{"title":"远离平衡","authors":"pedro henrique n. v. santos, R. M. P. Meyer","doi":"10.5821/siiu.10154","DOIUrl":null,"url":null,"abstract":"The present article aims to explore some assumptions about how complexity operates more flexible approaches to urbanism. To this end, were analyzed theoretical productions and contemporary design strategies that eschew very deterministic and generalizing logics, thus admitting the possibility of characterizing cities as a system far-from-equilibrium. After characterizing such condition, some properties inherent to the complex nature of cities were defined, without very clear outlines. An indication – or arrangement - that makes possible to understand some alternatives of acting in the city, not in an imperative way, but recognizing its indeterminacies as project tools. They are: Interactions, which operate and engender dynamics, establishing constructive relations of new realities; Becoming, as an expression of the creative force, the possibilities of multiple and mutual fecundations; and Entropy, which reveals our ability to recognize the possibilities of a system facing off unpredictability and new arrangements. \nKeywords: Complexity, Urban Design, Cities. \n \n O urbanista italiano Bernardo Secchi (1934-2014), em diversas ocasiões, enfatiza sua preocupação com a simplificação do funcionamento urbano própria do Movimento Moderno e levanta a necessidade sobre um novo olhar para a cidade contemporânea que, ao mesmo tempo, opera maiores níveis de abstração e de precisão (SECCHI, 2006). As questões que orientam essa pesquisa estão relacionadas às contribuições das teorias sobre Complexidade, que, assim como para as ciências exatas e biológicas, apresentam para o campo das sociais um importante ferramental para a revisão de paradigmas deterministas e que enriquece as concepções de fenômenos considerados caóticos ou aleatórios. Buscamos investigar com quais pressupostos a Complexidade opera, analisando abordagens mais flexíveis, produções teóricas e estratégias projetuais contemporâneas que escampam das lógicas muito deterministas e generalizantes, admitindo assim a possibilidade de caracterizar as cidades como um sistema que não tende ao equilíbrio. \nA noção de equilíbrio e a imagem da cidade-máquina e do planejamento controlador, desviaram o debate sobre as questões críticas essenciais e ajudou a manter a ilusão de um falso controle sobre a morfologia urbana e suas dinâmicas. A imagem de uma “boa” cidade – equilibrada – era, nessa ilusão, aquela que se apresentava homogênea, onde todas suas variações e diversidades pudessem ser controladas através, por exemplo, do zoneamento e da hipercodificação, ideia também refutada por Jane Jacobs em 1961. Com isso, a percepção de que o Planejamento Urbano deveria trabalhar buscando uma cidade estável e funcional começou a sobrecarregar não só sua teoria e prática, mas também a noção de que as cidades eram compreensíveis através de analogias com a ciência reducionista e as tecnologias industriais do passado. Após os anos 70, quando os objetivos do Planejamento Urbano passaram a ser refutados e as incertezas sobre as possíveis transformações teóricas e práticas que deveriam ser propostas para pensar as cidades, o mundo mudou (BATTY, 2012). \nO químico Ilya Prigogine, ao propor sua tese sobre estruturas dissipativas e auto-organização de sistemas longe do equilíbrio, indica os problemas relacionados ao reducionismo, abrindo possibilidades para novos níveis de descrição e análise de diversos fenômenos do universo, chama a responsabilidade da física para além de comportamentos analisados em ambientes perfeitamente controlados, estáveis e previsíveis. Anuncia assim uma “nova ciência” capaz de interpretar os comportamentos evolutivos que escorregam entre as “malhas da rede científica” e leva em conta as incertezas e diversidades da natureza e seus eventos complexos, por vezes considerados, aos olhos deterministas, transitórios e sem importância. Interessa então entender concepções teóricas