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Foi utilizado como descritores “Sífilis Congênita” e “prevalência” sendo encontrados 26 artigos acerca do tema, dos quais 2 foram excluídos por duplicação. Desta forma, 24 artigos foram usados para compor essa revisão bibliográfica. Resultados: Os aspectos socioeconômicos maternos como idade entre 20-29 anos durante a gestação, cor parda e escolaridade menor do que 8 anos são características importantes relacionados a alta prevalência da sífilis congênita no Brasil. Ademais, questões como o diagnostico tardio da infecção na gestante – que ocorre principalmente durante o parto ou curetagem -, o que inviabiliza ou dificulta o tratamento e ausência do tratamento do parceiro são situações que foram relacionados a essa dominância da sífilis congênita no Brasil, refletindo a falha na assistência e acompanhamento do pré-natal dessas gestantes. Conclusão: apesar de sua predominância vir decaindo desde 2018, o Brasil ainda é um país que apresenta uma alta prevalência de casos de sífilis congênita. Os principais fatores de risco para o desenvolvimento dessa infecção são os aspectos socioeconômicos maternos tais como gestantes entre 20-29 anos, que se identifica como parda, e com menos de 8 anos de escolaridade. Além disso, as falhas na assistência pré-natal como a ausência de diagnóstico precoce da sífilis na mãe e o não tratamento dos parceiros da gestante infectada são fatores que também merecem destaque para o crescimento da doença.","PeriodicalId":136597,"journal":{"name":"Anais do I Congresso Brasileiro de Estudos Epidemiológicos On-line","volume":"278 1","pages":"0"},"PeriodicalIF":0.0000,"publicationDate":"2022-05-11","publicationTypes":"Journal Article","fieldsOfStudy":null,"isOpenAccess":false,"openAccessPdf":"","citationCount":"0","resultStr":"{\"title\":\"FATORES RELACIONADOS A ALTA PREVALÊNCIA DE SÍFILIS CONGÊNITA NO BRASIL: UMA REVISÃO BIBLIOGRAFICA\",\"authors\":\"L. Silva\",\"doi\":\"10.51161/epidemion/7134\",\"DOIUrl\":null,\"url\":null,\"abstract\":\"Introdução: A sífilis, doença causada pela bactéria treponema pallidum, atualmente se configura como uma das infecções sexualmente transmissíveis mais comum em todo o mundo. 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FATORES RELACIONADOS A ALTA PREVALÊNCIA DE SÍFILIS CONGÊNITA NO BRASIL: UMA REVISÃO BIBLIOGRAFICA
Introdução: A sífilis, doença causada pela bactéria treponema pallidum, atualmente se configura como uma das infecções sexualmente transmissíveis mais comum em todo o mundo. Além da via sexual, outras formas de contaminações da doença são por transfusão sanguínea e transmissão vertical. Essa passagem da bactéria pela placenta torna o feto suscetível a desenvolver sífilis congênita, segunda causa de morte fetal evitável em todo o mundo e que, até 2018, vinha apresentando um aumento progressivo no Brasil. Objetivo: Identificar e analisar quais são os principais fatores relacionados a alta prevalência de sífilis congênita no Brasil. Metodologia: o presente estudo trata-se de uma revisão de bibliografia baseada em artigos publicados na plataforma Scielo, PUBMED e BVS nos últimos 10 anos. Foi utilizado como descritores “Sífilis Congênita” e “prevalência” sendo encontrados 26 artigos acerca do tema, dos quais 2 foram excluídos por duplicação. Desta forma, 24 artigos foram usados para compor essa revisão bibliográfica. Resultados: Os aspectos socioeconômicos maternos como idade entre 20-29 anos durante a gestação, cor parda e escolaridade menor do que 8 anos são características importantes relacionados a alta prevalência da sífilis congênita no Brasil. Ademais, questões como o diagnostico tardio da infecção na gestante – que ocorre principalmente durante o parto ou curetagem -, o que inviabiliza ou dificulta o tratamento e ausência do tratamento do parceiro são situações que foram relacionados a essa dominância da sífilis congênita no Brasil, refletindo a falha na assistência e acompanhamento do pré-natal dessas gestantes. Conclusão: apesar de sua predominância vir decaindo desde 2018, o Brasil ainda é um país que apresenta uma alta prevalência de casos de sífilis congênita. Os principais fatores de risco para o desenvolvimento dessa infecção são os aspectos socioeconômicos maternos tais como gestantes entre 20-29 anos, que se identifica como parda, e com menos de 8 anos de escolaridade. Além disso, as falhas na assistência pré-natal como a ausência de diagnóstico precoce da sífilis na mãe e o não tratamento dos parceiros da gestante infectada são fatores que também merecem destaque para o crescimento da doença.