sao Francisco河流域景观的变化和动态- parana西北

Neiriele Bruschi Montina, Gilmar de Oliveira, Orlando Donini Filho
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Evolution; O estudo de bacias hidrográficas, segundo a perspectiva geográfica, precisa ser embasado num esboço teórico-metodológico que contemple as interações naturezasociedade e, notadamente, como estas interações se plasmam na paisagem; esta, vista sempre como o resultado de um processo histórico, onde a estrutura socioeconômica atuou e atua sobre a estrutura geoecológica para construir a paisagem atual. MAACK (2002) descreve os reflexos do processo de ocupação do Noroeste do Paraná, onde encontramos a bacia hidrográfica do São Francisco: Da primitiva área de 167.824 Km 2 de mata virgem foram destruídos 119.688km2 e transformados em terra de cultura ou mato secundário, segundo os dados transcritos na tabela 4 {pág.224 – TABELA 40MAACK}. Da área de 48.136 Km 2 de mata virgem ainda existente em 1965 32.204 Km 2 recaem sobre remanescentes limitados da grandiosa mata pluvial tropical-subtropical e 15.0=932 Km 2 sobre mata virgem de araucárias. Atualmente já se sentem de maneira acentuada e impressionante as conseqüências desta desmatação desenfreada, sem criação de reservas cientificamente distribuídas ou de reflorestamento propriamente dito. Os trágicos acontecimentos apenas podem ser relatados superficialmente, fatos sobre os quais há decênios o autor tem chamado a atenção sem ter encontrado eco. Agora é demasiado tarde para reservar para o Estado do Paraná áreas de mata virgens racionalmente distribuídas. O último resto de mata pluvial, que durante séculos, até 1955, isolou e resguardou o espaço vital dos índios xetaza, evitando sua descoberta e destruição, foi finalmente vítima da expansão irracional da cultura cafeeira a regiões inadequadas. (p. 224-225) Neste momento irá se abordar as transformações históricas e a dinâmica atual da bacia hidrográfica do ribeirão São Francisco, para entre outros objetivos, dar continuidade e atualidade ao texto de Maack. A escolha da presente área então, chama atenção, tanto pela convivência pessoal com a bacia, como pelas transformações que aconteceram e acontecem na paisagem. As dinâmicas apresentam-se diferenciadas em três compartimentos da bacia, subdividida por nós em alta, média e baixa bacia hidrográfica do ribeirão São Francisco. As relações/interações observadas classificam a alta bacia como a parte que mais sofreu modificações, desde sua colonização até os dias atuais, desde a monocultura cafeeira às policulturas atuais. Já a média bacia também troca a cultura cafeeira por cultivos extensivos, não provocando tantos recortes na propriedade, enquanto a baixa bacia hidrográfica continua mantendo as atividades agropecuárias. De modo geral, as análises e interpretações sobre o processo de formação sócioespacial do noroeste do Paraná, enfatizam que, a partir da crise da cafeicultura (1975), os pequenos lotes foram transformados, com a compra e venda – constituindo a média/grande propriedade, que passa a se dedicar ao binômio soja-trigo. Na verdade, isto não aconteceu em toda a extensão territorial do Norte Novo e nem, mais especificamente, na bacia do São Francisco, onde se observa a permanência da sua estrutura fundiária, próxima da divisão dos lotes iniciais, que resistiu à “modernização” da agricultura no norte paranaense. O que mais se destaca, é que ao longo da bacia não ocorreram as mesmas transformações. A alta bacia do São Francisco remete-se a uma diversidade de culturas dentro da mesma propriedade, tentando atender as necessidades do próprio agrossistema. Já a média bacia introduz aos meios agrícolas, culturas como a mandioca, e mais recentemente a cana-deaçúcar, tentando atender as demandas das fecularias e das usinas de álcool. Enquanto a baixa bacia, já nas imediações do rio Paranapanema, ainda percebe-se grandes extensões de pastagens voltadas à pecuária.Diante desses fatos, é preciso considerar que a bacia oferece elementos para pensar a problemática da preservação ambiental, permitindo avaliar e lançar um olhar crítico acerca da questão. 