que permitem possibilidades menos duras, fechadas e estáticas de percepção dos espaços e suas dinâmicas. \nPara tal, é preciso considerar que, em sistemas longe do equilíbrio como as cidades, sua evolução apresenta comportamentos e estados variados, de previsibilidade limitada. Como Prigogine insiste em dizer, nada mais natural, uma vez que estamos falando de um mundo real onde a “natureza apresenta-nos, de fato, a imagem da criação, da imprevisível novidade. Nosso universo seguiu um caminho de ramificações sucessivas: poderia ter seguido outros” (PRIGOGINE, 1996). Dada a impossibilidade de controlar seus desdobramentos, nos é disponível entender tal sistema através de seus “eventos e qualidades – transições de fase – resultantes de fluxos de matéria e energia que passam por eles. ” (BRISSAC, 2010). \nPara a análise das estratégias projetuais proposta nessa pesquisa, viu-se a necessidade de definir algumas propriedades que oferecessem bases comparativas, reconhecer indícios pela qual algo prova pertencer a categorias não estabelecidas aqui. Tal definição não pretendem ter um contorno muito claro com função de predicados para esses projetos, muito menos uma lista fechada, mas uma indicação, um certo agenciamento/ agrupamento ou um reconhecimento de como “ se relacionar com a matéria - através de suas próprias tendências e não pela imposição de uma forma preestabelecida. ” (BRISSAC, 2010). \nConsiderando as características atribuídas aos sistemas complexos, definimos as seguintes propriedades: Interações, que operam, engendram – e são engendradas por – dinâmicas, influencias, perturbações, disputas e articulações, estabelecem relações construtivas de novas realidades, são linhas de forças que agem como combustível para trajetórias não-lineares de futuros incertos, trata-se, portanto de estratégias que entendam o projeto como síntese resultante das interações de múltiplos fatores, internos e externo; Devir, o \"jorro efetivo de novidade imprevisível” (PRIGOGINE, 2009), de força criativa, o que está em vias de ser (vínculo com o futuro incerto), estratégias que, de uma forma ou de outra, tem como pressupostos a função de palco (que também faz parte do espetáculo) para possibilidades de fecundações múltiplas e mutuas, da força “comunicativa e contagiosa” – colocada por Deleuze e Guattari – que, sem códigos precedentes, constrói; e Entropia, a medida da probabilidade da ocorrência de eventos e da nossa habilidade em reconhecer possibilidades de determinado sistema face à imprevisibilidade de interações e novos arranjos resultantes, estratégias que assumem o carácter evolutivo das cidades, de configurações de “ajustes soltos” (ALLEN, 1999), menos codificada – ou de codificações muito abstratas – mas que de certa maneira apresentam condições para assimilar eventos, transformando-se, que assumem como premissa a tensão entre ordem e desordem e seu “ caráter provisório, instável e de sobreposições contínuas” (MEYER, 2003). \nPalavras-chave: Complexidade, Projeto Urbano, Cidades.","PeriodicalId":282171,"journal":{"name":"XIII Seminario Internacional de Investigación en Urbanismo, Barcelona-Bogotá, Junio 2021","volume":"7 1","pages":"0"},"PeriodicalIF":0.0000,"publicationDate":"2022-01-01","publicationTypes":"Journal Article","fieldsOfStudy":null,"isOpenAccess":false,"openAccessPdf":"","citationCount":"0","resultStr":"{\"title\":\"LONGE DO EQUILÍBRIO\",\"authors\":\"pedro henrique n. v. santos, R. 