M. Barbosa, L. Jorge, G. Benedetti, N. Medvedovski
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Em decorrência de transformações demográficas, sociais e econômicas, emergem novos arranjos familiares e modos de vida que rivalizam com a padronização arquitetônica imposta pelo empreendimento. O trabalho emprega instrumentos de Avaliação Pós-Ocupação (APO) de modo a decifrar, no cerne dos grupos familiares investigados, as alterações construtivas executadas e sua relação com os distintos estágios do ciclo de vida da família. O método empregado envolve coleta da documentação técnica das unidades, levantamento de campo, entrevista semiestruturada, análises gráficas. Cada uma das residências selecionadas para a amostra abriga grupos familiares representativos da sociedade contemporânea brasileira que buscaram, através de instrumentos de flexibilidade e evolutividade construtiva, adequações às demandas contínuas de modificação do espaço doméstico. 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CICLO DE VIDA FAMILIAR E TRANSFORMAÇÃO DA HABITAÇÃO
As Companhias Habitacionais (COHAB) impulsionaram o segmento da habitação popular no Brasil a partir de 1964, sendo parte de uma das políticas públicas mais expressivas do setor, com a materialização de milhares de conjuntos habitacionais de massa voltados para as classes de baixa renda. Exemplares do movimento moderno funcionalista, com unidades tipificadas e compactas, as COHABs acolheram a tradicional família brasileira na sua origem, entretanto, abrigam transformações profundas em sua estrutura física diante das novas demandas da sociedade contemporânea. Este trabalho identifica, à luz das modificações dos arranjos familiares, as demandas e as estratégias construtivas empregadas na transformação das unidades residenciais do Conjunto Habitacional Lindóia, localizado no município de Pelotas/RS. Em decorrência de transformações demográficas, sociais e econômicas, emergem novos arranjos familiares e modos de vida que rivalizam com a padronização arquitetônica imposta pelo empreendimento. O trabalho emprega instrumentos de Avaliação Pós-Ocupação (APO) de modo a decifrar, no cerne dos grupos familiares investigados, as alterações construtivas executadas e sua relação com os distintos estágios do ciclo de vida da família. O método empregado envolve coleta da documentação técnica das unidades, levantamento de campo, entrevista semiestruturada, análises gráficas. Cada uma das residências selecionadas para a amostra abriga grupos familiares representativos da sociedade contemporânea brasileira que buscaram, através de instrumentos de flexibilidade e evolutividade construtiva, adequações às demandas contínuas de modificação do espaço doméstico. O artigo revela, ainda, a capacidade tipológica do ambiente construído em abrigar estratégias de flexibilidade e ampliação, que poderiam ser aprimoradas com a assessoria técnica profissional.