1 O Norte Novo é delimitado pelo rio Tibagi até as barrancas do rio Ivaí, indo às margens do rio Paranapanema e ribeirão Caiuá e tendo como limite a oeste a linha traçada entre as cidades de Terra Rica e Terra Boa. Nesse compartimento regional foram implantadas algumas das mais importantes cidades do Paraná, como Londrina, Maringá, Apucarana, Arapongas e Paranavaí, além de outras como Nova Esperança, Jaguapitã e Porecatu. 2 O agrossistema é um ecossistema mutilado, organizado pelo homem para produzir uma certa qualidade e uma certa quantidade de matéria viva, vegetal ou animal. 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摘要

小溪的持续研究proposes an分析旧金山drainage盆地,研究景观的历史转换和实际的动力在哪里verified这样的组织属性,explored,将军规则,由所有者和他们的家庭和公司面向的区域发展计划conducted通过土地巴拉(CTNP)北部的巨大影响,silting为给定的antropic handles钢管通过物理潜能,= =地理= =根据美国人口普查,这个县的总面积为,其中土地和(2.641平方公里)水。基-words: 1。景观;2. Dinamic;3. 的进化;从地理角度对流域的研究需要以理论和方法大纲为基础,考虑自然和社会之间的相互作用,特别是这些相互作用是如何在景观中形成的;这总是被视为一个历史过程的结果,社会经济结构作用于地质生态结构,以构建当前的景观。MAACK(2002)描述了反应过程的占领西北巴,旧金山的流域在何处:从原始的面积为167824平方公里的原始森林被加工119688平方公里,陆地上的文化或二级杀了。根据数据记录在表4 (p。224 -表40MAACK。在1965年仍然存在的48.136平方公里的原始森林中,32.204平方公里落在大型热带-亚热带雨林的有限遗迹上,15.0=932平方公里落在araucaria原始森林上。目前,人们已经以一种明显而令人印象深刻的方式感受到这种肆无忌惮的森林砍伐的后果,而没有建立科学分配的保护区或适当地重新造林。悲剧事件只能肤浅地报道,几十年来作者一直在引起人们的注意,却没有得到回应。现在为parana州保留合理分布的原始森林区域已经太晚了。直到1955年,几个世纪以来,这片雨林隔离并保护了xetaza印第安人的生活空间,防止了他们的发现和破坏,最终成为咖啡文化向不合适地区非理性扩张的受害者。(224-225页)在这一点上,我们将讨论sao Francisco河流域的历史变化和当前动态,除其他目标外,使Maack的文本具有连续性和时效性。这个区域的选择吸引了人们的注意,无论是个人与盆地的共存,还是景观中已经发生和正在发生的变化。动态表现为流域的三个隔间,我们将其细分为sao Francisco河的高、中、低流域。观察到的关系/相互作用将上盆地分类为自殖民以来变化最大的部分,从单一的咖啡栽培到目前的多元栽培。中等流域也将咖啡作物换成了广泛的作物,而低流域继续维持农业活动。一般来说,培训过程的分析和解释西北sócioespacial巴拉强调,从cafeicultura危机》(1975)、《小批量加工,买卖—平均/大型房地产,为把电子书大豆binômio象鼻虫。事实上,这种情况并没有发生在北新地区的整个领土范围内,更具体地说,也没有发生在sao Francisco盆地,在那里可以观察到其土地结构的持久性,接近于最初地块的划分,这抵制了parana北部农业的“现代化”。最突出的是,在整个盆地中并没有发生同样的转变。sao Francisco的上盆地指的是同一财产内的多种文化,试图满足农业系统本身的需求。中部盆地引入了农业手段,如木薯等作物,最近还引入了甘蔗,试图满足淀粉厂和酒精工厂的需求。而下游盆地,已经在Paranapanema河附近,仍然可以看到用于畜牧业的大片牧场。鉴于这些事实,有必要考虑到该盆地提供了思考环境保护问题的要素,允许对这个问题进行评估和批判性的审视。1北诺沃与Tibagi河接壤,一直到ivai河的峡谷,一直到Paranapanema河和ribeirao caiua河的河岸,西部边界是Terra Rica和Terra Boa城市之间的线。
本文章由计算机程序翻译,如有差异,请以英文原文为准。
Transformações e dinamismo da paisagem na bacia hidrográfica do Ribeirão São Francisco – Noroeste do Paraná
The currente research proposes to an analysis of the Ribeirão São Francisco drainage basin, studying the historical transformations and the actual dynamics of the landscape where is verified such the division in small properties, explored, general rules, by the owners and their families and oriented by a regional development plan conducted by Companhia de Terras Norte do Paraná (CTNP), as the huge impact of the silting up given by the antropic handles not by physics potentiality, which results in different reactions of the basins units (such as high, average and drainage basin) diferents reacts. Key-words: 1. Landscape; 2. Dinamic; 3. Evolution; O estudo de bacias hidrográficas, segundo a perspectiva geográfica, precisa ser embasado num esboço teórico-metodológico que contemple as interações naturezasociedade e, notadamente, como estas interações se plasmam na paisagem; esta, vista sempre como o resultado de um processo histórico, onde a estrutura socioeconômica atuou e atua sobre a estrutura geoecológica para construir a paisagem atual. MAACK (2002) descreve os reflexos do processo de ocupação do Noroeste do Paraná, onde encontramos a bacia hidrográfica do São Francisco: Da primitiva área de 167.824 Km 2 de mata virgem foram destruídos 119.688km2 e transformados em terra de cultura ou mato secundário, segundo os dados transcritos na tabela 4 {pág.224 – TABELA 