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As questões que orientam essa pesquisa estão relacionadas às contribuições das teorias sobre Complexidade, que, assim como para as ciências exatas e biológicas, apresentam para o campo das sociais um importante ferramental para a revisão de paradigmas deterministas e que enriquece as concepções de fenômenos considerados caóticos ou aleatórios. Buscamos investigar com quais pressupostos a Complexidade opera, analisando abordagens mais flexíveis, produções teóricas e estratégias projetuais contemporâneas que escampam das lógicas muito deterministas e generalizantes, admitindo assim a possibilidade de caracterizar as cidades como um sistema que não tende ao equilíbrio. \\nA noção de equilíbrio e a imagem da cidade-máquina e do planejamento controlador, desviaram o debate sobre as questões críticas essenciais e ajudou a manter a ilusão de um falso controle sobre a morfologia urbana e suas dinâmicas. A imagem de uma “boa” cidade – equilibrada – era, nessa ilusão, aquela que se apresentava homogênea, onde todas suas variações e diversidades pudessem ser controladas através, por exemplo, do zoneamento e da hipercodificação, ideia também refutada por Jane Jacobs em 1961. Com isso, a percepção de que o Planejamento Urbano deveria trabalhar buscando uma cidade estável e funcional começou a sobrecarregar não só sua teoria e prática, mas também a noção de que as cidades eram compreensíveis através de analogias com a ciência reducionista e as tecnologias industriais do passado. Após os anos 70, quando os objetivos do Planejamento Urbano passaram a ser refutados e as incertezas sobre as possíveis transformações teóricas e práticas que deveriam ser propostas para pensar as cidades, o mundo mudou (BATTY, 2012). \\nO químico Ilya Prigogine, ao propor sua tese sobre estruturas dissipativas e auto-organização de sistemas longe do equilíbrio, indica os problemas relacionados ao reducionismo, abrindo possibilidades para novos níveis de descrição e análise de diversos fenômenos do universo, chama a responsabilidade da física para além de comportamentos analisados em ambientes perfeitamente controlados, estáveis e previsíveis. Anuncia assim uma “nova ciência” capaz de interpretar os comportamentos evolutivos que escorregam entre as “malhas da rede científica” e leva em conta as incertezas e diversidades da natureza e seus eventos complexos, por vezes considerados, aos olhos deterministas, transitórios e sem importância. Interessa então entender concepções teóricas que permitem possibilidades menos duras, fechadas e estáticas de percepção dos espaços e suas dinâmicas. \\nPara tal, é preciso considerar que, em sistemas longe do equilíbrio como as cidades, sua evolução apresenta comportamentos e estados variados, de previsibilidade limitada. Como Prigogine insiste em dizer, nada mais natural, uma vez que estamos falando de um mundo real onde a “natureza apresenta-nos, de fato, a imagem da criação, da imprevisível novidade. Nosso universo seguiu um caminho de ramificações sucessivas: poderia ter seguido outros” (PRIGOGINE, 1996). Dada a impossibilidade de controlar seus desdobramentos, nos é disponível entender tal sistema através de seus “eventos e qualidades – transições de fase – resultantes de fluxos de matéria e energia que passam por eles. ” (BRISSAC, 2010). \\nPara a análise das estratégias projetuais proposta nessa pesquisa, viu-se a necessidade de definir algumas propriedades que oferecessem bases comparativas, reconhecer indícios pela qual algo prova pertencer a categorias não estabelecidas aqui. Tal definição não pretendem ter um contorno muito claro com função de predicados para esses projetos, muito menos uma lista fechada, mas uma indicação, um certo agenciamento/ agrupamento ou um reconhecimento de como “ se relacionar com a matéria - através de suas próprias tendências e não pela imposição de uma forma preestabelecida. ” (BRISSAC, 2010). \\nConsiderando as características atribuídas aos sistemas complexos, definimos as seguintes propriedades: Interações, que operam, engendram – e são engendradas por – dinâmicas, influencias, perturbações, disputas e articulações, estabelecem relações construtivas de novas realidades, são linhas de forças que agem como combustível para trajetórias não-lineares de futuros incertos, trata-se, portanto de estratégias que entendam o projeto como síntese resultante das interações de múltiplos fatores, internos e externo; Devir, o \\\"jorro efetivo de novidade imprevisível” (PRIGOGINE, 2009), de força criativa, o que está em vias de ser (vínculo com o futuro