596\",\"DOIUrl\":null,\"url\":null,\"abstract\":\"Para se avaliar o papel das plantas na qualidade de vida humana, é preciso entender os tipos de interação que ocorrem entre humanos e plantas , no processo perceptivo e na ação adaptativa. Uma explicação a respeito da negligência frente ao papel das plantas (a “cegueira botânica”) pode ser encontrada no processo de evolução humana: com a emergência da linguagem verbal, tornando-se meio privilegiado de relação social, nossa interação com a natureza deixa de ser presencial (ou seja, deixa de ser uma presença, no sentido de Goethe), e passa a ser mediada por representações. Pode-se então identificar um “esquecimento do Ser” das plantas, no sentido de Heidegger; porém, este filósofo, embora próximo de Goethe, atribuía um papel central à linguagem (não a tecnocientífica, mas a poética) na manifestação do Ser. Tendo em vista que no sistema capitalista nossa interação com a natureza é balizada pelos valores de troca, e não por valores de uso (ou seja, uma efetiva qualidade de vida), propõe-se a construção de um novo modelo filosófico da interação Homem-Plantas, a ser estendido para as diversas ciências humanas, em particular para a Economia Política.\",\"PeriodicalId\":101492,\"journal\":{\"name\":\"Complexitas – Revista de Filosofia Temática\",\"volume\":\"134 1\",\"pages\":\"0\"},\"PeriodicalIF\":0.0000,\"publicationDate\":\"2019-01-25\",\"publicationTypes\":\"Journal Article\",\"fieldsOfStudy\":null,\"isOpenAccess\":false,\"openAccessPdf\":\"\",\"citationCount\":\"0\",\"resultStr\":null,\"platform\":\"Semanticscholar\",\"paperid\":null,\"PeriodicalName\":\"Complexitas – Revista de Filosofia Temática\",\"FirstCategoryId\":\"1085\",\"ListUrlMain\":\"https://doi.org/10.18542/COMPLEXITAS.V2I2.6596\",\"RegionNum\":0,\"RegionCategory\":null,\"ArticlePicture\":[],\"TitleCN\":null,\"AbstractTextCN\":null,\"PMCID\":null,\"EPubDate\":\"\",\"PubModel\":\"\",\"JCR\":\"\",\"JCRName\":\"\",\"Score\":null,\"Total\":0}","platform":"Semanticscholar","paperid":null,"PeriodicalName":"Complexitas – Revista de Filosofia Temática","FirstCategoryId":"1085","ListUrlMain":"https://doi.org/10.18542/COMPLEXITAS.V2I2.6596","RegionNum":0,"RegionCategory":null,"ArticlePicture":[],"TitleCN":null,"AbstractTextCN":null,"PMCID":null,"EPubDate":"","PubModel":"","JCR":"","JCRName":"","Score":null,"Total":0}
Para se avaliar o papel das plantas na qualidade de vida humana, é preciso entender os tipos de interação que ocorrem entre humanos e plantas , no processo perceptivo e na ação adaptativa. Uma explicação a respeito da negligência frente ao papel das plantas (a “cegueira botânica”) pode ser encontrada no processo de evolução humana: com a emergência da linguagem verbal, tornando-se meio privilegiado de relação social, nossa interação com a natureza deixa de ser presencial (ou seja, deixa de ser uma presença, no sentido de Goethe), e passa a ser mediada por representações. Pode-se então identificar um “esquecimento do Ser” das plantas, no sentido de Heidegger; porém, este filósofo, embora próximo de Goethe, atribuía um papel central à linguagem (não a tecnocientífica, mas a poética) na manifestação do Ser. Tendo em vista que no sistema capitalista nossa interação com a natureza é balizada pelos valores de troca, e não por valores de uso (ou seja, uma efetiva qualidade de vida), propõe-se a construção de um novo modelo filosófico da interação Homem-Plantas, a ser estendido para as diversas ciências humanas, em particular para a Economia Política.