{"title":"诗歌机器:传统与当代,两个诗人围绕一个女人的学术与随机游戏……","authors":"Mario Cesar Newman de Queiroz","doi":"10.35520/flbc.2022.v14n28a47819","DOIUrl":null,"url":null,"abstract":"Este trabalho trata da associação de duas experiências poéticas a partir do mote “Uma mulher...” Em 2017, Flávia Péret realizou o experimento de um site-poema randômico que se iniciava a partir do mote: “Uma mulher...” Tudo o que vem depois é da criação mais livre, das associações algorítmicas inusitadas. Poesia digital autêntica, logo foi tomada como mote, como tópica, como campo de citações, por Rita Isadora Pessoa, no livro Mulher sob a influência de um algoritmo (2020 [2018]), perfazendo um jogo das antigas academias de poetas. O que se busca aqui é trazer uma breve reflexão sobre a superposição de procedimentos contemporâneos e tradicionais nesse diálogo poético em torno de dizer ou definir “Uma mulher”. Nesse jogo poético, ocorre a negação radical do modo de subjetivação por individualização, quer pelo disparar maquínico do algoritmo em poema-site, quer pelo decalque entre poetas, quer pelo esforço em trazer para o meio impresso uma realidade algorítmica, quer pelas estruturas moldáveis, realocáveis, interconectáveis em rizoma. Agenciamento coletivo de enunciação. A presença consciente da mão autoral é afastada e novos modos de sensibilidade, novas concepções conceituais são exigidas na recepção de Uma mulher... Mas a afirmação da natureza plural da mulher, presente nesse agenciamento coletivo de enunciação (Péret-Pessoa-Pessoa-Péret), é ainda uma resposta dentro do “teatro” edipiano da castração? Ou, mais do que apenas responder à questão da mulher, se põem novos modos de subjetividade?","PeriodicalId":354339,"journal":{"name":"Fórum de Literatura Brasileira Contemporânea","volume":"56 1","pages":"0"},"PeriodicalIF":0.0000,"publicationDate":"2023-01-30","publicationTypes":"Journal Article","fieldsOfStudy":null,"isOpenAccess":false,"openAccessPdf":"","citationCount":"0","resultStr":"{\"title\":\"Máquinas poéticas: tradicional e contemporâneo, o jogo acadêmico e randômico de duas poetas em torno de Uma mulher...\",\"authors\":\"Mario Cesar Newman de Queiroz\",\"doi\":\"10.35520/flbc.2022.v14n28a47819\",\"DOIUrl\":null,\"url\":null,\"abstract\":\"Este trabalho trata da associação de duas experiências poéticas a partir do mote “Uma mulher...” Em 2017, Flávia Péret realizou o experimento de um site-poema randômico que se iniciava a partir do mote: “Uma mulher...” Tudo o que vem depois é da criação mais livre, das associações algorítmicas inusitadas. Poesia digital autêntica, logo foi tomada como mote, como tópica, como campo de citações, por Rita Isadora Pessoa, no livro Mulher sob a influência de um algoritmo (2020 [2018]), perfazendo um jogo das antigas academias de poetas. O que se busca aqui é trazer uma breve reflexão sobre a superposição de procedimentos contemporâneos e tradicionais nesse diálogo poético em torno de dizer ou definir “Uma mulher”. Nesse jogo poético, ocorre a negação radical do modo de subjetivação por individualização, quer pelo disparar maquínico do algoritmo em poema-site, quer pelo decalque entre poetas, quer pelo esforço em trazer para o meio impresso uma realidade algorítmica, quer pelas estruturas moldáveis, realocáveis, interconectáveis em rizoma. Agenciamento coletivo de enunciação. A presença consciente da mão autoral é afastada e novos modos de sensibilidade, novas concepções conceituais são exigidas na recepção de Uma mulher... Mas a afirmação da natureza plural da mulher, presente nesse agenciamento coletivo de enunciação (Péret-Pessoa-Pessoa-Péret), é ainda uma resposta dentro do “teatro” edipiano da castração? Ou, mais do que apenas responder à questão da mulher, se põem novos modos de subjetividade?\",\"PeriodicalId\":354339,\"journal\":{\"name\":\"Fórum de Literatura Brasileira Contemporânea\",\"volume\":\"56 1\",\"pages\":\"0\"},\"PeriodicalIF\":0.0000,\"publicationDate\":\"2023-01-30\",\"publicationTypes\":\"Journal Article\",\"fieldsOfStudy\":null,\"isOpenAccess\":false,\"openAccessPdf\":\"\",\"citationCount\":\"0\",\"resultStr\":null,\"platform\":\"Semanticscholar\",\"paperid\":null,\"PeriodicalName\":\"Fórum de Literatura Brasileira Contemporânea\",\"FirstCategoryId\":\"1085\",\"ListUrlMain\":\"https://doi.org/10.35520/flbc.2022.v14n28a47819\",\"RegionNum\":0,\"RegionCategory\":null,\"ArticlePicture\":[],\"TitleCN\":null,\"AbstractTextCN\":null,\"PMCID\":null,\"EPubDate\":\"\",\"PubModel\":\"\",\"JCR\":\"\",\"JCRName\":\"\",\"Score\":null,\"Total\":0}","platform":"Semanticscholar","paperid":null,"PeriodicalName":"Fórum de Literatura Brasileira Contemporânea","FirstCategoryId":"1085","ListUrlMain":"https://doi.org/10.35520/flbc.2022.v14n28a47819","RegionNum":0,"RegionCategory":null,"ArticlePicture":[],"TitleCN":null,"AbstractTextCN":null,"PMCID":null,"EPubDate":"","PubModel":"","JCR":"","JCRName":"","Score":null,"Total":0}
Máquinas poéticas: tradicional e contemporâneo, o jogo acadêmico e randômico de duas poetas em torno de Uma mulher...
Este trabalho trata da associação de duas experiências poéticas a partir do mote “Uma mulher...” Em 2017, Flávia Péret realizou o experimento de um site-poema randômico que se iniciava a partir do mote: “Uma mulher...” Tudo o que vem depois é da criação mais livre, das associações algorítmicas inusitadas. Poesia digital autêntica, logo foi tomada como mote, como tópica, como campo de citações, por Rita Isadora Pessoa, no livro Mulher sob a influência de um algoritmo (2020 [2018]), perfazendo um jogo das antigas academias de poetas. O que se busca aqui é trazer uma breve reflexão sobre a superposição de procedimentos contemporâneos e tradicionais nesse diálogo poético em torno de dizer ou definir “Uma mulher”. Nesse jogo poético, ocorre a negação radical do modo de subjetivação por individualização, quer pelo disparar maquínico do algoritmo em poema-site, quer pelo decalque entre poetas, quer pelo esforço em trazer para o meio impresso uma realidade algorítmica, quer pelas estruturas moldáveis, realocáveis, interconectáveis em rizoma. Agenciamento coletivo de enunciação. A presença consciente da mão autoral é afastada e novos modos de sensibilidade, novas concepções conceituais são exigidas na recepção de Uma mulher... Mas a afirmação da natureza plural da mulher, presente nesse agenciamento coletivo de enunciação (Péret-Pessoa-Pessoa-Péret), é ainda uma resposta dentro do “teatro” edipiano da castração? Ou, mais do que apenas responder à questão da mulher, se põem novos modos de subjetividade?