人民力量的胚胎?巴西和委内瑞拉农业工作和教育经验的比较研究

Vanessa Gonçalves Dias
{"title":"人民力量的胚胎?巴西和委内瑞拉农业工作和教育经验的比较研究","authors":"Vanessa Gonçalves Dias","doi":"10.22409/TN.V19I40.50876","DOIUrl":null,"url":null,"abstract":"Esta pesquisa se insere no debate sobre o projeto destrutivo do capital e as alternativas de trabalho, educacao, cooperacao e auto-organizacao do campesinato latino-americano. A pesquisa se desenvolveu em dois paises: Brasil e Venezuela, em territorios rurais, onde foram acompanhadas duas experiencias agricolas nos Assentamentos Rurais da Reforma Agraria do Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra (MST), no Brasil e duas experiencias nas Comunas Socialistas (CS), ligadas ao Movimento Comunero na Republica Bolivariana na Venezuela. \nA pesquisa teve como objetivo principal analisar em que medida a luta politica travada pelos trabalhadores e trabalhadoras camponeses desenvolve consciencia de classe, auto-organizacao e experiencia na organizacao politica na perspectiva da emancipacao humana, autogestao e do poder popular. A partir deste objetivo, levantamos diversas indagacoes, tais como: de que forma tais experiencias tentam romper com a conhecida cisao entre concepcao e execucao do trabalho? Como a auto-organizacao dos trabalhadores e trabalhadoras se relaciona a um projeto alternativo ao capitalismo? As experiencias apontam para algo alem do conhecido desenvolvimentismo? \nQuestionamos tambem quais sao os aspectos e elementos que evidenciam que as experiencias de producao ecologicas dos assentamentos do MST e das comunas agrarias bolivarianas, inseridas na proposta do Socialismo do seculo XXI, tem sido aquilo que se contrapoe: oposicao aos modelos produtivos do agronegocio e do rentismo? Mas o que ha em comum entre Brasil e Venezuela? Porque a escolha da Venezuela, se essa nao se trata de um pais tipicamente agrario? Quais paralelos comparativos seriam possiveis entre Assentamentos e Comunas? \nO criterio que nos levou a escolha dessas experiencias foram algumas razoes: a primeira da-se pela expressao do que a experiencia do MST e os Conselhos Comunais Venezuelanos vem representando nos ultimos anos e a segunda porque ambas as experiencias populares partem de concepcoes chave desta investigacao, quais sejam: a soberania alimentar, cooperacao, a autodeterminacao dos povos e o poder popular. \nA metodologia da pesquisa consistiu na perspectiva teorica do Materialismo Historico Dialetico (TRIVINOS, 1987; KOSIK, 2011), no campo da pesquisa qualitativa em educacao (LUDKE, 1986), delimitando-se um estudo comparado (FRANCO, 1992; 2002; 2009). Os procedimentos metodologicos envolveram revisao de literatura, analise documental, levantamento de dados primarios e secundarios, fase exploratoria e trabalho de campo. O trabalho de campo foi realizado nos assentamentos: Capela e Filhos de Sepe, na Regiao Metropolitana de Porto Alegre/RS e nas Comunas Socialistas: El Maizal e Che Guevara localizados nos municipios de Simon Planas e Caracciolo Parra Olmiedo. \nO levantamento de dados variou entre os anos de 2016 a 2020, o primeiro constituiu-se na fase exploratoria e o segundo no trabalho de campo e a coleta de dados finais, para realizacao da coleta de dados, foram utilizadas primordialmente as entrevistas semiestruturadas. Tambem, de forma complementar, a observacao participante, que foi realizada com o intuito de observacao das diversas interacoes nos espacos pesquisados. E ainda tivemos como apoio o diario de campo, que teve o objetivo acompanhar as atividades, reunioes e assembleias. O diario de campo