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O presente artigo se propõe a analisar historicamente o posicionamento de psicanalistas sobre a temática das transexualidades. Nosso interesse, diante da análise, é apresentar uma reflexão sobre a posição dos psicanalistas, perguntando-nos se tal posicionamento reforça, ou não, a estigmatização e patologização das experiências trans. Essa perspectiva nos permitiu pensar na hipótese de que a postura dos psicanalistas poderia ser transfóbica mesmo tendo a psicanálise uma posição de exteriorização às normatividades de sua época. Nas conclusões, indicamos que as transfobias psicanalíticas produzem percepções estereotipadas, negativas e atos discriminatórios, que deslegitimam as experiências trans como possíveis e fora do campo da psicopatologia. Tal apontamento reforça a necessidade de uma desconstrução da própria psicanálise para que possamos romper com os discursos opressivos, normativos e colonizadores pela via da psicanálise.