{"title":"有辱人格的形象,持续的冲突:来自paraiba报纸(1990)的异装癖刻板印象","authors":"K. D. Silva, Michelly Pereira de Sousa Cordão","doi":"10.11606/issn.2179-5487.v12i17p189485","DOIUrl":null,"url":null,"abstract":"Imagens degradantes, conflitos constantes: prostitutas, criminosas e aidéticas. Imagens reduzidas ao empirismo de uma imprensa pautada na construção de verdades cristalizadas sobre o modelo ideal de família, moral e sexualidade. Assim se mostrou o Jornal da Paraíba impresso durante a década de 1990, quando tratou a questão travesti. O jornal paraibano anuncia e denuncia uma espécie de profanação à ordem social, que seria praticada pelas travestis por meio de conduta desviante, relacionando-as aos lugares de erotização, violência e perigo. Com base na historiografia e nas fontes averiguadas, o artigo problematiza os estereótipos de ser travesti traçados pelo jornal enquanto dispositivo de poder durante os anos 1990. Empregando a metodologia da análise do discurso, recorreu-se em muitos momentos à utilização do grifo como forma de evidenciar os jogos discursivos traçados pelo jornal. Para um maior aprofundamento nas discussões propostas, a pesquisa se apoiou nos subsídios teóricos desenvolvidos por Foucault, Certeau, Butler, entre outros.","PeriodicalId":402463,"journal":{"name":"Revista Angelus Novus","volume":"10 1","pages":"0"},"PeriodicalIF":0.0000,"publicationDate":"2022-07-31","publicationTypes":"Journal Article","fieldsOfStudy":null,"isOpenAccess":false,"openAccessPdf":"","citationCount":"0","resultStr":"{\"title\":\"Imagens degradantes, conflitos constantes: os estereótipos travestis do Jornal da Paraíba (1990)\",\"authors\":\"K. D. Silva, Michelly Pereira de Sousa Cordão\",\"doi\":\"10.11606/issn.2179-5487.v12i17p189485\",\"DOIUrl\":null,\"url\":null,\"abstract\":\"Imagens degradantes, conflitos constantes: prostitutas, criminosas e aidéticas. Imagens reduzidas ao empirismo de uma imprensa pautada na construção de verdades cristalizadas sobre o modelo ideal de família, moral e sexualidade. Assim se mostrou o Jornal da Paraíba impresso durante a década de 1990, quando tratou a questão travesti. O jornal paraibano anuncia e denuncia uma espécie de profanação à ordem social, que seria praticada pelas travestis por meio de conduta desviante, relacionando-as aos lugares de erotização, violência e perigo. Com base na historiografia e nas fontes averiguadas, o artigo problematiza os estereótipos de ser travesti traçados pelo jornal enquanto dispositivo de poder durante os anos 1990. Empregando a metodologia da análise do discurso, recorreu-se em muitos momentos à utilização do grifo como forma de evidenciar os jogos discursivos traçados pelo jornal. Para um maior aprofundamento nas discussões propostas, a pesquisa se apoiou nos subsídios teóricos desenvolvidos por Foucault, Certeau, Butler, entre outros.\",\"PeriodicalId\":402463,\"journal\":{\"name\":\"Revista Angelus Novus\",\"volume\":\"10 1\",\"pages\":\"0\"},\"PeriodicalIF\":0.0000,\"publicationDate\":\"2022-07-31\",\"publicationTypes\":\"Journal Article\",\"fieldsOfStudy\":null,\"isOpenAccess\":false,\"openAccessPdf\":\"\",\"citationCount\":\"0\",\"resultStr\":null,\"platform\":\"Semanticscholar\",\"paperid\":null,\"PeriodicalName\":\"Revista Angelus Novus\",\"FirstCategoryId\":\"1085\",\"ListUrlMain\":\"https://doi.org/10.11606/issn.2179-5487.v12i17p189485\",\"RegionNum\":0,\"RegionCategory\":null,\"ArticlePicture\":[],\"TitleCN\":null,\"AbstractTextCN\":null,\"PMCID\":null,\"EPubDate\":\"\",\"PubModel\":\"\",\"JCR\":\"\",\"JCRName\":\"\",\"Score\":null,\"Total\":0}","platform":"Semanticscholar","paperid":null,"PeriodicalName":"Revista Angelus Novus","FirstCategoryId":"1085","ListUrlMain":"https://doi.org/10.11606/issn.2179-5487.v12i17p189485","RegionNum":0,"RegionCategory":null,"ArticlePicture":[],"TitleCN":null,"AbstractTextCN":null,"PMCID":null,"EPubDate":"","PubModel":"","JCR":"","JCRName":"","Score":null,"Total":0}
Imagens degradantes, conflitos constantes: os estereótipos travestis do Jornal da Paraíba (1990)
Imagens degradantes, conflitos constantes: prostitutas, criminosas e aidéticas. Imagens reduzidas ao empirismo de uma imprensa pautada na construção de verdades cristalizadas sobre o modelo ideal de família, moral e sexualidade. Assim se mostrou o Jornal da Paraíba impresso durante a década de 1990, quando tratou a questão travesti. O jornal paraibano anuncia e denuncia uma espécie de profanação à ordem social, que seria praticada pelas travestis por meio de conduta desviante, relacionando-as aos lugares de erotização, violência e perigo. Com base na historiografia e nas fontes averiguadas, o artigo problematiza os estereótipos de ser travesti traçados pelo jornal enquanto dispositivo de poder durante os anos 1990. Empregando a metodologia da análise do discurso, recorreu-se em muitos momentos à utilização do grifo como forma de evidenciar os jogos discursivos traçados pelo jornal. Para um maior aprofundamento nas discussões propostas, a pesquisa se apoiou nos subsídios teóricos desenvolvidos por Foucault, Certeau, Butler, entre outros.