auxiliou nas anotacoes e memorias dos procedimentos e interacoes cotidianas dos assentamentos e das comunas. \nO trabalho esta estruturado em quatro capitulos. No primeiro capitulo, buscamos trazer o debate sobre o metodo de pesquisa e os acumulos epistemologicos, alem das imersoes nos campos de pesquisa, para os processos metodologicos do estudo comparado, o capitulo tambem busca resgatar as contribuicoes da atualidade (estado da questao) sobre as questoes agrarias e as experiencias cooperativadas a partir de buscas em periodicos, eventos, etc. \nNo segundo capitulo, tem por objetivo discutir o papel do estado, do cooperativismo e da construcao do poder popular e resgatar duas das principais experiencias do chamado controle operario: a primeira experiencia de poder da classe trabalhadora, a Comuna de Paris e a experiencia dos Sovietes na Russia. Alem do debate das experiencias de construcao do poder dos trabalhadores, abordamos brevemente o papel da educacao na construcao da consciencia socialista durante os processos revolucionarios. \nNo terceiro capitulo, recupera o desenvolvimento historico da questao agraria no Brasil e na Venezuela demonstrando as fases de dominacao imperialista do capital sobre a terra e o trabalho e as propostas de desenvolvimento que foram sendo gestadas nos paises investigados. O quarto capitulo, consiste nas analises dos espacos investigados no Rio Grande do Sul/RS: a) Assentamento Capela; b) Assentamento Filhos de Sepe; e na Republica Bolivariana da Venezuela: a) Comuna Socialista El Maizal; b) Comuna Socialista Che Guevara Mesa Julia. \nE, por fim, os resultados e consideracoes finais desta investigacao sustentam a hipotese formulada e demonstram que embora permeadas de contradicoes, as experiencias investigadas, indicam “janelas” que apontam alternativas viaveis para problematizar “as estrategias anticapitalistas e os instrumentos politicos que permitem construir o poder popular do seculo XXI”. Constroem, assim, na atualidade um importante farol de resistencia dos trabalhadores e das trabalhadoras do campo e da cidade. \nAs experiencias de producao ecologicas de arroz do MST e as Comunas Agrarias Republica Bolivariana da Venezuela, inovam ao invocar na praxis do trabalho cooperativo, a agroecologia o poder popular e a auto-organizacao dos trabalhadores e trabalhadoras. Revelam o carater essencialmente contraditorio do capital, demonstram a possibilidade da construcao de resistencias ao modelo do agronegocio e ao rentismo petrolifero, bem como engendram processos educativos que sinalizam saltos qualitativos no âmbito da formacao humana e da autogestao, pelos processos de coletivizacao dos meios de producao, que envolvem multiplas tecnicas e o conhecimento relativo tanto ao planejamento quanto a execucao das atividades, contribuem para a construcao do poder popular nos territorios investigados. \nAssim, conclui-se que: a) embora as experiencias pesquisadas nao eliminem a alienacao do trabalho, a propriedade e a posse dos meios de producao, o trabalho em seu sentido ontologico, a educacao politecnica e a ciencia agroecologica trazem para os trabalhadores/as a possibilidade de articular os saberes que a organizacao capitalista do trabalho fragmentou; b) os processos educativos com novas culturas do trabalho, novas matrizes produtivas forjam na praxis da producao coletiva novas relacoes de organizacao, producao, educacao e insubordinacao; c) Sobre o protagonismo das mulheres e o poder popular, nos assentamentos do MST verificamos a ampla participacao permanente das mulheres, na