incerto), estratégias que, de uma forma ou de outra, tem como pressupostos a função de palco (que também faz parte do espetáculo) para possibilidades de fecundações múltiplas e mutuas, da força “comunicativa e contagiosa” – colocada por Deleuze e Guattari – que, sem códigos precedentes, constrói; e Entropia, a medida da probabilidade da ocorrência de eventos e da nossa habilidade em reconhecer possibilidades de determinado sistema face à imprevisibilidade de interações e novos arranjos resultantes, estratégias que assumem o carácter evolutivo das cidades, de configurações de “ajustes soltos” (ALLEN, 1999), menos codificada – ou de codificações muito abstratas – mas que de certa maneira apresentam condições para assimilar eventos, transformando-se, que assumem como premissa a tensão entre ordem e desordem e seu “ caráter provisório, instável e de sobreposições contínuas” (MEYER, 2003). \\nPalavras-chave: Complexidade, Projeto Urbano, Cidades.\",\"PeriodicalId\":282171,\"journal\":{\"name\":\"XIII Seminario Internacional de Investigación en Urbanismo, Barcelona-Bogotá, Junio 2021\",\"volume\":\"7 1\",\"pages\":\"0\"},\"PeriodicalIF\":0.0000,\"publicationDate\":\"2022-01-01\",\"publicationTypes\":\"Journal Article\",\"fieldsOfStudy\":null,\"isOpenAccess\":false,\"openAccessPdf\":\"\",\"citationCount\":\"0\",\"resultStr\":null,\"platform\":\"Semanticscholar\",\"paperid\":null,\"PeriodicalName\":\"XIII Seminario Internacional de Investigación en Urbanismo, Barcelona-Bogotá, Junio 2021\",\"FirstCategoryId\":\"1085\",\"ListUrlMain\":\"https://doi.org/10.5821/siiu.10154\",\"RegionNum\":0,\"RegionCategory\":null,\"ArticlePicture\":[],\"TitleCN\":null,\"AbstractTextCN\":null,\"PMCID\":null,\"EPubDate\":\"\",\"PubModel\":\"\",\"JCR\":\"\",\"JCRName\":\"\",\"Score\":null,\"Total\":0}","platform":"Semanticscholar","paperid":null,"PeriodicalName":"XIII Seminario Internacional de Investigación en Urbanismo, Barcelona-Bogotá, Junio 2021","FirstCategoryId":"1085","ListUrlMain":"https://doi.org/10.5821/siiu.10154","RegionNum":0,"RegionCategory":null,"ArticlePicture":[],"TitleCN":null,"AbstractTextCN":null,"PMCID":null,"EPubDate":"","PubModel":"","JCR":"","JCRName":"","Score":null,"Total":0}
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摘要
本文旨在探讨一些关于复杂性如何运作更灵活的城市化方法的假设。为此,我们分析了理论成果和当代设计策略,避免了非常确定性和一般化的逻辑,从而承认将城市描述为一个远离平衡的系统的可能性。在描述了这种情况之后,我们定义了城市复杂本质所固有的一些属性,但没有非常清晰的轮廓。这是一种指示或安排,使我们能够理解在城市中行动的一些选择,而不是以一种强制性的方式,而是认识到它作为项目工具的不确定性。它们是:相互作用,发挥作用并产生动力,建立新的现实的建设性关系;作为创造性力量的一种表达,成为多种相互孕育的可能性;熵,它揭示了我们识别系统面对不可预测性和新安排的可能性的能力。关键词:复杂性,城市设计,城市意大利城市学家贝尔纳多·塞奇(1934-2014),em diversas ocasiões, enfatiza sua preocupaa<e:1> O com a simplifica<e:1> O do功能amento urbano própria do Movimento moderente e levanta a必要的sorbre um novo olhar para a cidade contemporade <s:1> neneque, ao mesmo tempo, opera maiores níveis de抽象<s:1> O e de precis<e:1> O (Secchi, 2006)。正如questões de orientam essa pesquisa estestas às contribuições As teorias sobre Complexidade, que, assim como para As ciências exatas e biológicas,目前的campo das sociais um important ferramental para revisiones de paradigm deterministas e que enriquece As concepções de fenômenos considerados caóticos ou aleatórios。Buscamos investigar com as quais pressupostos a Complexidade opera, analyisando abordagens mais flexíveis, produções teóricas e e estatamegias projetuis contemporas neas que escampam as lógicas muitdeterministas e generizantes, adindo assia a possible de carliza as cidades como um sistema que ntende ao equilíbrio。A no。一幅关于“健康”的图像- - -平衡- - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - -Com之,percepcao de o Planejamento则deveria trabalhar在乌玛cidade estavel e funcional comecou sobrecarregar nao所以sua teoria e pratica mas tambem nocao de,作为上帝eram compreensiveis atraves de analogias Com ciencia reducionista e作为tecnologias industriais passado。Após os anos 70, quando os objtivos do Planejamento Urbano passaram a ser refutados as incertezas sobre possíveis transformações teóricas e práticas que deveriam ser propostas para pensar as cidades, o mundo mudou (BATTY, 2012)。