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A educação pelo aríete: uma leitura da poesia de Ricardo Vieira Lima
Aríete: poemas escolhidos (2021) é a estreia de Ricardo Vieira Lima na poesia brasileira contemporânea, apesar da ideia de antologia presente no título do livro. O aspecto antológico, porém, foi levado em consideração durante a composição do volume, cujos poemas vêm sendo gestados desde 1989. Do final da referida década até 2013, o autor chegou a elaborar três obras – todas, no entanto, jamais vindas a lume, sem contar suas publicações avulsas em revistas ou sua participação em mais de dez coletâneas. Aríete: poemas escolhidos é, portanto, a culminância de um trabalho de 30 anos de seleção, escrita e reescrita de poemas. Este ensaio propõe uma leitura da poesia limiana, inicialmente a partir dos significados do próprio título do livro: o aríete é, antes de tudo, um equipamento bélico usado para arrombar muralhas – no texto, paredes. Ao mesmo tempo, se transfigura no processo doloroso que circunda a escrita de poesia, no qual é necessário bater cabeça, tal como a extremidade capitular do próprio aríete, e que, em última análise, remete ao cerebralismo do autor, ecoante em toda sua obra. Nessa poesia, o aríete também é símbolo de fecundidade – e, por extensão, de força –, em que falo e corno se conjugam, uma vez que, tradicionalmente, o aríete é constituído de uma cabeça metálica de carneiro apensa a um tronco largo.