lideranca das frentes produtivas de panificacao e comercializacao nas feiras agroecologicas, enquanto que, na Venezuela a participacao das mulheres nas experiencias de producao social e na direcao dos processos politicos e bastante impactante. Conforme dados de Obediente e Arena (2017, p. 171): “en la construccion del Poder Popular interviene mayoritariamente un genero: las mujeres; mas del 60% de los consejos comunales estan integrados e impulsados por mujeres”; d) de modo geral, pode-se evidenciar que o Movimento Comunero avanca com a Ofensiva Socialista na construcao do Estado Comunal na Republica Bolivariana da Venezuela. Enquanto o MST, em graus diversos, consegue se colocar como uma alternativa de “resistencia ativa” para o campesinato gaucho, a partir da experiencia do “conglomerado de producao ecologica” (MARTINS, 2019).","PeriodicalId":284284,"journal":{"name":"Revista Trabalho Necessário","volume":"59 1","pages":"0"},"PeriodicalIF":0.0000,"publicationDate":"2021-11-12","publicationTypes":"Journal Article","fieldsOfStudy":null,"isOpenAccess":false,"openAccessPdf":"","citationCount":"0","resultStr":"{\"title\":\"EMBRIÕES DO PODER POPULAR? 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As experiencias apontam para algo alem do conhecido desenvolvimentismo? \\nQuestionamos tambem quais sao os aspectos e elementos que evidenciam que as experiencias de producao ecologicas dos assentamentos do MST e das comunas agrarias bolivarianas, inseridas na proposta do Socialismo do seculo XXI, tem sido aquilo que se contrapoe: oposicao aos modelos produtivos do agronegocio e do rentismo? Mas o que ha em comum entre Brasil e Venezuela? Porque a escolha da Venezuela, se essa nao se trata de um pais tipicamente agrario? Quais paralelos comparativos seriam possiveis entre Assentamentos e Comunas? \\nO criterio que nos levou a escolha dessas experiencias foram algumas razoes: a primeira da-se pela expressao do que a experiencia do MST e os Conselhos Comunais Venezuelanos vem representando nos ultimos anos e a segunda porque ambas as experiencias populares partem de concepcoes chave desta investigacao, quais sejam: a soberania alimentar, cooperacao, a autodeterminacao dos povos e o poder popular. \\nA metodologia da pesquisa consistiu na perspectiva teorica do Materialismo Historico Dialetico (TRIVINOS, 1987; KOSIK, 2011), no campo da pesquisa qualitativa em educacao (LUDKE, 1986), delimitando-se um estudo comparado (FRANCO, 1992; 2002; 2009). Os procedimentos metodologicos envolveram revisao de literatura, analise documental, levantamento de dados primarios e secundarios, fase exploratoria e trabalho de campo. O trabalho de campo foi realizado nos assentamentos: Capela e Filhos de Sepe, na Regiao Metropolitana de Porto Alegre/RS e nas Comunas Socialistas: El Maizal e Che Guevara localizados nos municipios de Simon Planas e Caracciolo Parra Olmiedo. \\nO levantamento de dados variou entre os anos de 2016 a 2020, o primeiro constituiu-se na fase exploratoria e o segundo no trabalho de campo e a coleta de dados finais, para realizacao da coleta de dados, foram utilizadas primordialmente as entrevistas semiestruturadas. Tambem, de forma complementar, a observacao participante, que foi realizada com o intuito de observacao das diversas interacoes nos espacos pesquisados. E ainda tivemos como apoio o diario de campo, que teve o objetivo acompanhar as atividades, reunioes e assembleias. O diario de campo auxiliou nas anotacoes e memorias dos procedimentos e interacoes cotidianas dos assentamentos e das comunas. \\nO