E. Santana, Síntria Labres Lautert, J. A. C. Filho, Célia Barros Nunes, E. Santos
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O processo formativo aconteceu em 2020, com a participação de 51 professores de oito escolas do ensino fundamental, parceiras da REM-NE, durante a pandemia da COVID-19, e concluído por 38 professores. A espiral RePARe (reflexão-planejamento-ação-reflexão) deu sustentabilidade para as ações formativas, distribuídas em Grupo Grande, com todos os professores e pesquisadores, e em Grupos Pequenos, formados por um quantitativo de, no máximo, seis professores e um pesquisador (formador). Todo o processo ocorreu de maneira on-line, fazendo uso do Telegram, do WhatsApp e das aplicações do pacote G-suite: Google Classroom, Drive, Meet e Google Forms. Para alcançar o objetivo deste artigo, analisamos dados coletados nos encontros do Grupo Grande: gravações; diários de bordo de nove encontros formativos; instrumento de perfil; diagnóstico do conhecimento específico; questionário sobre a perspectiva a respeito da equidade, além de diários de bordo dos encontros dos Grupos pequenos. Os protocolos de pesquisa foram analisados, e os resultados indicam que as formações de professores precisam valorizar e potencializar o desenvolvimento profissional de professores, no sentido de abordar: conhecimentos específicos (nesta pesquisa, conceitos da estatística); conhecimentos sobre práticas de ensino que possibilitem o trabalho com o estudante. Além disso, envolver a comunidade escolar abordando temáticas, dificuldades e fenômenos inerentes à própria noosfera em que está inserido o professor; ter a participação da universidade nos processos formativos, constituindo comunidades profissionais de aprendizagem; ter a educação crítica como cenário formativo e valorizar o trabalho com equidade; proporcionar o uso de ferramentas tecnológicas; dar valor aos processos de reflexão e planejamentos colaborativos. 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Rede Educação Matemática Nordeste: desenvolvimento profissional e ensino de estatística em uma perspectiva crítica e de equidade
Este artigo tem por objetivo principal problematizar o desenvolvimento profissional de professores que ensinam matemática ao participarem de um processo formativo on-line, realizado no âmbito de uma comunidade profissional de aprendizagem, que visa abordar a equidade no ensino de conceitos estatísticos. A pesquisa é aportada em referenciais teóricos de Desenvolvimento Profissional, princípios e dimensões de equidade para a aprendizagem em matemática e características de uma comunidade profissional de aprendizagem. A pesquisa foi desenvolvida pela Rede Educação Matemática Nordeste (REM-NE), que é composta por oito universidades situadas em quatro estados do Nordeste brasileiro e uma no Sudeste. O processo formativo aconteceu em 2020, com a participação de 51 professores de oito escolas do ensino fundamental, parceiras da REM-NE, durante a pandemia da COVID-19, e concluído por 38 professores. A espiral RePARe (reflexão-planejamento-ação-reflexão) deu sustentabilidade para as ações formativas, distribuídas em Grupo Grande, com todos os professores e pesquisadores, e em Grupos Pequenos, formados por um quantitativo de, no máximo, seis professores e um pesquisador (formador). Todo o processo ocorreu de maneira on-line, fazendo uso do Telegram, do WhatsApp e das aplicações do pacote G-suite: Google Classroom, Drive, Meet e Google Forms. Para alcançar o objetivo deste artigo, analisamos dados coletados nos encontros do Grupo Grande: gravações; diários de bordo de nove encontros formativos; instrumento de perfil; diagnóstico do conhecimento específico; questionário sobre a perspectiva a respeito da equidade, além de diários de bordo dos encontros dos Grupos pequenos. Os protocolos de pesquisa foram analisados, e os resultados indicam que as formações de professores precisam valorizar e potencializar o desenvolvimento profissional de professores, no sentido de abordar: conhecimentos específicos (nesta pesquisa, conceitos da estatística); conhecimentos sobre práticas de ensino que possibilitem o trabalho com o estudante. Além disso, envolver a comunidade escolar abordando temáticas, dificuldades e fenômenos inerentes à própria noosfera em que está inserido o professor; ter a participação da universidade nos processos formativos, constituindo comunidades profissionais de aprendizagem; ter a educação crítica como cenário formativo e valorizar o trabalho com equidade; proporcionar o uso de ferramentas tecnológicas; dar valor aos processos de reflexão e planejamentos colaborativos. Os resultados indicam que esses são pontos inerentes e necessários a serem considerados em um processo formativo que vise ao desenvolvimento profissional.