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INOVAÇÕES TECNOLÓGICAS E PERENIZAÇÃO DA DEGRADAÇÃO SISTÊMICA DO TRABALHO
Este texto discute a contrarreforma da Previdência Social (PS) ocorrida no Brasil, em 2019, que afeta sobremaneira o acesso aos benefícios previdenciários, especialmente quando se considera a informalidade do mercado de trabalho e a dificuldade de manter a contribuição necessária para o direito à aposentadoria de grande parcela da classe trabalhadora, como é o caso do trabalho rural. A análise destaca elementos da contrarreforma trabalhista de 2017 e da PS para o trabalho no setor rural, em relação direta com a adoção de novos incrementos tecnológicos, de ênfase digital e informacional, os quais ganharam maior expressão com a pandemia da COVID-19, mas que são peculiares à expansão do capital, portanto, são anteriores ao período pandêmico. Este momento histórico do desenvolvimento do capital redefine o seu poder de controle sobre o trabalho e geopolítico. Portanto, as tendências contrarreformistas dos direitos sociais, a extinção dos aparatos protetivos e demais racionalidades neoliberais não podem ser vistas desvinculadas do movimento mais geral do capital, porque constituem partes do mesmo movimento de ampliar a produtividade, racionalizar os custos, ampliar as taxas de acumulação e o controle sobre o trabalho e a natureza.