trabalho esta estruturado em quatro capitulos. No primeiro capitulo, buscamos trazer o debate sobre o metodo de pesquisa e os acumulos epistemologicos, alem das imersoes nos campos de pesquisa, para os processos metodologicos do estudo comparado, o capitulo tambem busca resgatar as contribuicoes da atualidade (estado da questao) sobre as questoes agrarias e as experiencias cooperativadas a partir de buscas em periodicos, eventos, etc. \\nNo segundo capitulo, tem por objetivo discutir o papel do estado, do cooperativismo e da construcao do poder popular e resgatar duas das principais experiencias do chamado controle operario: a primeira experiencia de poder da classe trabalhadora, a Comuna de Paris e a experiencia dos Sovietes na Russia. Alem do debate das experiencias de construcao do poder dos trabalhadores, abordamos brevemente o papel da educacao na construcao da consciencia socialista durante os processos revolucionarios. \\nNo terceiro capitulo, recupera o desenvolvimento historico da questao agraria no Brasil e na Venezuela demonstrando as fases de dominacao imperialista do capital sobre a terra e o trabalho e as propostas de desenvolvimento que foram sendo gestadas nos paises investigados. O quarto capitulo, consiste nas analises dos espacos investigados no Rio Grande do Sul/RS: a) Assentamento Capela; b) Assentamento Filhos de Sepe; e na Republica Bolivariana da Venezuela: a) Comuna Socialista El Maizal; b) Comuna Socialista Che Guevara Mesa Julia. \\nE, por fim, os resultados e consideracoes finais desta investigacao sustentam a hipotese formulada e demonstram que embora permeadas de contradicoes, as experiencias investigadas, indicam “janelas” que apontam alternativas viaveis para problematizar “as estrategias anticapitalistas e os instrumentos politicos que permitem construir o poder popular do seculo XXI”. Constroem, assim, na atualidade um importante farol de resistencia dos trabalhadores e das trabalhadoras do campo e da cidade. \\nAs experiencias de producao ecologicas de arroz do MST e as Comunas Agrarias Republica Bolivariana da Venezuela, inovam ao invocar na praxis do trabalho cooperativo, a agroecologia o poder popular e a auto-organizacao dos trabalhadores e trabalhadoras. Revelam o carater essencialmente contraditorio do capital, demonstram a possibilidade da construcao de resistencias ao modelo do agronegocio e ao rentismo petrolifero, bem como engendram processos educativos que sinalizam saltos qualitativos no âmbito da formacao humana e da autogestao, pelos processos de coletivizacao dos meios de producao, que envolvem multiplas tecnicas e o conhecimento relativo tanto ao planejamento quanto a execucao das atividades, contribuem para a construcao do poder popular nos territorios investigados. \\nAssim, conclui-se que: a) embora as experiencias pesquisadas nao eliminem a alienacao do trabalho, a propriedade e a posse dos meios de producao, o trabalho em seu sentido ontologico, a educacao politecnica e a ciencia agroecologica trazem para os trabalhadores/as a possibilidade de articular os saberes que a organizacao capitalista do trabalho fragmentou; b) os processos educativos com novas culturas do trabalho, novas matrizes produtivas forjam na praxis da producao coletiva novas relacoes de organizacao, producao, educacao e insubordinacao; c) Sobre o protagonismo das mulheres e o poder popular, nos assentamentos do MST verificamos a ampla participacao permanente das mulheres, na lideranca das frentes produtivas de panificacao e comercializacao nas feiras agroecologicas, enquanto que, na Venezuela a participacao das mulheres nas experiencias de producao social e na direcao dos processos politicos e bastante impactante. Conforme dados de Obediente e Arena (2017, p. 171): “en la construccion del Poder Popular interviene mayoritariamente un genero: las mujeres; mas del 60% de los consejos comunales estan integrados e impulsados por mujeres”; d) de modo geral, pode-se evidenciar que o Movimento Comunero avanca com a Ofensiva Socialista na construcao do Estado Comunal na Republica Bolivariana da Venezuela. 