{"title":"在《这个世界灵魂的完美厨师》中成为诗歌写作的虚构","authors":"Elisabete Alfeld","doi":"10.11606/issn.2596-2477.i46p47-65","DOIUrl":null,"url":null,"abstract":"O estudo apresenta algumas considerações sobre O perfeito cozinheiro das almas deste mundo (Oswald de Andrade). O instante da escrita coletiva do diário compreendeu o período de 1918 a 1919, um registro da criação em ato, um processo contínuo de troca de mensagens sobre os mais variados e inusitados assuntos escritos de modo irreverente e descompromissado. Essa modalidade anuncia uma escrita do devir, uma vez que não-representativa, expande seus limites e situa-se no limiar entre prosa e poesia. Esse traço singular da obra é revelador de uma escrita potencialmente inventiva que experimenta caminhos; portanto, uma escrita inacabada ou mesmo uma não-escrita que coloca o literário ao lado do informe, do inacabado. A releitura do diário nos permite, pela crítica genética, colocá-lo em ação novamente e apreender, a partir de rastros arqueológicos e da matriz inventiva precursora da poética do Modernismo, o devir da escrita em ato de fabulação.","PeriodicalId":426966,"journal":{"name":"Manuscrítica: Revista de Crítica Genética","volume":"55 1","pages":"0"},"PeriodicalIF":0.0000,"publicationDate":"2022-07-05","publicationTypes":"Journal Article","fieldsOfStudy":null,"isOpenAccess":false,"openAccessPdf":"","citationCount":"0","resultStr":"{\"title\":\"Devires e fabulação da escrita poética em 'O perfeito cozinheiro das almas deste mundo'\",\"authors\":\"Elisabete Alfeld\",\"doi\":\"10.11606/issn.2596-2477.i46p47-65\",\"DOIUrl\":null,\"url\":null,\"abstract\":\"O estudo apresenta algumas considerações sobre O perfeito cozinheiro das almas deste mundo (Oswald de Andrade). O instante da escrita coletiva do diário compreendeu o período de 1918 a 1919, um registro da criação em ato, um processo contínuo de troca de mensagens sobre os mais variados e inusitados assuntos escritos de modo irreverente e descompromissado. Essa modalidade anuncia uma escrita do devir, uma vez que não-representativa, expande seus limites e situa-se no limiar entre prosa e poesia. Esse traço singular da obra é revelador de uma escrita potencialmente inventiva que experimenta caminhos; portanto, uma escrita inacabada ou mesmo uma não-escrita que coloca o literário ao lado do informe, do inacabado. A releitura do diário nos permite, pela crítica genética, colocá-lo em ação novamente e apreender, a partir de rastros arqueológicos e da matriz inventiva precursora da poética do Modernismo, o devir da escrita em ato de fabulação.\",\"PeriodicalId\":426966,\"journal\":{\"name\":\"Manuscrítica: Revista de Crítica Genética\",\"volume\":\"55 1\",\"pages\":\"0\"},\"PeriodicalIF\":0.0000,\"publicationDate\":\"2022-07-05\",\"publicationTypes\":\"Journal Article\",\"fieldsOfStudy\":null,\"isOpenAccess\":false,\"openAccessPdf\":\"\",\"citationCount\":\"0\",\"resultStr\":null,\"platform\":\"Semanticscholar\",\"paperid\":null,\"PeriodicalName\":\"Manuscrítica: Revista de Crítica Genética\",\"FirstCategoryId\":\"1085\",\"ListUrlMain\":\"https://doi.org/10.11606/issn.2596-2477.i46p47-65\",\"RegionNum\":0,\"RegionCategory\":null,\"ArticlePicture\":[],\"TitleCN\":null,\"AbstractTextCN\":null,\"PMCID\":null,\"EPubDate\":\"\",\"PubModel\":\"\",\"JCR\":\"\",\"JCRName\":\"\",\"Score\":null,\"Total\":0}","platform":"Semanticscholar","paperid":null,"PeriodicalName":"Manuscrítica: Revista de Crítica Genética","FirstCategoryId":"1085","ListUrlMain":"https://doi.org/10.11606/issn.2596-2477.i46p47-65","RegionNum":0,"RegionCategory":null,"ArticlePicture":[],"TitleCN":null,"AbstractTextCN":null,"PMCID":null,"EPubDate":"","PubModel":"","JCR":"","JCRName":"","Score":null,"Total":0}
Devires e fabulação da escrita poética em 'O perfeito cozinheiro das almas deste mundo'
O estudo apresenta algumas considerações sobre O perfeito cozinheiro das almas deste mundo (Oswald de Andrade). O instante da escrita coletiva do diário compreendeu o período de 1918 a 1919, um registro da criação em ato, um processo contínuo de troca de mensagens sobre os mais variados e inusitados assuntos escritos de modo irreverente e descompromissado. Essa modalidade anuncia uma escrita do devir, uma vez que não-representativa, expande seus limites e situa-se no limiar entre prosa e poesia. Esse traço singular da obra é revelador de uma escrita potencialmente inventiva que experimenta caminhos; portanto, uma escrita inacabada ou mesmo uma não-escrita que coloca o literário ao lado do informe, do inacabado. A releitura do diário nos permite, pela crítica genética, colocá-lo em ação novamente e apreender, a partir de rastros arqueológicos e da matriz inventiva precursora da poética do Modernismo, o devir da escrita em ato de fabulação.