Avaliação de desempenho na movimentação de cargas em portos e terminais portuários: revisão da literatura

Os avanços do comércio mundial nas últimas décadas, com o acelerado desenvolvimento de novas tecnologias, bem como a integração comercial entre os países, aceleraram também o processo de interação entre as cadeias logísticas mundiais, de modo que a competitividade passou a ser avaliada mundialmente, em um cenário altamente concorrente. O transporte passou a ser um fator de extrema necessidade no planejamento das organizações, uma vez que a redução de custos e o aumento da eficiência trazem uma vantagem competitiva ao mercado. Assim, as estruturas portuárias são os principais caminhos pelos quais a riqueza produzida é movimentada e comercializada, sendo necessário avaliar o desempenho na movimentação de cargas em portos e terminais portuários, de modo que sejam reconhecidos como alavancas para o desenvolvimento econômico, o aumento da produtividade e a geração de emprego e renda. Dessa forma, o presente artigo buscou mapear e analisar a literatura relevante existente sobre a temática, com base na utilização do instrumento de intervenção Knowledge Development Process-Constructivist (ProKnow-C) para nortear a seleção e análise crítica da literatura de forma sistemática. Os resultados encontrados demonstram que a literatura atual em relação à temática se preocupa com mais intensidade sobre o contexto de gestão, mercado e infraestrutura eficiência e operacional, com domínio dos indicadores ligados à produtividade operacional das cargas e sua localização geográfica em relação aos ambientes portuários, demonstrando grande preocupação com a redução de custos aos usuários e ao consumidor final. Aponta-se como oportunidade de pesquisa o desenvolvimento de uma avaliação de desempenho feita de forma integrada e holística, levando em consideração as percepções do(s) gestores(es), uma vez que os artigos do portfólio bibliográfico (PB) abordam e avaliam, em sua maioria, apenas um fragmento do contexto, em vez da avaliação global e estruturada. Isso leva a uma visão fracionada da performance, o que pode conduzir a decisões equivocadas, além de deixar de considerar e perceber oportunidades mais vantajosas.