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摘要

这项研究是关于资本的破坏性设计和拉丁美洲农民的工作、教育、合作和自我组织的替代方案的辩论的一部分。研究开发了两个国家:巴西和委内瑞拉,在农村地区,其中有两例农业工人运动的农业农村改革农村土地(MST),在巴西和两例在社会主义共产主义运动(CS), Comunero委内瑞拉玻利瓦尔共和国。本研究旨在从人的解放、自我管理和人民权力的角度,分析农民工的政治斗争在多大程度上发展了阶级意识、自我组织和政治组织经验。从这个目标出发,我们提出了几个问题,如:这些经验如何试图打破已知的概念和工作执行之间的分离?工人的自我组织与资本主义的替代计划有什么关系?这些经历是否指向了已知的唯发展主义之外的东西?我们还质疑,在21世纪社会主义提案中插入的MST定居点和玻利瓦尔农业公社的生态生产经验的哪些方面和要素是相反的:反对农业综合企业的生产模式和租金主义?但是巴西和委内瑞拉有什么共同之处呢?如果委内瑞拉不是一个典型的农业国家,为什么要选择它呢?定居点和公社之间有什么比较相似之处?的标准选择把这些经验是有原因的:第一个表达式的委内瑞拉当地标准时间的经验和建议来代表在过去的年,第二因为实验都流行了concepcoes调查,关键是:粮食主权,合作,和民族的autodeterminacao人民力量。研究方法包括辩证历史唯物主义的理论视角(TRIVINOS, 1987;KOSIK, 2011),在教育的定性研究领域(LUDKE, 1986),界定了一个比较研究(FRANCO, 1992;2002;2009)。方法步骤包括文献综述、文献分析、一手和二手数据收集、探索阶段和实地工作。实地调查是在阿雷格里港大都会区的Capela和Filhos de Sepe定居点以及位于Simon Planas和Caracciolo Parra olmedo市的El Maizal和Che Guevara社会主义公社进行的。数据收集时间为2016年至2020年,第一阶段为探索阶段,第二阶段为实地工作和最终数据收集阶段,数据收集主要采用半结构化访谈。此外,以一种互补的方式,参与者观察,这是为了观察研究空间中的各种相互作用而进行的。我们还得到了《实地日记》的支持,该日记旨在跟踪活动、会议和集会。实地日记有助于记录和记忆定居点和公社的程序和日常互动。这本书分为四章。在第一章,我们把讨论的方法研究和积压epistemologicos,阿方索imersoes等领域的研究,为方法论的过程的比较研究,这一章也搜索救援的贡献的意思(国家的)问题关于agrarias问题和实验cooperativadas从搜索periodicos、事件等。第二章旨在讨论国家、合作主义和人民权力建设的作用,并拯救所谓工人控制的两个主要经验:工人阶级的第一次权力经验、巴黎公社和苏联在俄罗斯的经验。除了讨论工人权力建设的经验外,我们还简要讨论了教育在革命过程中社会主义意识建设中的作用。在第三章中,它恢复了巴西和委内瑞拉农业问题的历史发展,展示了资本对土地和劳动力的帝国主义统治阶段,以及在被调查国家孕育的发展建议。第四章,包括对大南州调查的空间的分析:a)教堂定居点;b)塞佩之子的定居;委内瑞拉玻利瓦尔共和国:a) El Maizal社会主义公社;b)切·格瓦拉·朱莉娅·梅萨社会主义公社。 最后,这项研究的结果和最终考虑支持了提出的假设,并表明,尽管充满了矛盾,调查的经验表明了“窗口”,指出了可行的替代方案,以质疑“反资本主义战略和政治工具,允许建立21世纪的人民权力”。因此,在今天,他们为农村和城市的工人建造了一个重要的抵抗灯塔。MST和委内瑞拉玻利瓦尔共和国农业公社在生态水稻生产方面的经验是创新的,在合作工作、农业生态学、人民力量和工人的自组织实践中。揭示的人物基本上contraditorio资本建设的可能性,无论电阻agronegocio模型和rentismo石油以及engendram教育过程的触发人类飞跃在背景和autogestao coletivizacao过程的生产途径,涉及多个技术和知识在规划和执行的活动的,它们有助于在被调查地区建立人民权力。淡,这样:虽然实验研究不应该被毁灭的,生产资料的所有权和持有ontologico意义上,工作,教育politecnica和科学agroecologica会交给工人/资本主义全球化的知识的可能性,该组织的工作分散;b)具有新的工作文化、新的生产矩阵的教育过程在集体生产实践中锻造了新的组织、生产、教育和不服从关系;(c)对妇女的台词和殖民地的人民力量,MST就广泛参与女性站在领导的生产方面panificacao和comercializacao参加agroecologicas委内瑞拉,而妇女的参与社会生产和实验方向的政治过程和非常有影响力。根据《顺从竞技场》(2017,第171页)的数据:“在大众权力的构建中,主要涉及一种性别:女性;超过60%的社区委员会是由妇女组成和领导的”;d)总的来说,有证据表明,在委内瑞拉玻利瓦尔共和国建设公共国家的过程中,公共运动与社会主义攻势一起向前推进。而MST,在不同程度上,成功地将自己定位为高乔农民的“积极抵抗”替代方案,基于“生态生产集团”的经验(MARTINS, 2019)。
本文章由计算机程序翻译,如有差异,请以英文原文为准。
EMBRIÕES DO PODER POPULAR? UM ESTUDO COMPARADO DAS EXPERIÊNCIAS AGRÁRIAS DE TRABALHO E EDUCAÇÃO NO BRASIL E VENEZUELA
Esta pesquisa se insere no debate sobre o projeto destrutivo do capital e as alternativas de trabalho, educacao, cooperacao e auto-organizacao do campesinato latino-americano. A pesquisa se desenvolveu em dois paises: Brasil e Venezuela, em territorios rurais, onde foram acompanhadas duas experiencias agricolas nos Assentamentos Rurais da Reforma Agraria do Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra (MST), no Brasil e duas experiencias nas Comunas Socialistas (CS), ligadas ao Movimento Comunero na Republica Bolivariana na Venezuela. A pesquisa teve como objetivo principal analisar em que medida a luta politica travada pelos trabalhadores e trabalhadoras