{"title":"O analÓgico a serviÇo做流媒体:更奇怪的事情是电视","authors":"Pedro Artur Baptista Lauria","doi":"10.7867/1981-9943.2022v16n1p053-071","DOIUrl":null,"url":null,"abstract":"Stranger Things, uma das séries mais assistidas na Netflix, se destaca a partir de sua recriação da década de 1980, repleta de referências nostálgicas: seja à filmes, músicas, moda, produtos ou eventos históricos. Já WandaVision da Disney+ foi durante sua exibição a série mais assistida dentre todos os canais de streaming. A série, que faz parte do universo Marvel, passa pelos diferentes períodos estéticos das sitcoms da segunda metade do século XX. Sendo ambos seriados carros chefes de suas respectivas plataformas de streaming, o presente artigo procura explorar a dicotomia, os desdobramentos e os mecanismos que fazem com que Stranger Things e WandaVision ocupem um lugar híbrido. Analisaremos como tais séries romantizam o passado emulando estéticas de décadas anteriores, desenvolvem uma profunda tecnostalgia analógica e acabam por influenciar em um comportamento de espectatorialidade de suas audiências que remete à de séries pré-streaming. Faremos tais aprofundamentos, sempre colocando em consideração que esses produtos audiovisuais são parte integral de serviços digitais que representam a obsolescência desses elementos e tecnologias analógicas. Mais do que simplesmente contraditório, tal dualidade parece ser instrumental em um momento em que a saturação do espectador com velocidade tecnológica e da hegemonia do digital fica cada vez mais evidente.","PeriodicalId":151958,"journal":{"name":"Linguagens - Revista de Letras, Artes e Comunicação","volume":"60 1","pages":"0"},"PeriodicalIF":0.0000,"publicationDate":"2022-07-14","publicationTypes":"Journal Article","fieldsOfStudy":null,"isOpenAccess":false,"openAccessPdf":"","citationCount":"0","resultStr":"{\"title\":\"O ANALÓGICO A SERVIÇO DO STREAMING: STRANGER THINGS E WANDAVISION\",\"authors\":\"Pedro Artur Baptista Lauria\",\"doi\":\"10.7867/1981-9943.2022v16n1p053-071\",\"DOIUrl\":null,\"url\":null,\"abstract\":\"Stranger Things, uma das séries mais assistidas na Netflix, se destaca a partir de sua recriação da década de 1980, repleta de referências nostálgicas: seja à filmes, músicas, moda, produtos ou eventos históricos. Já WandaVision da Disney+ foi durante sua exibição a série mais assistida dentre todos os canais de streaming. A série, que faz parte do universo Marvel, passa pelos diferentes períodos estéticos das sitcoms da segunda metade do século XX. Sendo ambos seriados carros chefes de suas respectivas plataformas de streaming, o presente artigo procura explorar a dicotomia, os desdobramentos e os mecanismos que fazem com que Stranger Things e WandaVision ocupem um lugar híbrido. Analisaremos como tais séries romantizam o passado emulando estéticas de décadas anteriores, desenvolvem uma profunda tecnostalgia analógica e acabam por influenciar em um comportamento de espectatorialidade de suas audiências que remete à de séries pré-streaming. Faremos tais aprofundamentos, sempre colocando em consideração que esses produtos audiovisuais são parte integral de serviços digitais que representam a obsolescência desses elementos e tecnologias analógicas. Mais do que simplesmente contraditório, tal dualidade parece ser instrumental em um momento em que a saturação do espectador com velocidade tecnológica e da hegemonia do digital fica cada vez mais evidente.\",\"PeriodicalId\":151958,\"journal\":{\"name\":\"Linguagens - Revista de Letras, Artes e Comunicação\",\"volume\":\"60 1\",\"pages\":\"0\"},\"PeriodicalIF\":0.0000,\"publicationDate\":\"2022-07-14\",\"publicationTypes\":\"Journal Article\",\"fieldsOfStudy\":null,\"isOpenAccess\":false,\"openAccessPdf\":\"\",\"citationCount\":\"0\",\"resultStr\":null,\"platform\":\"Semanticscholar\",\"paperid\":null,\"PeriodicalName\":\"Linguagens - Revista de Letras, Artes e Comunicação\",\"FirstCategoryId\":\"1085\",\"ListUrlMain\":\"https://doi.org/10.7867/1981-9943.2022v16n1p053-071\",\"RegionNum\":0,\"RegionCategory\":null,\"ArticlePicture\":[],\"TitleCN\":null,\"AbstractTextCN\":null,\"PMCID\":null,\"EPubDate\":\"\",\"PubModel\":\"\",\"JCR\":\"\",\"JCRName\":\"\",\"Score\":null,\"Total\":0}","platform":"Semanticscholar","paperid":null,"PeriodicalName":"Linguagens - Revista de Letras, Artes e Comunicação","FirstCategoryId":"1085","ListUrlMain":"https://doi.org/10.7867/1981-9943.2022v16n1p053-071","RegionNum":0,"RegionCategory":null,"ArticlePicture":[],"TitleCN":null,"AbstractTextCN":null,"PMCID":null,"EPubDate":"","PubModel":"","JCR":"","JCRName":"","Score":null,"Total":0}
O ANALÓGICO A SERVIÇO DO STREAMING: STRANGER THINGS E WANDAVISION
Stranger Things, uma das séries mais assistidas na Netflix, se destaca a partir de sua recriação da década de 1980, repleta de referências nostálgicas: seja à filmes, músicas, moda, produtos ou eventos históricos. Já WandaVision da Disney+ foi durante sua exibição a série mais assistida dentre todos os canais de streaming. A série, que faz parte do universo Marvel, passa pelos diferentes períodos estéticos das sitcoms da segunda metade do século XX. Sendo ambos seriados carros chefes de suas respectivas plataformas de streaming, o presente artigo procura explorar a dicotomia, os desdobramentos e os mecanismos que fazem com que Stranger Things e WandaVision ocupem um lugar híbrido. Analisaremos como tais séries romantizam o passado emulando estéticas de décadas anteriores, desenvolvem uma profunda tecnostalgia analógica e acabam por influenciar em um comportamento de espectatorialidade de suas audiências que remete à de séries pré-streaming. Faremos tais aprofundamentos, sempre colocando em consideração que esses produtos audiovisuais são parte integral de serviços digitais que representam a obsolescência desses elementos e tecnologias analógicas. Mais do que simplesmente contraditório, tal dualidade parece ser instrumental em um momento em que a saturação do espectador com velocidade tecnológica e da hegemonia do digital fica cada vez mais evidente.