40MAACK}. Da área de 48.136 Km 2 de mata virgem ainda existente em 1965 32.204 Km 2 recaem sobre remanescentes limitados da grandiosa mata pluvial tropical-subtropical e 15.0=932 Km 2 sobre mata virgem de araucárias. Atualmente já se sentem de maneira acentuada e impressionante as conseqüências desta desmatação desenfreada, sem criação de reservas cientificamente distribuídas ou de reflorestamento propriamente dito. Os trágicos acontecimentos apenas podem ser relatados superficialmente, fatos sobre os quais há decênios o autor tem chamado a atenção sem ter encontrado eco. Agora é demasiado tarde para reservar para o Estado do Paraná áreas de mata virgens racionalmente distribuídas. O último resto de mata pluvial, que durante séculos, até 1955, isolou e resguardou o espaço vital dos índios xetaza, evitando sua descoberta e destruição, foi finalmente vítima da expansão irracional da cultura cafeeira a regiões inadequadas. (p. 224-225) Neste momento irá se abordar as transformações históricas e a dinâmica atual da bacia hidrográfica do ribeirão São Francisco, para entre outros objetivos, dar continuidade e atualidade ao texto de Maack. A escolha da presente área então, chama atenção, tanto pela convivência pessoal com a bacia, como pelas transformações que aconteceram e acontecem na paisagem. As dinâmicas apresentam-se diferenciadas em três compartimentos da bacia, subdividida por nós em alta, média e baixa bacia hidrográfica do ribeirão São Francisco. As relações/interações observadas classificam a alta bacia como a parte que mais sofreu modificações, desde sua colonização até os dias atuais, desde a monocultura cafeeira às policulturas atuais. Já a média bacia também troca a cultura cafeeira por cultivos extensivos, não provocando tantos recortes na propriedade, enquanto a baixa bacia hidrográfica continua mantendo as atividades agropecuárias. De modo geral, as análises e interpretações sobre o processo de formação sócioespacial do noroeste do Paraná, enfatizam que, a partir da crise da cafeicultura (1975), os pequenos lotes foram transformados, com a compra e venda – constituindo a média/grande propriedade, que passa a se dedicar ao binômio soja-trigo. Na verdade, isto não aconteceu em toda a extensão territorial do Norte Novo e nem, mais especificamente, na bacia do São Francisco, onde se observa a permanência da sua estrutura fundiária, próxima da divisão dos lotes iniciais, que resistiu à “modernização” da agricultura no norte paranaense. O que mais se destaca, é que ao longo da bacia não ocorreram as mesmas transformações. A alta bacia do São Francisco remete-se a uma diversidade de culturas dentro da mesma propriedade, tentando atender as necessidades do próprio agrossistema. Já a média bacia introduz aos meios agrícolas, culturas como a mandioca, e mais recentemente a cana-deaçúcar, tentando atender as demandas das fecularias e das usinas de álcool. Enquanto a baixa bacia, já nas imediações do rio Paranapanema, ainda percebe-se grandes extensões de pastagens voltadas à pecuária.Diante desses fatos, é preciso considerar que a bacia oferece elementos para pensar a problemática da preservação ambiental, permitindo avaliar e lançar um olhar crítico acerca da questão. 1 O Norte Novo é delimitado pelo rio Tibagi até as barrancas do rio Ivaí, indo às margens do rio Paranapanema e ribeirão Caiuá e tendo como limite a oeste a linha traçada entre as cidades de Terra Rica e Terra Boa. Nesse compartimento regional foram implantadas algumas das mais importantes cidades do Paraná, como Londrina, Maringá, Apucarana, Arapongas e Paranavaí, além de outras como Nova Esperança, Jaguapitã e Porecatu. 2 O agrossistema é um ecossistema mutilado, organizado pelo homem para produzir uma certa qualidade e uma certa quantidade de matéria viva, vegetal ou animal. (Ver PASSOS, 2006)
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