{"title":"《荒谬的神化》中的荒谬,费尔南多·佩索阿的《不安》一书的片段","authors":"Leicina Alves Xavier Pires","doi":"10.18224/GUA.V10I2.8805","DOIUrl":null,"url":null,"abstract":"Este trabalho tem por objetivo delinear o processo artístico de Fernando Pessoa (2011), em Apoteose do Absurdo, fragmento do Livro do Desassossego, de acordo com a abordagem fenomenológica do absurdo. Para isso, utilizamos do pensamento de Camus (2011, p. 21): “O homem é a única criatura que se recusa a ser o que é. A questão é saber se esta recusa não pode levá-lo senão à destruição dos outros e de si próprio, se toda revolta deve acabar em justificação do assassinato universal”. Assim, “a revolta nasce do espetáculo da desrazão diante de uma condição injusta e incompreensível” (CAMUS, 2011, p. 21). O absurdo permite a dissimulação da obra, anulando as suas próprias razões, de maneira a passar da visão estética para a transestética, ou seja, da simulação à dissimulação. Inicialmente será realizado um panorama sobre a arte enquanto discurso ao contradiscurso, no sentido foucaultiano, atendo-se à estética do absurdo no conceito de Camus. O estudo, portanto, tem como base teórica a fenomenologia de Camus (1965, 1989, 2006, 2011) e de Baudrillard (1991).","PeriodicalId":235787,"journal":{"name":"Revista Guará - Revista de Linguagem e Literatura","volume":"63 1","pages":"0"},"PeriodicalIF":0.0000,"publicationDate":"2021-04-15","publicationTypes":"Journal Article","fieldsOfStudy":null,"isOpenAccess":false,"openAccessPdf":"","citationCount":"1","resultStr":"{\"title\":\"O ABSURDO EM APOTEOSE DO ABSURDO, FRAGMENTO DO LIVRO DO DESASSOSSEGO DE FERNANDO PESSOA PERDAS E AUSÊNCIAS NA LITERATURA CONTEMPORÂNEA\",\"authors\":\"Leicina Alves Xavier Pires\",\"doi\":\"10.18224/GUA.V10I2.8805\",\"DOIUrl\":null,\"url\":null,\"abstract\":\"Este trabalho tem por objetivo delinear o processo artístico de Fernando Pessoa (2011), em Apoteose do Absurdo, fragmento do Livro do Desassossego, de acordo com a abordagem fenomenológica do absurdo. Para isso, utilizamos do pensamento de Camus (2011, p. 21): “O homem é a única criatura que se recusa a ser o que é. A questão é saber se esta recusa não pode levá-lo senão à destruição dos outros e de si próprio, se toda revolta deve acabar em justificação do assassinato universal”. Assim, “a revolta nasce do espetáculo da desrazão diante de uma condição injusta e incompreensível” (CAMUS, 2011, p. 21). O absurdo permite a dissimulação da obra, anulando as suas próprias razões, de maneira a passar da visão estética para a transestética, ou seja, da simulação à dissimulação. Inicialmente será realizado um panorama sobre a arte enquanto discurso ao contradiscurso, no sentido foucaultiano, atendo-se à estética do absurdo no conceito de Camus. O estudo, portanto, tem como base teórica a fenomenologia de Camus (1965, 1989, 2006, 2011) e de Baudrillard (1991).\",\"PeriodicalId\":235787,\"journal\":{\"name\":\"Revista Guará - Revista de Linguagem e Literatura\",\"volume\":\"63 1\",\"pages\":\"0\"},\"PeriodicalIF\":0.0000,\"publicationDate\":\"2021-04-15\",\"publicationTypes\":\"Journal Article\",\"fieldsOfStudy\":null,\"isOpenAccess\":false,\"openAccessPdf\":\"\",\"citationCount\":\"1\",\"resultStr\":null,\"platform\":\"Semanticscholar\",\"paperid\":null,\"PeriodicalName\":\"Revista Guará - Revista de Linguagem e Literatura\",\"FirstCategoryId\":\"1085\",\"ListUrlMain\":\"https://doi.org/10.18224/GUA.V10I2.8805\",\"RegionNum\":0,\"RegionCategory\":null,\"ArticlePicture\":[],\"TitleCN\":null,\"AbstractTextCN\":null,\"PMCID\":null,\"EPubDate\":\"\",\"PubModel\":\"\",\"JCR\":\"\",\"JCRName\":\"\",\"Score\":null,\"Total\":0}","platform":"Semanticscholar","paperid":null,"PeriodicalName":"Revista Guará - Revista de Linguagem e Literatura","FirstCategoryId":"1085","ListUrlMain":"https://doi.org/10.18224/GUA.V10I2.8805","RegionNum":0,"RegionCategory":null,"ArticlePicture":[],"TitleCN":null,"AbstractTextCN":null,"PMCID":null,"EPubDate":"","PubModel":"","JCR":"","JCRName":"","Score":null,"Total":0}
O ABSURDO EM APOTEOSE DO ABSURDO, FRAGMENTO DO LIVRO DO DESASSOSSEGO DE FERNANDO PESSOA PERDAS E AUSÊNCIAS NA LITERATURA CONTEMPORÂNEA
Este trabalho tem por objetivo delinear o processo artístico de Fernando Pessoa (2011), em Apoteose do Absurdo, fragmento do Livro do Desassossego, de acordo com a abordagem fenomenológica do absurdo. Para isso, utilizamos do pensamento de Camus (2011, p. 21): “O homem é a única criatura que se recusa a ser o que é. A questão é saber se esta recusa não pode levá-lo senão à destruição dos outros e de si próprio, se toda revolta deve acabar em justificação do assassinato universal”. Assim, “a revolta nasce do espetáculo da desrazão diante de uma condição injusta e incompreensível” (CAMUS, 2011, p. 21). O absurdo permite a dissimulação da obra, anulando as suas próprias razões, de maneira a passar da visão estética para a transestética, ou seja, da simulação à dissimulação. Inicialmente será realizado um panorama sobre a arte enquanto discurso ao contradiscurso, no sentido foucaultiano, atendo-se à estética do absurdo no conceito de Camus. O estudo, portanto, tem como base teórica a fenomenologia de Camus (1965, 1989, 2006, 2011) e de Baudrillard (1991).