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As (re)configurações subjetivas e identitárias de negros na Universidade: Fricções epistêmicas e aquilombamento acadêmico
Considerando uma perspectiva decolonial, em que as universidades atuam como instituições colonialistas, essas se mostram como um lócus fértil para pesquisar a vivência de sujeitos que fogem do ideal eurocêntrico. Este artigo analisa os processos de subjetivação, sofrimento e resistência que perpassam as trajetórias de quatro estudantes negros de graduação e pós-graduação da Universidade de Brasília, pertencentes a diferentes coletivos negros. A pesquisa se inspira na epistemologia qualitativa e no método construtivo-interpretativo, e enfatiza a relação colaborativa na produção de conhecimento. Nos encontros entre pesquisador e sujeitos de pesquisa foram realizadas duas entrevistas semiestruturadas que geraram os seguintes indicadores: (1) racialização (crítica), (2) choque e sofrimento ao entrar na Universidade, (3) aquilombamento acadêmico, e (4) negras epistemologias, os quais apontam para centralidade dos coletivos negros em suas trajetórias, mediando sofrimentos e fortalecimentos. Em comum, as fricções trouxeram (re)configurações subjetivas e o aquilombamento acadêmico foi sinônimo de sobrevivência e saúde mental.