AFROCONVENIÊNCIA NAS ELEIÇÕES 2022, UMA DAS FACES DO PACTO DA BRANQUITUDE

Maria Aparecida Bento nasceu na zona norte da capital paulista, sendo a primeira de oito irmãos a completar ensino superior e pós graduação. Sua formação é em Psicologia, com mestrado em Psicologia Social e doutorado em Psicologia Escolar. Lecionou na educação básica, depois enveredou no segmento da psicologia organizacional. No entanto, tornou-se mais conhecida por seu exercício no Conselho da Comunidade Negra do Estado de São Paulo e na fundação do Centro de Estudos das Relações de Trabalho e Desigualdades (CEERT), atuação que rendeu menção na listagem do The Economist como uma das cinquenta pessoas mais importantes nos trabalhos e debates sobre diversidade. Experiência que somada às pesquisas de doutoramento resulta no livro “O pacto da branquitude” aqui resenhado. A obra dialoga sobre equidade racial e de gênero na sociedade brasileira, partindo do ativismo no movimento negro e das vivências da autora como recrutadora de pessoas para atuação em empresas, tendo como diferencial a análise temática norteada pela discussão acerca da branquitude. O escrito é caracterizado por uma prosa didática, que a torna acessível ao letramento dos não versados nas temáticas étnico-raciais. Sendo composto de dez capítulos nos quais encontramos a explicação do que é e como se dá a construção do pacto, denominador do livro, sua relação com a colonização europeia, concatenando o capitalismo a racialização e suas repercussões para a contemporaneidade brasileira, identificadas na ascensão política da “personalidade