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SENTIDOS SOBRE CORPO, ESTUPRO E INTERDIÇÃO EM “SOL, LUA E TÁLIA”
Este estudo possui como objetivo analisar o funcionamento discursivo do estupro no conto “Sol, Lua e Tália” de Basile (1634), numa relação entre corpo, memória e interdição. Os sentidos produzidos pela análise colocam em funcionamento uma relação de poder e de sentidos sobre os sujeitos, através de comportamentos que marcam na posição sujeito-mulher uma interdição do desejo. Nessa relação, é no/pelo corpo que esses sentidos se constituem, numa projeção da violência e da interdição, marcados pelos modos de dizer o estupro, sempre de outro modo, como “colheu dela os frutos do amor”, como “posse de meu território”.