O químico伊利亚·普里戈吉纳,关于这些严重的结构、分散的结构和自组织的结构、<s:1>系统和长期组织的结构、<s:1>系统和长期组织的结构、<s:1>系统和长期组织的结构、<s:1>系统和长期组织的关系、<s:1>系统和长期组织的可能性、<s:1>系统和长期组织的可能性、<s:1>系统和长期组织的可能性、<s:1>系统和长期组织的可能性、<s:1>系统和长期组织的可能性、<s:1>系统和长期组织的可能性、<s:1>系统和长期组织的可能性、<s:1>系统和长期组织的可能性、<s:1>系统和长期组织的可能性、<s:1>系统和长期组织的可能性、física <s:1>系统和长期组织的结构、分析和长期组织的结构、estáveis e previsíveis。ununcia assim uma“nova ciência”的解释能力为“malhas da rede científica”,“malhas da rede científica”的解释能力为“intercerteza”,“diversidades”的解释能力为“intercerteza”,“intercerteza”为“intercerteza”,“intercerteza”为“intercerteza”,“intercerteza”为“intercerteza”,“intercerteza”为“intercerteza”,“intercerteza”为“intercerteza”,“intercerteza”为“intercerteza”,“intercerteza”为“intercerteza”。Interessa ententender concepções teóricas que perperem possible menos duras, fechadas e estáticas de perceptional<s:1> o do esparos as dinmicas。Para tal, <s:1>精确考虑que, em sistemas as londo equilíbrio como as cidades, sua evolutionalada,目前的情况是,estados varados, de previsbilidade limited。Como Prigogine坚持认为,“一切都是自然的”,“一切都是自然的”,“一切都是自然的”,“一切都是自然的”,“一切都是自然的”,“一切都是自然的”。“无普遍的性和性”(ramificações连续性:性和性”)(PRIGOGINE, 1996)。Dada - a possible de controlar seus desdoamentos, no <e:1> disponível endender系统(endendal sistema)在“事件和条件”(eventas e qualidades) - transições de fase -结果是,在“事件和条件”(energgia que pasam pacces)中,不可能的情况是不可能的。(brissac, 2010)。第análise段(ase - astreias project)提出了“必要的条件”,认为有必要确定算法,但有必要确定比较基础的条件,并重新确定indícios“必要的条件”,即“确定的条件”和“确定的条件”。 这样的定义并没有一个清晰的轮廓和谓词函数,这些项目,更不用说一个封闭列表,但研究显示,一个好的管理/分组或一个类似“如果跟物质的识别通过自己的趋势,而不是施加一个特殊的方法。(布里萨克,2010)。考虑到复杂系统的特性,我们定义了以下性质:交互操作,engendram—和—产生动态扰动影响,纠纷和关节,建立建设性的关系,是新现实的力量,充当燃料轨迹非线性的不确定的未来,这是项目的策略让你合成的多种因素,内部和外部的相互作用;演变,“有效的创新不可预见”(如果说PRIGOGINE, 2009),创造性的力量,正在(与未来不确定),策略的方式,或者其他,你假设阶段(函数也是表演的一部分)的多个结果和相互沟通的“传染性”—由德勒兹和“—,没密码的建立;和熵的事件发生的可能性,我们能够识别的机会面对不可预测系统的交互和衍生新的安排,是承担城市的发展的策略,使“放出”调整(艾伦,1999)编码,编码—或太抽象—但我不知的情况向事件,揭示,假设秩序与无序之间的张力及其“临时、不稳定和连续重叠的特征”(MEYER, 2003)。关键词:复杂性,城市设计,城市。
The present article aims to explore some assumptions about how complexity operates more flexible approaches to urbanism. To this end, were analyzed theoretical productions and contemporary design strategies that eschew very deterministic and generalizing logics, thus admitting the possibility of characterizing cities as a system far-from-equilibrium. After characterizing such condition, some properties inherent to the complex nature of cities were defined, without very clear outlines. An indication – or arrangement - that makes possible to understand some alternatives of acting in the city, not in an imperative way, but recognizing its indeterminacies as project tools. They are: Interactions, which operate and engender dynamics, establishing constructive relations of new realities; Becoming, as an expression of the creative force, the possibilities of multiple and mutual fecundations; and Entropy, which reveals our ability to recognize the possibilities of a system facing off unpredictability and new arrangements.
Keywords: Complexity, Urban Design, Cities.
O urbanista italiano Bernardo Secchi (1934-2014), em diversas ocasiões, enfatiza sua preocupação com a simplificação do funcionamento urbano própria do Movimento Moderno e levanta a necessidade sobre um novo olhar para a cidade contemporânea que, ao mesmo tempo, opera maiores níveis de abstração e de precisão (SECCHI, 2006). As questões que orientam essa pesquisa estão relacionadas às contribuições das teorias sobre Complexidade, que, assim como para as ciências exatas e biológicas, apresentam para o campo das sociais um importante ferramental para a revisão de paradigmas deterministas e que enriquece as concepções de fenômenos considerados caóticos ou aleatórios. Buscamos investigar com quais pressupostos a Complexidade opera, analisando abordagens mais flexíveis, produções teóricas e estratégias projetuais contemporâneas que escampam das lógicas muito deterministas e generalizantes, admitindo assim a possibilidade de caracterizar as cidades como um sistema que não tende ao equilíbrio.
