“古老的说”:歌伦波拉妇女在祖先的越界运动中教育和教育自己

Joana Carmen do Nascimento Machado
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Tais saberes são compreendidos, neste trabalho, como pedagogias ancestrais transgressoras aprendidas, formuladas e utilizadas pelas Mulheres Negras Quilombolas nos contextos sociais e políticos pelos quais passaram. Em um processo de tensão, avanços e lutas, as mulheres negras entrevistadas assumiram um importante papel político no interior do movimento de defesa e manutenção do Território frente ao avanço do capital agromineral na região. A Escrevivencia foi a metodologia utilizada para dar corpo às narrativas outras produzidas pelas sujeitas que dialogicamente ensinam por meio de outras pedagogias, a dos desafios vividos por tais mulheres no trato político e pessoal da diferença entre os diferentes, no interior dos Movimentos Sociais de caráter indenitário. 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摘要

本研究探讨了jambuacu -Moju河“歌伦波”地区黑人妇女的政治组织,以及对该地区女性权力的肯定,其中心地位在于教育层面,体现在这些妇女的组织形式和祖先斗争的回归过程中。本研究的主要目的是识别和理解黑人“歌伦波拉”女性为在她们所在的社区建立女性权力而制定的策略。为此,我们分析了在这些妇女的个人和政治生涯中,种族和性别意识的决定性因素,以及教育过程——教育者——和建立在其中的知识。在这部作品中,这些知识被理解为祖先的越界教学,被“歌伦波拉”黑人妇女在她们所经历的社会和政治背景中学习、制定和使用。在一个紧张、进步和斗争的过程中,受访的黑人妇女在保卫和维护该地区农业矿业资本发展的领土运动中扮演了重要的政治角色。Escrevivencia是一种方法论,用来赋予其他叙事主体的身体,这些主体通过其他教育学进行对话教学,这些女性在政治和个人处理不同群体之间的差异方面所经历的挑战,在社会运动中具有同一性。正是在这个复杂的过程中,他们建立和重建了自己的教学。
本文章由计算机程序翻译,如有差异,请以英文原文为准。
"AS ANTIGAS QUE DIZEM": MULHERES QUILOMBOLAS EDUCAM E SE EDUCAM EM UM MOVIMENTO TRANSGRESSOR ANCESTRAL
Esta pesquisa aborda a organização política de Mulheres Negras do Território Quilombola do Rio Jambuaçu-Moju, PA, e a afirmação do poder feminino nesse Território, cuja centralidade está na dimensão educativa evidenciada no processo de retorno as formas de organização e lutas ancestrais de tais mulheres. O principal objetivo desta investigação é identificar e compreender as estratégias elaboradas por Mulheres Negras Quilombolas para estabelecimento do Poder Feminino nas comunidades nas quais estão inseridas. Para tanto, foram analisados os fatores apontados como determinantes para a tomada de consciência do recorte racial e de gênero, na trajetória pessoal e política dessas mulheres, bem como os processos educativos – formadores – e os saberes neles construídos. Tais saberes são compreendidos, neste trabalho, como pedagogias ancestrais transgressoras aprendidas, formuladas e utilizadas pelas Mulheres Negras Quilombolas nos contextos sociais e políticos pelos quais passaram. Em um processo de tensão, avanços e lutas, as mulheres negras entrevistadas assumiram um importante papel político no interior do movimento de defesa e manutenção do Território frente ao avanço do capital agromineral na região. A Escrevivencia foi a metodologia utilizada para dar corpo às narrativas outras produzidas pelas sujeitas que dialogicamente ensinam por meio de outras pedagogias, a dos desafios vividos por tais mulheres no trato político e pessoal da diferença entre os diferentes, no interior dos Movimentos Sociais de caráter indenitário. É nesse processo complexo que elas constroem e reconstroem suas pedagogias.
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