{"title":"SOM DO DISSENSO","authors":"Lineker Noberto","doi":"10.36311/2526-1843.2022.v7n11.p125-139","DOIUrl":null,"url":null,"abstract":"Tomar partidos políticos como objeto de estudo envolve riscos metodológicos a serem devidamente analisados. Alguns estudiosos tendem a compreendê-los como um grupo monolítico, isento de divergências internas, outros tantos tendem a considerá-los como um grupo intelectual restrito, um tipo de elite política, aparentemente desvinculada dos conflitos sociais que lhe perpassam e superam. Quase sempre, no entanto, a realidade, intransigente, se impõe. E se em muitos momentos, do interior destes objetos, e dos arquivos disponíveis a pesquisa, soam os ruídos de desarmonia das vozes em dissenso, em outros, o que resta é ouvir o som do silêncio. Ambos podem e devem ser interpretados pelo historiador atento. Inspirado nas ponderações de Gramsci, este artigo apresenta uma orientação teórico-metodológica de como se deve escrever sobre a história de partidos e organizações políticas, se valendo de resultados concretos de pesquisa sobre a Polop.","PeriodicalId":253923,"journal":{"name":"Revista Práxis e Hegemonia Popular","volume":"54 1","pages":"0"},"PeriodicalIF":0.0000,"publicationDate":"2023-03-17","publicationTypes":"Journal Article","fieldsOfStudy":null,"isOpenAccess":false,"openAccessPdf":"","citationCount":"0","resultStr":null,"platform":"Semanticscholar","paperid":null,"PeriodicalName":"Revista Práxis e Hegemonia Popular","FirstCategoryId":"1085","ListUrlMain":"https://doi.org/10.36311/2526-1843.2022.v7n11.p125-139","RegionNum":0,"RegionCategory":null,"ArticlePicture":[],"TitleCN":null,"AbstractTextCN":null,"PMCID":null,"EPubDate":"","PubModel":"","JCR":"","JCRName":"","Score":null,"Total":0}
Tomar partidos políticos como objeto de estudo envolve riscos metodológicos a serem devidamente analisados. Alguns estudiosos tendem a compreendê-los como um grupo monolítico, isento de divergências internas, outros tantos tendem a considerá-los como um grupo intelectual restrito, um tipo de elite política, aparentemente desvinculada dos conflitos sociais que lhe perpassam e superam. Quase sempre, no entanto, a realidade, intransigente, se impõe. E se em muitos momentos, do interior destes objetos, e dos arquivos disponíveis a pesquisa, soam os ruídos de desarmonia das vozes em dissenso, em outros, o que resta é ouvir o som do silêncio. Ambos podem e devem ser interpretados pelo historiador atento. Inspirado nas ponderações de Gramsci, este artigo apresenta uma orientação teórico-metodológica de como se deve escrever sobre a história de partidos e organizações políticas, se valendo de resultados concretos de pesquisa sobre a Polop.