A noção de equilíbrio e a imagem da cidade-máquina e do planejamento controlador, desviaram o debate sobre as questões críticas essenciais e ajudou a manter a ilusão de um falso controle sobre a morfologia urbana e suas dinâmicas. A imagem de uma “boa” cidade – equilibrada – era, nessa ilusão, aquela que se apresentava homogênea, onde todas suas variações e diversidades pudessem ser controladas através, por exemplo, do zoneamento e da hipercodificação, ideia também refutada por Jane Jacobs em 1961. Com isso, a percepção de que o Planejamento Urbano deveria trabalhar buscando uma cidade estável e funcional começou a sobrecarregar não só sua teoria e prática, mas também a noção de que as cidades eram compreensíveis através de analogias com a ciência reducionista e as tecnologias industriais do passado. Após os anos 70, quando os objetivos do Planejamento Urbano passaram a ser refutados e as incertezas sobre as possíveis transformações teóricas e práticas que deveriam ser propostas para pensar as cidades, o mundo mudou (BATTY, 2012).
O químico Ilya Prigogine, ao propor sua tese sobre estruturas dissipativas e auto-organização de sistemas longe do equilíbrio, indica os problemas relacionados ao reducionismo, abrindo possibilidades para novos níveis de descrição e análise de diversos fenômenos do universo, chama a responsabilidade da física para além de comportamentos analisados em ambientes perfeitamente controlados, estáveis e previsíveis. Anuncia assim uma “nova ciência” capaz de interpretar os comportamentos evolutivos que escorregam entre as “malhas da rede científica” e leva em conta as incertezas e diversidades da natureza e seus eventos complexos, por vezes considerados, aos olhos deterministas, transitórios e sem importância. Interessa então entender concepções teóricas que permitem possibilidades menos duras, fechadas e estáticas de percepção dos espaços e suas dinâmicas.
Para tal, é preciso considerar que, em sistemas longe do equilíbrio como as cidades, sua evolução apresenta comportamentos e estados variados, de previsibilidade limitada. Como Prigogine insiste em dizer, nada mais natural, uma vez que estamos falando de um mundo real onde a “natureza apresenta-nos, de fato, a imagem da criação, da imprevisível novidade. Nosso universo seguiu um caminho de ramificações sucessivas: poderia ter seguido outros” (PRIGOGINE, 1996). Dada a impossibilidade de controlar seus desdobramentos, nos é disponível entender tal sistema através de seus “eventos e qualidades – transições de fase – resultantes de fluxos de matéria e energia que passam por eles. ” (BRISSAC, 2010).
Para a análise das estratégias projetuais proposta nessa pesquisa, viu-se a necessidade de definir algumas propriedades que oferecessem bases comparativas, reconhecer indícios pela qual algo prova pertencer a categorias não estabelecidas aqui. Tal definição não pretendem ter um contorno muito claro com função de predicados para esses projetos, muito menos uma lista fechada, mas uma indicação, um certo agenciamento/ agrupamento ou um reconhecimento de como “ se relacionar com a matéria - através de suas próprias tendências e não pela imposição de uma forma preestabelecida. ” (BRISSAC, 2010).
Considerando as características atribuídas aos sistemas complexos, definimos as seguintes propriedades: Interações, que operam, engendram – e são engendradas por – dinâmicas, influencias, perturbações, disputas e articulações, estabelecem relações construtivas de novas realidades, são linhas de forças que agem como combustível para trajetórias não-lineares de futuros incertos, trata-se, portanto de estratégias que entendam o projeto como síntese resultante das interações de múltiplos fatores, internos e externo; Devir, o "jorro efetivo de novidade imprevisível” (PRIGOGINE, 2009), de força criativa, o que está em vias de ser (vínculo com o futuro incerto), estratégias que, de uma forma ou de outra, tem como pressupostos a função de palco (que também faz parte do espetáculo) para possibilidades de fecundações múltiplas e mutuas, da força “comunicativa e contagiosa” – colocada por Deleuze e Guattari – que, sem códigos precedentes, constrói; e Entropia, a medida da probabilidade da ocorrência de eventos e da nossa habilidade em reconhecer possibilidades de determinado sistema face à imprevisibilidade de interações e novos arranjos resultantes, estratégias que assumem o carácter evolutivo das cidades, de configurações de “ajustes soltos” (ALLEN, 1999), menos codificada – ou de codificações muito abstratas – mas que de certa maneira apresentam condições para assimilar eventos, transformando-se, que assumem como premissa a tensão entre ordem e desordem e seu “ caráter provisório, instável e de sobreposições contínuas” (MEYER, 2003).
Palavras-chave: Complexidade, Projeto Urbano, Cidades.