{"title":"奎因的参照系的不可思议性和本体论的相对性是否允许为科学知识辩护?","authors":"Luís Estevinha Rodrigues, J. R. H. Moreira","doi":"10.51359/2357-9986.2022.253891","DOIUrl":null,"url":null,"abstract":"A discussão aqui delineada objetiva discutir acerca da possibilidade em estabelecer que as teorias científicas são bem-sucedidas ou não a partir da teoria filosófica de Quine. Os pressupostos internos ao pensamento do autor são suas concepções da inescrutabilidade da referência e da relatividade ontológica. Afinal, como se pode estabelecer conhecimento quando os elementos básicos são tão indeterminados? Por outro lado, os pressupostos externos a seu pensamento são as teorias clássicas, como o empirismo do Círculo de Viena e o fundacionalismo. O empirismo do Círculo de Viena alicerça-se em bases verificacionistas, tendo como elemento central a evidência empírica. Já o fundacionalismo, ancora-se principalmente, na exigência cartesiana de certeza, uma demanda que busca responder às exigências para se alcançar o conhecimento enquanto realidade indubitável imanente ao sujeito. Quine é um herdeiro dessas discussões. A questão fundamental que nos ocupará aqui será mostrar como o filósofo estabelece uma teoria que parte do inegável sucesso das previsões científicas, assumindo, no entanto, pressupostos de indeterminação linguística e epistêmica. ","PeriodicalId":191253,"journal":{"name":"Revista Perspectiva Filosófica - ISSN: 2357-9986","volume":"72 1","pages":"0"},"PeriodicalIF":0.0000,"publicationDate":"2022-05-03","publicationTypes":"Journal Article","fieldsOfStudy":null,"isOpenAccess":false,"openAccessPdf":"","citationCount":"0","resultStr":"{\"title\":\"A inescrutabilidade da referência e a relatividade ontológica de Quine permitem a defesa do conhecimento científico?\",\"authors\":\"Luís Estevinha Rodrigues, J. R. H. Moreira\",\"doi\":\"10.51359/2357-9986.2022.253891\",\"DOIUrl\":null,\"url\":null,\"abstract\":\"A discussão aqui delineada objetiva discutir acerca da possibilidade em estabelecer que as teorias científicas são bem-sucedidas ou não a partir da teoria filosófica de Quine. Os pressupostos internos ao pensamento do autor são suas concepções da inescrutabilidade da referência e da relatividade ontológica. Afinal, como se pode estabelecer conhecimento quando os elementos básicos são tão indeterminados? Por outro lado, os pressupostos externos a seu pensamento são as teorias clássicas, como o empirismo do Círculo de Viena e o fundacionalismo. O empirismo do Círculo de Viena alicerça-se em bases verificacionistas, tendo como elemento central a evidência empírica. Já o fundacionalismo, ancora-se principalmente, na exigência cartesiana de certeza, uma demanda que busca responder às exigências para se alcançar o conhecimento enquanto realidade indubitável imanente ao sujeito. Quine é um herdeiro dessas discussões. A questão fundamental que nos ocupará aqui será mostrar como o filósofo estabelece uma teoria que parte do inegável sucesso das previsões científicas, assumindo, no entanto, pressupostos de indeterminação linguística e epistêmica. \",\"PeriodicalId\":191253,\"journal\":{\"name\":\"Revista Perspectiva Filosófica - ISSN: 2357-9986\",\"volume\":\"72 1\",\"pages\":\"0\"},\"PeriodicalIF\":0.0000,\"publicationDate\":\"2022-05-03\",\"publicationTypes\":\"Journal Article\",\"fieldsOfStudy\":null,\"isOpenAccess\":false,\"openAccessPdf\":\"\",\"citationCount\":\"0\",\"resultStr\":null,\"platform\":\"Semanticscholar\",\"paperid\":null,\"PeriodicalName\":\"Revista Perspectiva Filosófica - ISSN: 2357-9986\",\"FirstCategoryId\":\"1085\",\"ListUrlMain\":\"https://doi.org/10.51359/2357-9986.2022.253891\",\"RegionNum\":0,\"RegionCategory\":null,\"ArticlePicture\":[],\"TitleCN\":null,\"AbstractTextCN\":null,\"PMCID\":null,\"EPubDate\":\"\",\"PubModel\":\"\",\"JCR\":\"\",\"JCRName\":\"\",\"Score\":null,\"Total\":0}","platform":"Semanticscholar","paperid":null,"PeriodicalName":"Revista Perspectiva Filosófica - ISSN: 2357-9986","FirstCategoryId":"1085","ListUrlMain":"https://doi.org/10.51359/2357-9986.2022.253891","RegionNum":0,"RegionCategory":null,"ArticlePicture":[],"TitleCN":null,"AbstractTextCN":null,"PMCID":null,"EPubDate":"","PubModel":"","JCR":"","JCRName":"","Score":null,"Total":0}
A inescrutabilidade da referência e a relatividade ontológica de Quine permitem a defesa do conhecimento científico?
A discussão aqui delineada objetiva discutir acerca da possibilidade em estabelecer que as teorias científicas são bem-sucedidas ou não a partir da teoria filosófica de Quine. Os pressupostos internos ao pensamento do autor são suas concepções da inescrutabilidade da referência e da relatividade ontológica. Afinal, como se pode estabelecer conhecimento quando os elementos básicos são tão indeterminados? Por outro lado, os pressupostos externos a seu pensamento são as teorias clássicas, como o empirismo do Círculo de Viena e o fundacionalismo. O empirismo do Círculo de Viena alicerça-se em bases verificacionistas, tendo como elemento central a evidência empírica. Já o fundacionalismo, ancora-se principalmente, na exigência cartesiana de certeza, uma demanda que busca responder às exigências para se alcançar o conhecimento enquanto realidade indubitável imanente ao sujeito. Quine é um herdeiro dessas discussões. A questão fundamental que nos ocupará aqui será mostrar como o filósofo estabelece uma teoria que parte do inegável sucesso das previsões científicas, assumindo, no entanto, pressupostos de indeterminação linguística e epistêmica.