camponeses desenvolve consciencia de classe, auto-organizacao e experiencia na organizacao politica na perspectiva da emancipacao humana, autogestao e do poder popular. A partir deste objetivo, levantamos diversas indagacoes, tais como: de que forma tais experiencias tentam romper com a conhecida cisao entre concepcao e execucao do trabalho? Como a auto-organizacao dos trabalhadores e trabalhadoras se relaciona a um projeto alternativo ao capitalismo? As experiencias apontam para algo alem do conhecido desenvolvimentismo? Questionamos tambem quais sao os aspectos e elementos que evidenciam que as experiencias de producao ecologicas dos assentamentos do MST e das comunas agrarias bolivarianas, inseridas na proposta do Socialismo do seculo XXI, tem sido aquilo que se contrapoe: oposicao aos modelos produtivos do agronegocio e do rentismo? Mas o que ha em comum entre Brasil e Venezuela? Porque a escolha da Venezuela, se essa nao se trata de um pais tipicamente agrario? Quais paralelos comparativos seriam possiveis entre Assentamentos e Comunas? O criterio que nos levou a escolha dessas experiencias foram algumas razoes: a primeira da-se pela expressao do que a experiencia do MST e os Conselhos Comunais Venezuelanos vem representando nos ultimos anos e a segunda porque ambas as experiencias populares partem de concepcoes chave desta investigacao, quais sejam: a soberania alimentar, cooperacao, a autodeterminacao dos povos e o poder popular. A metodologia da pesquisa consistiu na perspectiva teorica do Materialismo Historico Dialetico (TRIVINOS, 1987; KOSIK, 2011), no campo da pesquisa qualitativa em educacao (LUDKE, 1986), delimitando-se um estudo comparado (FRANCO, 1992; 2002; 2009). Os procedimentos metodologicos envolveram revisao de literatura, analise documental, levantamento de dados primarios e secundarios, fase exploratoria e trabalho de campo. O trabalho de campo foi realizado nos assentamentos: Capela e Filhos de Sepe, na Regiao Metropolitana de Porto Alegre/RS e nas Comunas Socialistas: El Maizal e Che Guevara localizados nos municipios de Simon Planas e Caracciolo Parra Olmiedo. O levantamento de dados variou entre os anos de 2016 a 2020, o primeiro constituiu-se na fase exploratoria e o segundo no trabalho de campo e a coleta de dados finais, para realizacao da coleta de dados, foram utilizadas primordialmente as entrevistas semiestruturadas. Tambem, de forma complementar, a observacao participante, que foi realizada com o intuito de observacao das diversas interacoes nos espacos pesquisados. E ainda tivemos como apoio o diario de campo, que teve o objetivo acompanhar as atividades, reunioes e assembleias. O diario de campo auxiliou nas anotacoes e memorias dos procedimentos e interacoes cotidianas dos assentamentos e das comunas. O trabalho esta estruturado em quatro capitulos. No primeiro capitulo, buscamos trazer o debate sobre o metodo de pesquisa e os acumulos epistemologicos, alem das imersoes nos campos de pesquisa, para os processos metodologicos do estudo comparado, o capitulo tambem busca resgatar as contribuicoes da atualidade (estado da questao) sobre as questoes agrarias e as experiencias cooperativadas a partir de buscas em periodicos, eventos, etc. No segundo capitulo, tem por objetivo discutir o papel do estado, do cooperativismo e da construcao do poder popular e resgatar duas das principais experiencias do chamado controle operario: a primeira experiencia de poder da classe trabalhadora, a Comuna de Paris e a experiencia dos Sovietes na Russia. Alem do debate das experiencias de construcao do poder dos trabalhadores, abordamos brevemente o papel da educacao na construcao da consciencia socialista durante os processos revolucionarios. No terceiro capitulo, recupera o desenvolvimento historico da questao agraria no Brasil e na Venezuela demonstrando as fases de dominacao imperialista do capital sobre a terra e o trabalho e as propostas de desenvolvimento que foram sendo gestadas nos paises investigados. O quarto capitulo, consiste nas analises dos espacos investigados no Rio Grande do Sul/RS: a) Assentamento Capela; b) Assentamento Filhos de Sepe; e na Republica Bolivariana da Venezuela: a) Comuna Socialista El Maizal; b) Comuna Socialista Che Guevara Mesa Julia. E, por fim, os resultados e consideracoes finais desta investigacao sustentam a hipotese formulada e demonstram que embora permeadas de contradicoes, as experiencias investigadas, indicam “janelas” que apontam alternativas viaveis para problematizar “as estrategias anticapitalistas e os instrumentos politicos que permitem construir o poder popular do seculo XXI”. Constroem, assim, na atualidade um importante farol de resistencia dos trabalhadores e das trabalhadoras do campo e da cidade. As experiencias de producao ecologicas de arroz do MST e as Comunas Agrarias Republica Bolivariana da Venezuela, inovam ao invocar na praxis do trabalho cooperativo, a agroecologia o poder popular e a auto-organizacao dos trabalhadores e trabalhadoras. Revelam o carater essencialmente contraditorio do capital, demonstram a possibilidade da construcao de resistencias ao modelo do agronegocio e ao rentismo petrolifero, bem como engendram processos educativos que sinalizam saltos qualitativos no âmbito da formacao humana e da autogestao, pelos processos de coletivizacao dos meios de producao, que envolvem multiplas tecnicas e o conhecimento relativo tanto ao planejamento quanto a execucao das atividades, contribuem para a construcao do poder popular nos territorios investigados. Assim, conclui-se que: a) embora as experiencias pesquisadas nao eliminem a alienacao do trabalho, a propriedade e a posse dos meios de producao, o trabalho em seu sentido ontologico, a educacao politecnica e a ciencia agroecologica trazem para os trabalhadores/as a possibilidade de articular os saberes que a organizacao capitalista do trabalho fragmentou; b) os processos educativos com novas culturas do trabalho, novas matrizes produtivas forjam na praxis da producao coletiva novas relacoes de organizacao, producao, educacao e insubordinacao; c) Sobre o protagonismo das mulheres e o poder popular, nos assentamentos do MST verificamos a ampla participacao permanente das mulheres, na lideranca das frentes produtivas de panificacao e comercializacao nas feiras agroecologicas, enquanto que, na Venezuela a participacao das mulheres nas experiencias de producao social e na direcao dos processos politicos e bastante impactante. Conforme dados de Obediente e Arena (2017, p. 171): “en la construccion del Poder Popular interviene mayoritariamente un genero: las mujeres; mas del 60% de los consejos comunales estan integrados e impulsados por mujeres”; d) de modo geral, pode-se evidenciar que o Movimento Comunero avanca com a Ofensiva Socialista na construcao do Estado Comunal na Republica Bolivariana da Venezuela. Enquanto o MST, em graus diversos, consegue se colocar como uma alternativa de “resistencia ativa” para o campesinato gaucho, a partir da experiencia do “conglomerado de producao ecologica” (MARTINS, 2019).
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